Pagamento por meio de cartão de crédito, débito e até bitcoin será implementado em topiques
Os usuários também poderão embarcar por meio de programas de milhagem ou criptomoedas, como o bitcoin. Mudança acontecerá até o fim do ano
11:48 | Jul. 25, 2019
Na contramão das decisões tomadas pelo Sindiônibus, o sistema de transporte complementar de Fortaleza terá novas formas de pagamento até o fim deste ano. Além de dinheiro, os passageiros poderão embarcar pagando a passagem por meio de cartão de crédito e débito; ou ainda programas de milhagem e criptomoedas, como o bitcoin.
A forma de pagamento não atingirá a agilidade na hora do embarque, de acordo com a Cooperativa dos Transportadores Autônomos de Passageiros do Estado do Ceará (Cootraps). Os passageiros poderão pagar de forma autônoma, sem a necessidade de interferência do motorista.
No caso de cartões de crédito e débito, os usuários poderão realizar o pagamento por meio do método de aproximação. Após isso, os passageiros receberão uma confirmação no celular para liberar a catraca.
Já para usar programas de milhagem ou realizar o pagamento por meio de criptomoedas, os clientes também usarão o celular. Por meio de um aplicativo, será gerado um QR Code após a confirmação do pagamento, que será reconhecido em um aparelho do veículo.
Segundo a Cootraps, o número de usuários que ainda usa dinheiro no sistema complementar corresponde a 40%, percentual que equivale ao dobro dos passageiros que usam esse método de pagamento na frota de ônibus.
O argumento da cooperativa é que o pagamento exclusivo por meio do vale-eletrônico seria uma forma de monopólio das transações feitas no sistema de transportes. “Essa é uma forma de desburocratizar, até de trazer mais usuário para o transporte. Esperamos um fluxo maior de pessoas, a gente vai facilitar para o usuário”, explica Carlos Robério Sampaio, diretor financeiro da Cootraps.
Para Pedro Henrique Alcino, gerente de projetos da Cootraps, o uso exclusivo do vale-eletrônico é uma forma de reduzir custos mediante o esforço do usuário. Ele afirma que pagar a passagem em dinheiro já é algo que está na cultura do passageiro.
“O uso original foi para possibilitar a integração entre duas linhas. Se o passageiro usa o mesmo ônibus para percorrer uma longa distância, não há sentido em exigir o uso do pagamento eletrônico”, defende. “E esse é o nosso caso, atuamos em várias regiões de Fortaleza. O passageiro pode sair do Henrique Jorge e ir até o Papicu com uma mesma passagem, por exemplo”, argumentou Pedro.