Pré-Carnaval do Mercado dos Pinhões atrai público jovem, mas tem clima inseguro
A aglomeração na noite deste sábado, 2, facilitou a ação dos criminosos: é um dos polos com maior público dentro do Ciclo Carnavalesco de FortalezaAlém da sujeira no chão da Praça Visconde de Pelotas, o primeiro dia de Pré-Carnaval do Mercado dos Pinhões vai deixar foliões sem celular. A reportagem do O POVO Online sofreu duas tentativas de furto e presenciou outro, dentro do Mercado. A aglomeração na noite deste sábado, 2, facilitou a ação dos criminosos: é um dos polos com maior público dentro do Ciclo Carnavalesco de Fortaleza.
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Foi bem diferente do que encontramos a poucos metros dali, no Pré-Carnaval da Mocinha, onde havia bastante policiamento, com equipes da Polícia Militar e Guarda Municipal. Apesar de que o público da Mocinha é bem menor do que no Pinhões.
Eduarda Lopes, universitária, diz que nunca foi assaltada ou furtada nesses anos curtindo no Pinhões. "Mas tem que estar perto do segurança ou da Polícia, senão eles (criminosos) passam e pegam o celular mesmo. Vários amigos meus já foram furtados nos 'prés'", conta.
"Nos outros anos, tinha mais policiamento aqui nas esquinas. Imagine nos próximos fins de semana. No Carnaval mesmo, tem o triplo disso aí (público)", conta uma moradora da rua Gonçalves Lêdo, perto do Pinhões. "Aqui, a gente tem que lavar a calçada depois, com querosene, porque fica podre (mau-cheiroso) a mijo, viu", aproveita para reclamar.
Com os bloqueios no entorno, o trânsito também é caótico, mas equipes da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) e da Operação Via Livre operavam o tráfego.
Ah, o calor também é o mesmo. Que bom existem umidificadores de ar espalhados no interior do Mercado.
Mesmo com os problemas, a multidão parece só querer curtir ao som do que gostam: "mais pop e funk", como diz o DJ Márcio Peixoto, que tocou na noite deste sábado junto ao DJ Adrian Brasil. Os milhares de jovens (e outros milhares de adolescentes) pularam, gritaram e dançaram muito com a playlist. "É o que o público LGBT mais consome nas festas", completa.
Sobre o policiamento, O POVO Online tentou contato com a assessoria de comunicação da Polícia Militar e da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), mas como já eram mais de 21 horas, não obtivemos retorno.