Coronel da PM do Ceará é primeiro nordestino a comandar Força Nacional
É a primeira vez na história da Força Nacional que um oficial do Nordeste assume o comando. Coronel Aginaldo atuou contra narcotráfico nas fronteiras do Paraguai e Bolívia e é um "Caveira"
16:00 | Dez. 14, 2018
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Cearense e nascido no município de Alto Santo, no Ceará, o coronel PM Antônio Aginaldo de Oliveira, comandante do Batalhão de Policiamento Especializado (BPE) da Polícia Militar do Estado do Ceará, é o primeiro nordestino a assumir o comando da Força Nacional (FN). A confirmação do nome do coronel veio nesta sexta-feira, 14. A Força Nacional foi criada em 2004.
Neste sábado, 15, o coronel Aginaldo deve se reunir com o general Guilherme Teophilo, anunciado secretério nacional de Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro (PSL). Houve entendimento do general com o Sergio Moro, que é o futuro Ministro da Justiça e Segurança, para que o coronel Aginaldo assuma a direção da Força Nacional.
O coronel Aginaldo atuou na Copa do Mundo 2014, Olimpíadas e Paraolimpíadas 2016, além dos jogos Panamericanos e em operações de combate ao narcotráfico nas fronteiras do Paranguai e Bolívia.
O oficial é um "Caveira", ou seja, concluiu o curso de Operações Policiais Especiais no Bope, no Rio de Janeiro, em 1995. O militar também tem curso de gerenciamento de crise na Polícia Militar de São Paulo, é graduado em Educação Física pela Escola de Educação Física do Exército Brasileiro, bacharel em Segurança Pública pela academia Edgard Facó, da Polícia Militar do Estado do Ceará, é especialista em gestão de Segurança Pública na fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, fez curso de sobrevivência na Caatinga no Exército Brasileiro e treinamento em operações de alto risco da Swat Hollywood.
Força Nacional
A Força Nacional de Segurança Pública (FN) atua como um programa de coorperação federativa. O contingente da FN é composto por agentes de segurança Pública dos estados e do Distrito Federal que tenham aderido ao programa. A ida de efetivos para a Força Nacional é por demanda.
Os agentes se inscrevem e podem passar o período de um ano na Força, renovável por até mais um ano. Mesmo que se inscrevam número maior de agentes, só é enviada para a Força Nacional a quantidade solicitada pelo comando. Podem ser convocados policiais militares, policiais civis, bombeiros militares e peritos.
Força Nacional no Ceará
Em maio de 2016 a Força Nacional foi atuar em presídios do Ceará na recuperação do sistema prisional em intervenção de controle de distúrbios civis. Na época, as rebeliões deixaram um total de 14 mortos após a greve dos agentes penitenciários. Devido a crise a Força Nacional foi acionada para permanecer na área externa das penitenciárias.