Luís Mauro Albuquerque pede provas de que presos são torturados: "Estão mentindo"
O secretário reivindica reconhecimento a iniciativas positivas dentro do sistema prisional, como os 2,5 mil presos em sala de aulaO secretário Luís Mauro Albuquerque, titular da pasta de Administração Penitenciária (SAP), respondeu às denúncias do Conselho Penitenciário (Copen) de que detentos estão sendo torturados no sistema penitenciário. O Copen diz que chegou a enviar à Justiça provas dessas torturas. A titular do conselho, Ruth Leite Vieira, deu entrevista à rádio O POVO CBN na segunda-feira, 8. Nesta terça, o secretário respondeu. Para Albuquerque, agentes penitenciários são acusados injustamente, "por falácias".
"Os agentes são pessoas decentes, são servidores públicos que estão arriscando sua vida diariamente, segurando o sistema. Eles são acusados com falácias de que são torturadores", defendeu. Ele afirma que já representou ao Ministério da Justiça, dos Direitos Humanos, ao Conselho Nacional de Justiça e ao "próprio presidente da República reclamando da falácia".
Ele destaca que é preciso falar de iniciativas positivas dentro do sistema prisional, como os 2,5 mil presos em sala de aula, atendimento médico e a queda no número de mortes dentro das prisões. "Só falam das mazelas que criam. E detalhe: cadê o dedo quebrado?", questionou, em referência à denúncia de Ruth Leite Vieira. "Estão mentindo. Cadê os nomes das pessoas que estão sendo torturadas? Falar que o meu agente é torturador é mentira", rebateu o secretário.
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Assine"O que quero esclarecer pra população é que nós tivemos confronto. Toda vez que tem confronto a pessoa vai ser autuada, vai ter (exame de) corpo e delito. Quando a gente entra em confronto, é combate, é corpo a corpo. O agente está arriscando a vida. O preso quebra a lâmpada, usa cabo de escova como faca contra o agente", diz. O titular da pasta diz ainda que, quando um interno se machuca, seja em confronto ou não, recebe atendimento médico e tem a integridade física como prioridade.
Na segunda, a presidente do Copen disse que a "dureza" dentro da cadeia é questionável: "Paralelamente ao aumento do efetivo, a metodologia empregada pela nova gestão é muito questionável no ambiente por causa de tortura, maus-tratos estão comprovados", denunciou. "Se o Estado precisa, para garantir disciplina e segurança, limitar nesse nível os direitos fundamentais da pessoa humana, ele está sendo incompetente".
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