Fundador de facção cearense transportava 100 kg de cocaína por mês para o Ceará
Marcos da Silva Pereira, 39, o Marquim Chinês, confessou o envolvimento com a organização criminosa. Ele é apontado como distribuidor do entorpecente na Aldeota e no Meireles[FOTO1]
Meses de investigação levam a Polícia Civil a prender Marcos da Silva Pereira, 39. Apontado como um dos fundadores da facção cearense Guardiões do Estado, o homem, preso no último dia 19 de setembro, é apontado pelos agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) como o responsável por transportar 100 quilos de cocaína por mês para o Ceará. A ação foi divulgada nesta segunda-feira, 22.
Conhecido como Marquim Chinês, ele é considerado o líder da região da Favela da Verdes Mares, e atuava distribuindo os entorpecentes nos bairros Meireles e Varjota, segundo o delegado adjunto da Draco, Alceu Viana.
[SAIBAMAIS]
O suspeito, que já respondia por homicídio, foi preso em flagrante por integrar organização criminosa, além de ser indiciado por tráfico e associação para o tráfico. Com ele a Polícia encontrou R$ 18,5 mil, em notas variadas. Segundo os agentes, indício de que veio da venda de drogas.
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Reunião de negócios
Em meio às investigações de Marquim, a Draco descobriu ligação do suspeito com outro suposto integrante da mesma facção. Ele e Marcos André Silva Ferreira, 24, conhecido como Dedé ou Branquinho, se encontraram no dia 19 de setembro em padaria da Capital.
Da reunião entre a dupla, os policiais iniciaram perseguição e prenderam o homem apontado como fundador da facção na região do Garrote, em Caucaia. Marquim confessou as suspeitas dos policiais. Minutos antes da abordagem, Dedé conseguiu fugir e só foi preso no último dia 10 de outubro. Ele levava vida de luxo na Capital e cursava direito em faculdade particular. Em apartamento onde vivia, os investigadores encontraram procuração assinada por Auricélio Sousa Freitas, 35, conhecido como Celinho da Babilônia, um dos suspeitos de ser mandante da Chacina do Forró do Gago, a maior registrada na história do Estado.
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Modus Operandi
Segundo o delegado Klever Farias, delegado adjunto da Draco, tanto Dedé quanto Marquim Chinês se identificavam como vendedores de veículos. De acordo com o policial, a profissão era usada como fachada para justificar as quantias vultosas, as posses de carros de luxo no nome de terceiros e os padrões de vidas de alto custo.
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