Equipes buscam vestígios de meteoro que causou estrondo no céu do Ceará
Meteoro avistado nos municípios de Jaguaretama, Icó, Iguatu e Orós é o quarto já registrado no Ceará[FOTO1]Equipe de monitoramento da estação da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon) na Universidade Estadual do Ceará (Uece) em Iguatu realiza buscas na região de Icó para saber se há meteoritos em solo. Eles seriam vestígios do meteoro avistado na região Centro-Sul do Ceará na noite da última quarta-feira, 20.
Confira o vídeo:
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De acordo com informações da Bramon, o objeto entrou na atmosfera por volta das 23h10min pelo município de Jaguaretama. Com velocidade de 17.66 Km/s, percorreu 117.1 km em oito segundos até se extinguir em Icó. Moradores dos municípios de Jaguaretama, Icó, Iguatu e Orós afirmam ter visto o momento e relatam ter ouvido o barulho de explosão.
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Quatro estações da Bramon registraram o episódio: duas na Paraíba, em Campina Grande e João Pessoa, e duas no Ceará, em Maranguape e Iguatu. As estações cearenses acompanharam apenas o início do meteoro, e a estação de Campina Grande apenas o fim. A estação de João Pessoa, a quase 500 Km de distância, registrou todo o percurso.
Segundo Lauriston Trindade, membro da Bramon e administrador da estação em Maranguape, o meteoro entrou lento na atmosfera e conseguiu resistir à entrada, causando um som parecido a um trovão. A duração deste evento foi maior do que o normal e, por isso, pôde ser notado pelas pessoas. "Geralmente meteoros são muitos pequenos, do tamanho de um grão de arroz. Porém, quando têm uma massa maior, podem resitir e chegar até o solo."
Além disso, ele informa que este fenômeno é esporádico. Este é o quinto meteorito já registrado no Ceará, sendo os anteriores nos municípios de Parambu, Crateús (duas vezes) e Campos Sales. O relato mais antigo de ocorrência do tipo pelos cearenses data de 1909, segundo o livro Breve histórico dos meteoritos brasileiros, de Maria Elizabeth Zucolotto. No Brasil, ao todo já foram registrados 73 meteoritos.
A análise da Bramon identificou características da órbita do meteoro que podem indicar que se trata de um asteroide Near Earth Asteroid (NEA), que são potencialmente perigosos para a terra. A organização estima que o meteoro tem entre três e 14 quilos.
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