29% dos cobradores de ônibus da Capital foram demitidos em 10 meses

O Sindiônibus defende que está fazendo promoção dos funcionários para outras funções, além de cursos de requalificação em parceria com o Sest Senat

13:46 | Set. 19, 2019

Protesto dos cobradores de ônibus na inauguração de Estacão do BRT na Aguanambi, em dezembro de 2018 (foto: Gustavo Simão)

Entre outubro de 2018 e agosto deste ano, 931 cobradores foram demitidos em Fortaleza, de acordo com números divulgados pelo Sindiônibus na manhã desta quinta-feira, 19. Esse número equivale a 29% dos funcionários que trabalhavam nas empresas no início deste período. O Sindiônibus defende que está promovendo a realocação dos funcionários para outras funções dentro das empresas e cursos de qualificação para outras áreas.

De acordo com o sindicato, os profissionais podem, de forma gratuita, mudar a categoria de sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de B para D ou realizar cursos de requalificação para outras áreas através de uma parceria com o Sest Senat, inclusive para profissões que não relacionadas ao setor de transportes, como garçom ou técnico de informática.

No total, 1.337 cobradores participam de cursos de capacitação, trocaram de CNH ou foram promovidos para outra função dentro das empresas ou no Sindiônibus. Desses, 251 efetivamente foram realocados. A maioria das promoções realizadas foi para as funções de motorista, auxiliar de operação, manobrista, eletricista, porteiro, auxiliar administrativo, lanterneiro, borracheiro, auxiliar de tráfego, vistoriador, técnico de segurança no trabalho, entre outras.

“Nós tomamos cuidado para que isso não se tornasse um problema social. Você vê que não há uma movimentação de pessoas que se unem para reivindicar essa causa. As empresas têm feito esse trabalho para promover esses cobradores para outros cargos”, afirma Dimas Barreira, presidente do Sindiônibus.