Mais de 23 mil domicílios serão visitados para pesquisa Origem-Destino
| Mobilidade na Capital | Famílias serão informadas por correspondência sobre a visita de pesquisadores
05:00 | Jan. 30, 2019
A partir do dia 5, mais de 23 mil residências na Capital e na Região Metropolitana, já sorteadas, participarão da Pesquisa Origem-Destino 2019, realizada pela Prefeitura de Fortaleza. O objetivo do estudo, inédito na Cidade, é encontrar padrões de deslocamento de famílias heterogêneas, para, a partir destes, desenvolver ações voltadas ao sistema de transportes. Cerca de 200 pesquisadores realizarão a coleta de dados até maio, entrevistando em torno de 100 mil pessoas.
As visitas acontecerão em 325 zonas de tráfego, sempre de terça a sábado. A pesquisa integra o Plano de Acessibilidade Sustentável de Fortaleza (PAS-For), orçado em R$ 11,3 milhões e que deverá ser concluído em janeiro de 2020.
Readequação e criação de novas linhas de transporte público, integração entre modais de transporte, expansão da rede cicloviária, construção de novas vias, novas estações, pontos de parada e terminais são algumas das possíveis ações a partir dos resultados.
A ideia é que os dados levantados possam, inclusive, ficar à disposição para consulta pública. "Um pesquisador que trabalha, por exemplo, com mobilidade de pessoas com necessidades especiais, poderá saber quais são as rotas, os caminhos da Cidade onde há mais presença dessas pessoas. Ou saber onde há mais concentração de pessoas idosas, quais são as linhas ou os desejos de viagem da população onde predominantemente o gênero feminino impera, ou o gênero masculino impera, onde há mais criança. Isso é de uma riqueza inestimável", explica Luiz Alberto Sabóia, executivo da Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP).
Em linhas gerais, os entrevistados responderão a perguntas sobre para onde foram no dia anterior, qual o modo de deslocamento (a pé, moto, ônibus etc.) e a razão (trabalho, lazer, estudos). Questões socioeconômicas (renda, ocupação, escolaridade) também fazem parte do questionário, além de espaço para sugestões. A Prefeitura garante o sigilo das informações prestadas. Durante as visitas, os pesquisadores estarão identificados com camiseta, crachá e documentos.
"Se você consegue desenhar esse padrão, tem um plano de futuro para a Cidade, sabendo que determinada região terá um adensamento, por exemplo, que vai ter impacto nas vias, nas viagens, na população. Então, saber esse padrão de cada tipo de família, de cada tipo de renda, ajuda a enxergar como vai estar o transporte no futuro", detalha Victor Macêdo, engenheiro da Prefeitura. (Isaac de Oliveira)