Cães matam mais de 40 gatos no Parque do Cocó
Administração do Parque afirma que situação foi reportada à delegacia especializada em crimes ambientais. Não há indícios de pessoas incitando os bichos, segundo relatosMais de 40 gatos, entre filhotes e animais adultos, foram encontrados mortos após serem abandonados no Parque do Cocó. Muitos deles tiveram os corpos dilacerados. As mortes violentas chamaram atenção da presidente da ONG Deixa Viver, Gabriela Moreira, que afirma que três cachorros atraídos pela ração deixada para os gatos são os responsáveis pelas mortes. A ativista pede que a população pare de abandonar animais no local.
“São cães errantes que estão andando juntos, em comportamento de matilha. Eles dilaceram, arrancam a cabeça dos gatos, é desesperador”, diz. Em uma postagem na página do Instagram da Comissão de Defesa dos Direitos dos Animais da OAB/CE, da qual participa como membro convidado, Gabriela informa que filhotes deixados no parque no domingo, 15, dentro de uma caixa de papelão, foram encontrados mortos na segunda-feira.
Os ataques acontecem principalmente nas madrugadas, quando não há pessoas por perto. No entanto, os cães já foram vistos por Gabriela e por moradores do entorno do Cocó. Além deles, a tenente Luziane Freire, do Batalhão Policial Militar Ambiental, afirmou ter visto a matilha em uma das rondas de policiamento ostensivo no local na terça-feira, 10. “Chegaram muitas denúncias e a gente imaginou que tinha alguém incitando o comportamento deles”, explica. Segundo a tenente, a equipe que estava com ela viu os cachorros e tentou afastá-los da ilha de gatos, mas não viu pessoas próximas aos bichos.
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AssineGabriela lamenta não saber uma solução para o problema. Ela diz não ter recursos para retirar os cachorros do local por conta própria. “Qual abrigo vai aceitar esses animais? Eles precisam ser capturados e separados. Não queremos levar os animais à morte”. De acordo com o gestor da unidade de conservação (UC), Paulo Lira, a administração do Parque já sabe da situação e investiga o caso. Ele afirma que a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) também está envolvida na busca por soluções. Equipes de trabalhadores do parque estão mobilizados para dar atenção maior às ocorrências.
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