Representações estudantis e sindicalistas protestam no Centro de Fortaleza nesta quinta-feira, 3

Durante a manhã, o protesto fechou cruzamento da via com a avenida 13 de Maio e seguiu em direção ao Centro

10:40 | Out. 03, 2019

O protesto dessa quinta-feira, 3, seguiu pelo Centro da Capital e deve acabar na Praça General Murilo Borges. (foto: Filipe Pereira/ O POVO)

Esta matéria foi atualizada às 11h20min dessa quinta-feira, 3, para acréscimo de informações

Alunos, professores e técnicos administrativos da Universidade Federal do Ceará (UFC) realizam paralisação desde essa quarta-feira, 2. Na manhã desta quinta-feira, 3, os grupos se reúnem desde as 8 horas na Reitoria da Universidade para o ato contra cortes na verba da educação pública.

Por volta das 9h30 min, os manifestantes fecharam o cruzamento da Avenida da Universidade com a avenida 13 de Maio. Enquanto o protesto caminha em direção ao Centro, o trânsito na 13 de Maio seguia congestionado desde a altura do 23º Batalhão de Caçadores.

Já perto da 11 horas, a manifestação se concentra na Praça da Bandeira e o tráfego na região está normalizado. Manifestantes caminharão até a Praça General Murilo Borges (Praça da Justiça), Na rua Pedro I.

Bruno Rocha, presidente do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Ceará (Adufc - Sindicato), diz que a entidade move ações contra o pedido de reintegração de posse da Reitoria da UFC e a própria nomeação de Cândido Albuquerque como reitor. Além disso, a Adufc está em negociação com as bancadas do Estado "para recuperar aparte dos investimentos em ciência e tecnologia que foram cortados". "São várias frentes de atuação, mas a gente precisa do povo na rua para legitimar todas essas ações."

"É mais uma mobilização dentre tantas neste ano em defesa da educação publica e gratuita de qualidade e da autonomia universitária", afirma Liz Filardi, estudante da Universidade de Fortaleza (Unifor) e membro da União Nacional dos Estudantes.

As representações estudantis seguem mobilizadas contra o Programa Future-se, visto como uma forma de privatização das universidades públicas, e contra os cortes de verbas promovido pelo Ministério da Educação.

O ato acontece no mesmo dia do aniversário de 66 anos da Petrobras. Assim, sindicalistas do setor também estão presentes. "A gente se alinha com o movimento pela Educação porque a Educação está sofrendo ataques severos nesse governo. E isso acaba afetando toda a sociedade, por isso é importante é a união", explica Gerson Nobre, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Industria do Petróleo no Ceará (Sindipetro-CE). O fortalecimento da Petrobras e a soberania da estatal também são reivindicados. 

Outras centrais sindicais e movimentos sociais também protestam nesta manhã. Para Paulo Policarpo, do Sindicato dos Servidores do Ministério Público do Ceará, "o momento é de luta em defesa dos trabalhadores e da educação".

Com informações do repórter Filipe Pereira