Açude Maranguapinho começa a sangrar

Primeiro açude da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) começou a sangrar neste domingo, 5. O Maranguapinho é o segundo reservatório do Estado a atingir a capacidade máxima de armazenamento neste ano. O Caldeirões, em Saboeiro, está há 18 dias com todo o volume ocupado.

Conforme prognóstico da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), precipitações neste ano devem ficar próximo à média histórica, mas recarga hídrica preocupa após cinco anos consecutivos de estiagem. Dos cinco maiores açudes do Ceará, apenas um está com volume superior a 10%. Existem ainda outros 49 em volume morto e 30 secos, segundo a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).

O Maranguapinho, com 9,35 milhões de metros cúbicos (m³), tem capacidade nove vezes superior ao Caldeirões, que historicamente é o primeiro reservatório a sangrar no Estado. Além deles, os açudes com maior armazenamento percentual são: Curral Velho, em Morada Nova, com 82,01% da capacidade, e o Gavião, em Pacatuba, com 87,94%. Este é por onde passa parte da água trazida do Interior para abastecer a Capital. Ele é mantido com volume elevado para reduzir os custos do tratamento.

Mesmo registrando o mês de fevereiro mais chuvoso dos últimos sete anos, com média de chuvas superior em 32,8% ao registrado historicamente, o sinal de alerta hídrico se mantém no Ceará. O Castanhão, maior reservatório do Estado, está com 5,23% do volume total. O melhor cenário é no Orós, com 10,12% da capacidade total.

Terceiro maior açude que abastece os cearenses, o Banabuiú tem 0,59% de água armazenada. O Araras está com 4,63% do total. A situação mais crítica entre os maiores reservatórios é no Figueiredo, que está com 0,02% da capacidade.

Chuvas

Neste domingo, 5, chuvas banharam municípios em todas as regiões do Estado. Precipitações foram registradas em 64 cidades cearenses. A maior foi em Milagres, com 95,2 milímetros (mm). A Capital registrou 48 mm. Para os dois próximos dias, a Funceme prevê chuvas isoladas em todo o Estado.

Redação O POVO Online