Comissão de Sindicância Investigativa é instituída na UFC para apurar caso de agressão e racismo
Esclarecimentos sobre o caso devem ser mostrados dentro de um prazo de 60 diasA Universidade Federal do Ceará (UFC) instituiu, por meio da Portaria nº 3.370/PROGEP/UFC, uma Comissão de Sindicância Investigativa para investigar episódio de agressão física e racismo ocorrido no último dia 17.
O grupo de apuração será composto pelo professor Rogério Teixeira Mâsih, presidente da comissão, pelo servidor técnico-administrativo Fernando Henrique Monteiro Carvalho e o discente Carlos Magno Rocha.
A comissão deve se pronunciar novamente sobre as denúncias dentro de 60 dias, prazo dado para que sejam esclarecidas as circunstâncias em que ocorreu a abordagem ao estudante.
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AssineEm nota, a UFC diz que está dando “total atenção” à investigação do caso, já que “o Boletim de Ocorrência registrado pelo Supervisor de Segurança do Campus apresenta versão diferente” da versão divulgada pelo aluno Luiz Fernando de Lima Teixeira, do Curso de Licenciatura em Ciências Sociais da Universidade, que diz ter sofrido as agressões.
“O que mais interessa, no momento, não é a exploração inconsequente do lamentável episódio, mas a apuração objetiva de responsabilidades com relação aos fatos relatados”, declara a UFC, em nota.
O texto ainda diz que as medidas de segurança adotadas há algum tempo, nos Campi, “impõem necessário rigor nos procedimentos”. Essas normas, segundo a Universidade, têm aprovação dos segmentos docente, discente e técnico-administrativo. “(As normas) estão em pleno vigor e se revelam cada vez mais imprescindíveis, dada a espiral de violência que engolfa a sociedade”.
A UFC ainda diz que, até novo pronunciamento da comissão, espera que “prevaleça o bom senso e que se evitem os pré-julgamentos”. Caso sejam detectados culpados, as medidas cabíveis serão prontamente adotadas, garante a Universidade.
Comissão de Direitos Humanos da UFC
No último dia 21, a Comissão de Direitos Humanos da UFC instaurou um procedimento de sindicância para apurar as irregularidades do caso. A iniciativa difere da divulgada pela Universidade nesta segunda, 24, pela sua função.
Segundo a instituição de ensino, a Comissão de Direitos Humanos pode apenas elaborar um relatório sobre o acontecimento para que ele seja considerado pela Comissão de Sindicância Investigativa. Esta tem a capacidade de apuração e julgamento da denúncia
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