Manifestação em Fortaleza pressiona reformas de Temer; veja galeria de fotos
16:50 | Abr. 28, 2017
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Milhares de pessoas saíram às ruas de Fortaleza, na manhã desta sexta-feira, 28, para a chamada Greve Geral contra contra as reformas trabalhista e da Previdência, propostas pelo presidente Michel Temer e que tramitam no Congresso Nacional.
Estudantes, professores, movimentos sociais organizados, sociedade civil, partidos políticos e sindicatos se concentraram na praça Clóvis Beviláqua (conhecida como Praça da Bandeira), no Centro, por volta das 9 horas e saíram em direção à Praça do Ferreira gritando palavras de ordem.
Sob chuva, os manifestantes ergueram placas com figuras de deputados que votaram a favor da reforma trabalhista. Eles pediram a derrota da PEC na Câmara que altera a legislação previdenciária, criticaram a perda de direitos com outras medidas do governo e pediram "Fora Temer".
Lideranças políticas locais participaram do evento político. Os deputados federais José Guimarães (PT), André Figueiredo (PDT) e Odorico Monteiro (Pros), que votaram contra a reforma trabalhista na Câmara, foram vistos na manifestação. O secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Inácio Arruda (PCdoB) também esteve na Praça do Ferreira.
Ao O POVO Online, Guimarães afirmou que a mobilização das ruas deverá fazer com que o Senado Federal altere o texto aprovado pelos deputados fazendo com que a matéria volte para a Câmara para nova votação. "A pressão de rua pode alterar profundamente os votos do Senado. A reforma vai para o Senado e, com as mudanças, vai voltar para a Câmara. Sabe-se lá o que pode acontecer", afirmou.
A assistente social Ana Maria saiu de casa com a esperança de que a mobilização social pode mudar o cenário em Brasília. "Eu vim para lutar e reivindicar pelos nossos direitos por causa dos desmontes que estão acontecendo. Temos que mostrar para os nossos políticos que estamos atentos. Não vamos parar", disse.
Organizadores da Greve Geral no Ceará afirmam que cerca de 100 mil pessoas participaram da manifestação na Capital cearense. A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), no entanto, não fez a contagem do público.