Camilo comenta onda de ataques e defende autonomia para criar lei antiterrorismo no Ceará
O governador cearense reafirmou que o Estado não recuará para o crime: "Cada ação aqui fora vai ter uma reação lá dentro"
09:07 | Jan. 11, 2019
[FOTO1]O governador do Ceará Camilo Santana (PT), comentou a onda de ataques que assola o Estado há 10 dias e ponderou a necessidade da criaçao de leis mais duras contra organizações criminosas e crimes considerados de terrorismo. Em entrevista ao jornalista Luiz Viana, na Rádio O POVO/CBN, o chefe do Executivo Estadual defendeu a autonomia do Estado para criar uma lei antiterrorismo.
[SAIBAMAIS]
"É preciso rever as leis deste País, que são muito frouxas. Você bota uma bomba num viaduto era pra ser enquadrado como terrorista e pegar mais tempo de prisão, mas hoje não é assim. Todos nós dependemos da União", comentou, comparando a situação legislativa do Brasil com a dos Estados Unidos, onde cada estado tem autonomia para legislar.
"Eu não estou criticando o governo atual não. Muito pelo contrário. o Governo tem dado todo o apoio. Eu estou criticando todos os governos que passaram, inclusive do meu partido, que foram omissos nesta área da segurança pública", ponderou o governador.
Camilo comentou ainda que as mudanças realizadas no sistema penitenciário são para garantir "um futuro melhor para as famílias cearenses" e afirmou que medidas como transferência de detentos e corte de privilégios continuarão. "Cada ação aqui fora vai ter uma reação lá dentro. Só assim mostraremos que quem manda é o Estado", declarou.
Mais 15 líderes de facções foram transferidos do Ceará para um presídio federal. Desta vez, criminosos da Guardiões do Estado (GDE) foram isolados na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Na última terça-feira, 21 integrantes do Comando Vermelho (CV) já haviam seguido para a unidade de segurança máxima no estado potiguar.
"Estou 24 horas liderando esse processo difícil no Ceará e digo para a população que todas as decisões que estou tomando são planejadas. Estamos sendo duros contra o crime organizado e repito: não vamos recuar um milímetro", frisou o governador do Ceará.