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Inquérito sobre morte de homem atingido por taser ainda não foi concluído

Perícia inicial apontou overdose, mas somente o laudo médico comprovará as causas da morte. A sindicância da Prefeitura também está em andamento
09:46 | Jun. 30, 2016
Autor Amanda Araújo
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Tipo Notícia

As causas da morte de José Marley de Sousa Carvalho, 29 anos, no terminal da Lagoa, ainda são desconhecidas, um mês e meio após o caso. As investigações, tanto da Polícia Civil como da Prefeitura Municipal, estão em andamento, desde que o homem foi imobilizado e teria sido atingido por um taser de um guarda municipal, no último dia 13 de maio. A Perícia inicial apontou que o homem morreu de overdose, mas somente o laudo médico, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), comprovará as causas do óbito.

Um dia após a morte, um vídeo sobre o caso passou a ser compartilhado nas redes sociais. Nas imagens, é possível ver o rapaz sendo imobilizado por três policiais militares e, depois, sendo supostamente atingido por um guarda municipal com a arma de choque. A Prefeitura determinou a abertura de uma sindicância para apurar os procedimentos adotados pela equipe.

Segundo informações da assessoria da Guarda, materiais foram recolhidos e as pessoas envolvidas no caso começaram a ser ouvidas pela Controladoria Geral de Disciplina. A Guarda explicou que o processo está em andamento, tramitando no setor jurídico do órgão.

"O inquérito está bem avançado, temos um laudo periférico de coleta de crime e solicitamos um exame toxicológico para verificar a ingestão de psicotrópicos", adiantou o delegado Renê Andrade, titular do 5º Distrito Policial, que investiga o caso.

A primeira versão da Guarda Municipal era de que os agentes teriam tentado  acalmar Marley de Sousa, que estaria com um comportamento estranho, vindo posteriormente a perder os sinais vitais. Os guardas teriam sido acionados porque o homem teria supostamente entrado armado no terminal de ônibus. Nenhum objeto do tipo foi encontrado com Marley.

Renê explica que o objetivo é verificar excessos durante o atendimento. "Se houve realmente uma postura imprudente, os servidores deverão ser responsabilizados no inquérito policial, mas qualquer informação agora seria uma antecipação", disse o delegado ao O POVO Online.

O POVO Online procurou a SSPDS, que informou que o resultado do exame toxicológico está sendo aguardado para a continuidade das investigações. A reportagem questionou o prazo para conclusão do exame, mas não houve resposta.

Para Renê, o caso continua sendo investigado "a contento". "O atraso é natural devido à grande demanda da Perícia Forense", justificou ele. Veja o vídeo:

[VIDEO1] 

 

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