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Cearense denuncia professora por preconceito contra nordestinos no Twitter e ela é demitida

Mulher, identificada como @RezendeLoraC no Twitter, comentou postagem da cearense na rede social com ofensas contra nordestinos. Agressora apagou o perfil, mas foi descoberta por outras redes sociais e acabou demitida de seu emprego de professora municipal. Denúncias ao MPF e PF também foram feitas
12:25 | Set. 10, 2018
Autor Samuel Pimentel
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Samuel Pimentel Jornalista no OPOVO
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Tipo Notícia
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Após postar reportagem denunciando a atuação de facção criminosa na proibição de campanha de candidato à Presidência em área da Cidade, uma jornalista cearense teve o post replicado no Twitter com insultos preconceituosos contra nordestinos. Uma mulher, identificada na rede social como @RezendeLorac, afirmou: "Por isso tem que separar norte e sul. Se f*** esses nordestinos alienados. Fiquem com os presidentes comunistas perfeitos de vocês." Após repercussão do caso, a mulher deve ter a demissão do cargo de professora da rede muncipal oficializada em breve pela Prefeitura de Teresópolis, no Rio de Janeiro.

O comentário da mulher foi registrado pela jornalista cearense Camila Soares. "Pesquisei para ver se havia outros tweets no mesmo nível e achei alguns. Pensei que ela fosse mais uma dessas contas falsas e não era", relata. Em resposta à ameaça da cearense, que afirmou ter feito a denúncia do caso, a mulher disse que "poderia ficar à vontade para denunciar porque ela tinha uma conta reserva".
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A jornalista denunciou a mulher usando o registro das publicações como prova ao Ministério Público Federal (MPF), à Polícia Federal (PF) e ao Safernet, ONG que defende os direitos humanos na internet.
 
Depois de postar no Twitter sobre a oficialização da denúncia, com novo perfil e usuário, a mulher tentou se desculpar. "Logo depois, no Twitter que tinha sido denunciado, ela reativou a conta pra me pedir perdão e também para retirar as denúncias, mas eu não retiro nenhuma (denúncia). Daí disse que estava arrependida, que era cristã, que não deveria ter feito aquilo, que não sabia que era ofensivo, que lamentava", conta Camila.

Ao pesquisar nas redes sociais com os dados encontrados no Twitter, Camila encontrou perfis da agressora no Facebook e Instagram. Com as informações contidas nas redes sociais, conseguiu descobrir o nome da mulher, cidade e profissão: trata-se de moradora de Teresópolis-RJ, professora funcionária da Secretaria de Educação do município. O POVO Online opta por não divulgar o nome da mulher.
 
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Com as informações, Camila então contatou a Prefeitura da Cidade e a Secretaria da Educação de Teresópolis. Após três dias do caso, a Prefeitura informou a Camila que a autora dos insultos foi advertida e teria a demissão oficializada em breve. A informação foi confirmada pela Prefeitura ao O POVO Online. A Prefeitura informou que a funcionária fazia parte de programa chamado Operação Trabalho, mas que "por problemas de enquadramento", seria desligada.
 
A cearense esperava que a professora fosse responsabilizada por seus atos, porém não com demissão. "Ela desdenhou quando disse que eu poderia denunciar à vontade porque ela tinha uma conta reserva. Melhor que ela ser demitida é que ela seja suspensa e que o Município realize, de algum modo, uma atividade escolar de valorização do Nordeste, talvez, a realização de uma semana escolar do Nordeste, aproveitando que o dia 8 de outubro".

Com dados do Facebook, O POVO Online tentou contato com a mulher para saber o posicionamento da mulher após a repercussão do caso. Porém, não houve retorno às mensagens e ligações até o fechamento desta matéria.

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