Cândido Albuquerque será empossado novo reitor da UFC nesta quinta-feira
Informação foi repassada por assessor especial do MEC. UFC, porém, diz ainda "não ter informações oficiais" sobre a confirmação da data
18:37 | Ago. 20, 2019
Nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) como o próximo reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC), o professor Cândido Albuquerque deve ser empossado ainda esta semana no novo cargo. O POVO Online apurou que o ministro da Educação (MEC), Abraham Weintraub, dará posse a Cândido nesta quinta-feira, 22.
Em entrevista ao O POVO Online, o assessor especial do MEC, coronel Paulo Roberto, confirmou que o novo reitor terá sua posse dada nesta quinta, às 18 horas. Por meio de sua assessoria de imprensa, porém, a UFC comunicou ainda “não ter informações oficiais sobre a posse e a transmissão do cargo de reitor da UFC”.
“O atual reitor Henry Campos está no exercício da Reitoria e ficará no posto até a transmissão do cargo”, informou por meio de nota.
O nome de Cândido apareceu na noite dessa segunda-feira, 19, no Diário Oficial da União. Ele foi o terceiro colocado em consulta feita à comunidade acadêmica – composta por estudantes, professores e servidores – e o segundo da lista tríplice feita pelo Conselho Universitário (Consuni) e enviada ao MEC.
Criticado por manter alguma aproximação ideológica com Bolsonaro, Cândido tem sido rejeitado por grupos da UFC. Para tanto, protesto contra sua nomeação está marcado para a noite desta terça-feira, 20, entre as avenidas da Universidade e 13 de maio, no Benfica.
De acordo com o coronel Paulo Roberto, essa oposição feita ao novo reitor “é natural” e “faz parte da democracia”. “O próprio presidente Bolsonaro tem posição muito forte, então não se preocupa com isso. Cândido também vai enfrentar oposição, o que é natural. Faz parte da democracia”, afirmou.
Ele explica que a consulta feita à universidade serve para mostrar a “intenção de voto” para o presidente da República poder nomear o reitor. Como comparativo, Paulo Roberto cita as pesquisas eleitorais que “indicam” votos, mas não os vinculam ao resultado. “Pesquisas do Datafolha do ano passado, por exemplo, mostravam que Bolsonaro perdia, mas ele acabou ganhando as eleições”, declara.
“Quando se trata de lista tríplice, não se fala mais em eleição. Caso contrário, o presidente escolheria sempre o primeiro colocado, não precisando mais de lista tríplice”, afirmou. “Se o presidente fosse obrigado a escolher o mais votado, para quê serviriam o segundo e o terceiro colocados? Eles seriam laranjas”, completou o assessor. Cândido é o 11º reitor nomeado pela atual gestão do Governo Federal.