Empresários demandam ampliação das vagas de Zona Azul e fiscalização no Centro
Diretoria da CDL Fortaleza reivindicou ações de ordenamento do Centro. Arcelino Lima, superintendente da autarquia, afirma que concessões à iniciativa privada para gestão de Zona Azul devem ser estabelecidas em edital ainda este ano
21:20 | Jun. 12, 2017
[FOTO1]Ampliação das vagas e eficiência da fiscalização do sistema de estacionamento rotativo Zona Azul, circulação de transporte público e reorganização de vagas de táxi foram as principais demandas para o Centro abordadas em reunião na tarde desta segunda-feira, 12, entre membro da diretoria da Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL) e o superintendente da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), Arcelino Lima. O gestor garantiu que até o segundo semestre deste ano será lançado edital de concessão de gerência à iniciativa privada para Zona Azul.
A reunião de que discutiu questões de ordenamento do Centro ocorreu na sede da entidade. “O Zona Azul é uma das nossas principais reivindicações, porque se não tiver um eficiência da fiscalização, os comerciários chegam às 7h e só saem quando as lojas fecham, então os clientes não têm como estacionar”, apontou Riamburgo Ximenes, diretor do Ação Novo Centro.
[SAIBAMAIS]O empresário ainda acrescentou que acredita serem muitas as vagas de estacionamento destinadas a táxis que ficam vazias durante o dia e que poderiam ser substituídas por Zona Azul. Sobre a questão, Arcelino afirmou que “as vagas de táxi e de carga e descarga são discutidas constantemente para poder adequar a realidade local”.
O superintende admitiu ser “falho e ineficiente” o sistema de cobrança por cartões de papel na Zona Azul, por estar suscetível a fraudes e por dificultar o controle da fiscalização. “Evitamos a expansão sem conseguir fornecer a possibilidade de compra do cartão e de fiscalização adequada. A Prefeitura já tem uma lei permitindo a concessão (Lei Nº 10.408, de 22 de outubro de 2015) desse tipo de serviço (à iniciativa privada)”, diz.
Onde e quantas seriam as vagas e qual seria o valor a ser cobrado serão determinados por estudo em curso. “O apoio operacional nos garante tanto a demarcação, quanto o monitoramento (que seria exigido contratualmente), com câmeras ou pessoas, a venda e comercialização dos bilhetes, e o auxílio do acompanhamento de quem está respeitando ou não (a rotatividade)”, reforça.
Outras ações
Sobre a circulação de ônibus, Riamburgo diz que o comércio está sendo prejudicado com as mudanças nas rotas que teriam sido deslocadas para vias mais periféricas do bairro, “saindo do miolo”. “O Centro está fechando mais cedo, para liberar os lojistas para que eles possam ir até o ponto de ônibus, na Imperado e na Tristão Gonçalves. É uma medida de segurança, porque muitos são assaltados”, disse. Arcelino se comprometeu em “debater internamente e melhorar onde for possível” e ainda sugeriu a ação de blitze com foco na abordagem do motociclista.
Intervenções de galerias de drenagem, em obras da Secretaria Municipal da Infraestrutura (Seinf), também foram anunciadas. As obras devem causar os bloqueios parciais de pontos das vias Pedro Pereira, Pedro I e Solon Pinheiro. O superintendente diz acreditar que os bloqueios deverão acontecer em cada mão de forma alternada.
A Seinf foi acionada para informar datas, localização e mais detalhes sobre as obras, mas respondeu, por meio de assessoria, que não teria gestor disponível para entrevista.