Prefeitura apresenta projeto urbanístico para av. Desembargador Moreira; obras devem ser iniciadas em setembro
Aprovada por unanimidade por residentes e empresários locais durante audiência, a proposta é deixar o fluxo de veículos entre as avenidas Dom Luís e Beira Mar em sentido único rumo à praia. No trecho será criado ainda calçadão que privilegie pedestres e ciclistasO prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), apresentou durante audiência pública na tarde dessa terça-feira, 30, proposta para criar nova estruturação urbanística da avenida Desembargador Moreira. A ideia é implantar uma série de intervenções no percurso iniciado na avenida Pontes Vieira até chegar à Beira Mar, conciliando o fluxo de pedestres, ciclistas e veículos automotores. Sob a presença de residentes, comerciantes e empresários locais, o projeto foi aprovado por unanimidade e as obras devem ser iniciadas em setembro.
De acordo com estudo técnico do Município, a avenida é uma das principais vias que ligam o Aeroporto Internacional Pinto Martins à rede hoteleira da Cidade. Além do mais, entre as avenidas Pontes Vieira e Beira Mar, são identificados três trechos com situações distintas em relação ao trânsito e ao comércio. Em todos eles, serão implantadas ações como arborização e paisagismo; criação de rampas de acessibilidade; melhor iluminação; e reforço na segurança.
No trecho 1, correspondente entre as avenidas Pontes Vieira e Padre Antônio Tomás, está prevista a restauração do asfalto. Já no trecho 2, entre as avenidas Pe. Antônio Tomás e Dom Luís, serão feitas reformas em calçadas danificadas e a colocação de pavimento intertravado. Bem como ocorrerá no trecho 3, que vai da avenida Dom Luís à Beira Mar. Este ponto será o que mais admitirá modificações, passando a ter sentido único de veículos (sertão-praia), permitindo ainda a instalação de calçadão que privilegie pedestres e ciclistas.
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AssineDurante a audiência pública, organizada pelo vereador Ésio Feitosa (PPL), pessoas que residem ou possuem negócios ao longo da avenida mostraram-se favoráveis ao projeto. Levando em consideração que a via é intercalada por complexo de residências e corredor comercial, os participantes do encontro decidiram por unanimidade que o calçadão seja fixado do lado direito de quem hoje se desloca rumo ao litoral.
Com o assentimento, foi criada uma comissão com cinco empreendedores e cinco moradores da região para manter o acompanhamento das discussões da proposta. Segundo o titular da Secretaria da Regional II, Ferruccio Feitosa, o grupo servirá para manter o diálogo informativo sobre as intervenções a serem realizadas, com intuito de tentar “diminuir os transtornos”. “É natural que haja transtorno durante as operações, mas com o diálogo eles devem ser minimizados”, pontuou.
Segundo Ferruccio, a reunião entre sociedade civil e Estado também serviu para chancelar o prosseguimento da proposta. “A partir dessas decisões, vamos poder caminhar para criar o projeto executivo e orçamentário das obras”, destacou ao O POVO Online.
Trecho 3
A avenida Desembargador Moreira recebe diariamente fluxo de transporte público composto por 28 linhas, as quais transportam cerca de 65 mil passageiros. A região em que a via está inserida exibe uma das maiores densidades populacionais e residenciais da Capital, conforme aponta análise que serviu para respaldar a necessidade da obra, apresentada pela equipe técnica do Plano de Ações Imediatas de Transporte e Trânsito de Fortaleza (Paitt).
No trecho 3 da proposta, em percurso cuja extensão não chega a um quilômetro, 5.441 pessoas residem naquela área. O que difere ainda esse espaço dos dois outros da avenida é o potencial de circulação de pedestres apresentado nos horários de pico durante a noite, no sentido praia-sertão.
De acordo com a proposta, o local mostra “uma oportunidade de ligar a área de caráter mais residencial ao polo comercial, fazendo a conexão da Beira Mar à Praça Portugal”. Para essa ligação, é necessário tornar o cenário "mais atrativo” ao longo da avenida, como justifica a Prefeitura, que cita exemplos de experiências internacionais em países como Argentina, Chile e Colômbia.
Com isso, foi proposta a criação de 6.563,3 m² de espaço público para conectar ambos os polos por meio de um calçadão convidativo ao pedestre e ao ciclista, visando propor maior fluxo de pessoas rumo aos pontos comerciais próximos à Praça Portugal.
O estudo do Paitt indica ainda que a via é “principal porta de entrada da Cidade para os turistas” que chegam pelo Aeroporto Internacional Pinto Martins e partem para a região hoteleira. Por esse motivo, o fluxo da via no trecho 3 passará a se direcionar exclusivamente no sentido praia.
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