Secretário diz que facção criminosa não teria se mantido no CE se já houvesse Centro de Inteligência
O secretário de Segurança do Estado, André Costa, relacionou a criação do Centro de Inteligência com as execuções dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Sousa, o Paca. "Tínhamos duas pessoas foragidas de São Paulo que estavam morando no estado do Ceará e adquirindo bens no nome de laranjas", disse.
[SAIBAMAIS]
Para André Costa, um dos problemas é a falta de integração das inteligências da Polícia." A informação não é compartilhada. Ninguém recebeu relatório de órgãos federais ou estaduais, que determinadas facções poderiam estar aqui no Ceará. É o que a gente pretende conseguir (com a criação do centro de inteligência). O centro regional é para que a nossa Polícia passe a ter acesso a dados de outros estados e casos como esses (Gegê e Paca) poderiam ter evitados se tivessem as bases integradas de inteligência", relatou.
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André Costa citou um caso de dezembro de 2017 em Alagoas, que um foragido do PCC, que morava no maior condomínio de luxo de Maceió e atuava como um empresário do ramo de academias. " Uma investigação da Polícia Federal chegou até ele, que tinha até uma academia. No momento da abordagem houve confronto e o integrante do PCC foi morto", disse o secretário.
"O estado tem suas responsabilidades, mas a União tem as suas também. Sempre a cobrança é repetida. E duas coisas que interferem e poderiam ser evitadas. Bases integradas nacionalmente. A pessoa chega com documento falso expedido do Pará. Usa certidão falsa, impressões digitais e consegue um RG falso. Se nós tivéssemos uma base integrada no Brasil, isso não existiria. A base é só dos estados e não tem como saber as pessoas que tem RGs em outros estados", completou.