Presos integrantes de facção criminosa suspeitos de torturar e matar mulher em Fortaleza
O crime aconteceu em 22 dezembro de 2018, quando duas irmãs faziam compras em uma feira na rua Senador Robert Kennedy, no bairro Barra do CearáQuatro pessoas suspeitas de capturar e torturar duas irmãs em Fortaleza foram presas após operação realizada por equipes do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). O crime aconteceu em 22 dezembro de 2018, quando as mulheres faziam compras em uma feira na rua Senador Robert Kennedy, no bairro Barra do Ceará. Uma delas foi morta com mais de 30 facadas e a outra sobreviveu.
Uma quinta pessoa que teria participação na ação criminosa está foragida. As informações sobre as prisões foram divulgadas na tarde desta quinta-feira, em coletiva de imprensa. A motivação para o delito, conforme Rodrigo Jataí, titular da 8ª delegacia do DHPP, seria por conta de as mulheres morarem em um bairro que era dominado por uma facção criminosa rival da que atuava na Barra do Ceará.
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À época, as vítimas foram colocadas em um carro e levadas para uma horta, onde foram agredidas. Elas tiveram cabelos e sobrancelhas cortadas pelos criminosos. Ainda no ano passado, um vídeo com a tortura circulou nas redes sociais.
Em seguida, elas foram levadas para o Parque Leblon, em Caucaia, onde Maria Thaisa, de 18 anos, foi retirada do carro e morta a golpes de faca. Os agressores colocaram as mulheres de volta no carro e transportaram até a Barra do Ceará, onde o corpo da vítima fatal foi deixado. Um quarteirão depois a sobrevivente foi solta.
As pessoas que foram capturadas pelo crime são: Maria Vladina Carneiro Rodrigues, 19 anos, mais conhecida como "Gueixinha" e Ediclecia Ferreira da Silva, 19 anos, chamada de "Clessinha". As duas são apontadas pela Polícia como as responsáveis pela execução de Thaisa.
Cristiane Gomes da Silva, 39 anos, foi apontada pela investigação como a "chefe" da ação criminosa. Conforme Rodrigo Jataí, ela teria filmado as agressões e ficava ao telefone recebendo informação, além de determinar a execução das vítimas. A suspeita foi presa em flagrante por tráfico drogas em Canindé.
Os outros dois indivíduos que teriam envolvimento são: Armando almeida da Silva, 21 anos, o "Queijo". Ele seria o motorista e proprietário do veículo que transportou as irmãs. Por fim, o único que encontra-se foragido é Alisson Rodrigues de Almeida, de 20 anos, conhecido como "Bruxo".
"Depois de cumprir prisão temporária (de Alisson) foi pedida a prorrogação, mas o poder Judiciário entendeu que naquele momento não seria viável", disse Rodrigo Jataí sobre a situação do suspeito. Todos o suspeitos de envolvimento no crime foram indiciados por homicídio duplamente qualificado e organização criminosa.
As mulheres confessaram o crime em depoimento à Polícia. Os homens, no entanto, negam participação.