Morador de prédio que desabou parcialmente na Maraponga relata falta de amparo
Condôminos aguardam suporte para resgate de bens de dentro do prédio
12:52 | Jun. 05, 2019
Atualizada às 17h38min
Após quatro dias do desabamento parcial de um prédio residencial na Maraponga, moradores relatam que estão desamparados. Para Neto Barbosa, que residia no apartamento 302, o sentimento é de “abandono” por quem devia dar uma resposta sobre como contornar a situação.
“A gente saiu, praticamente, só com a roupa do corpo. Estávamos querendo saber se conseguiríamos minimizar essas perdas para fazer o resgate dos nossos bens do prédio”, reclama.
Nesta quarta-feira, 5, ele disse que havia sido informado que profissionais de engenharia estariam no local para “acomodar a estrutura e secar as caixas d’água”, mas ainda não viu essa mobilização.
Além disso, o contato com o proprietário do prédio só ocorre por meio de “porta-vozes” - a mãe e a esposa dele. Em conversa com Neto Barbosa, a imobiliária declarou ter interesse em fazer a reparação dos bens dos moradores, mas não tem “nada concreto”. “(Também) pediram para a gente ir até o local, mas a gente é que foi prejudicado, eles que têm que vir até mim, não eu ir até eles”.
Procurada, a assessoria da Defesa Civil informou que o órgão está, desde o sábado, 1º, acompanhando a situação das famílias que moravam no prédio - e também no seu entorno. De acordo com a nota, as equipes estão, desde então, continuamente na área, conversando com a população e entregando material assistencial, como, cestas básicas, colchonetes, mantas e redes, de acordo com a necessidade de cada família.
Os moradores que ainda não receberam podem se dirigir a qualquer um dos agentes da Defesa Civil presentes no local e fazer a solicitação, que será atendida. Em caso de qualquer risco, a população deve acionar a Defesa Civil por meio do 190. O órgão conta com equipes 24 horas por dia.
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Com informações da repórter Germana Pinheiro, da Rádio O POVO CBN