Moradores do Vila Velha ganham Célula de Proteção Comunitária
Serviços de iluminação pública, urbanização foram realizados na área. Ao lado da torre de segurança existe Tenda da Cidadania, que oferece serviços diversos à comunidade
15:55 | Set. 27, 2018
Autor Samuel Pimentel
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Samuel Pimentel
Jornalista no OPOVO
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Uma nova Célula de Proteção Comunitária foi entregue oficialmente nessa quarta-feira, 26, pelo prefeito Roberto Claudio (PDT), o vice-prefeito Moroni Torgan (Dem) e o secretário da Segurança André Costa.
[SAIBAMAIS]Vinculado ao Programa Municipal de Proteção Urbana (PMPU), a terceira torre de vilgilância ganhou a parceria do Estado, que realizará ações em área de 14 quadras no perímetro da Célula, que fica localizada na esquina das avenidas L e G. Dono de um depósito ao lado do equipamento, o empresário Gilmar Vasconcelos, 57, comemorou a chegada da torre que promete melhorar a segurança, já que assaltos eram comum no bairro. "Todo empreendimento assim serve para melhorar a situação", diz.
No equipamento, guardas municipais e policiais militares atuaram em conjunto analisando imagens de câmeras de segurança e até drones. 40 guardas e 20 PMs terão apoio de motos e viaturas.
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"Esse é um projeto piloto, temos que ter muita humildade, precaução. É uma experiência para aprender com ela, avaliar resultados, conversar com a população. Os primeiros resultados são muito satisfatórios", revelou o prefeito que ainda planeja entregar outras três células até o final do ano: na Barra do Ceará, no Canindezinho e no Caça e Pesca.
Além do efetivo policial que atuará na segurança pública, ao lado das torres também são instaladas as Tendas da Cidadania que oferecem diversos serviços à comunidade. "Esse braço social de prevenção estava contido no plano original do projeto. Nem só a câmera, nem só o guarda, mas um filosofia de prevenção que envolve também um braço de cidadania, com políticas de qualificação, encaminhar para o Sine (Sistema Nacional de Emprego), dar assistência às mulheres vítimas de violência, tirar documentação, encaminhar para tratamento de dependentes químicos", pontua Roberto Claudio.
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Moroni Torgan explicou que o projeto vem se aperfeiçoando e atuará a partir de três áreas de prevenção: primária, com serviço de urbanização e iluminação; secundária, levando serviços no campo social pelas Tendas da Cidadania; e terciário, com atuação ostensiva das forças de segurança.
Ao O POVO, Moroni explicou o projeto com uma metáfora: "Nesse projeto estamos estancando não só a enchente de violência, mas também as fontes dessa enchente com esse espaço de cidadania".
"Só com a prevenção terciária poderíamos diminuir (a violência no bairro), mas não perdura. Pode durar um ano e depois volta a violência, então esse espaço de cidadania é fundamental para que todo o projeto perdure", completou.
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Números
50,72% é a estimativa de redução de homicídios no Jangurussu após instalação de torre, segundo a Sesec
50,72% é a estimativa de redução de homicídios no Jangurussu após instalação de torre, segundo a Sesec
72,5% é a queda de homicídios no Planalto das Goiabeiras após instalação de torre, conforme levantamento da Sesec30 Células de Proteção Comunitária serão implantadas até 2020, projeto a prefeitura
Promesse de mais nove torres
Segundo RC, serão entregues outras nove torres em diversos pontos da Cidade. Todas as obras foram iniciadas e existe previsão para que no início de outubro a Célula na Barra do Ceará seja entregue. Os locais onde serão instalados os equipamentos foram previamente estudados junto ao Governo do Estado. "Nosso projeto original seriam cinco, mas com a parceria com o Governo expandimos para 12 que esperamos inaugurar até o início do ano que vem", disse.
O secretário da Segurança André Costa lembra que já houve reforço no policiamento da área com a instalação da Uniseg na região e espera que com a Célula possa aproximar mais a Polícia da comunidade. "Vila Velha é uma bairro carente de vários serviços públicos e com índices de violência cíclicos - que em piora e melhora -, mas com o trabalho já chegamos a dois meses sem homicídios no bairro e no acumulado do ano roubos e assassinatos reduziram 15% (em comparação com o ano passado). Por ser algo cíclico continuamos com os investimentos mesmo com os bons índices".