Operação que investiga a união de facções criminosas prende seis pessoas

Dez mandados de prisão foram expedidos como parte da Operação Vera Pax. Investigação aponta que grupo do Vicente Pinzón atua dentro e fora dos presídios

16:04 | Abr. 20, 2016

Na manhã desta quarta-feira, 20, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) deflagrou a Operação Vera Pax. O objetivo da ação, ocorrida no bairro Vicente Pinzón, em Fortaleza, é investigar a união de facções criminosas da área.

Com apoio da Polícia Civil, a Operação Vera Pax prendeu seis pessoas na manhã de quarta-feira. Ao todo, a 18ª Vara Criminal de Fortaleza expediu dez mandados de prisão preventiva.

Os suspeitos Felipe Pereira Silva, Daniel Júnior dos Santos da Silva, Algirlânia dos Santos Nogueira, Wanderson de Abreu Rocha, Inácia Gabrielle Martins Soares, Carmélia dos Santos Silva, Carlos dos Santos Silva, Tiago André da Lima Costa, Wellington Menezes e Charliene Silva dos Santos tiveram a prisão preventiva decretada.

A organização investigada atuava dentro e fora dos presídios do Estado comtendo crimes como tráfico de drogas, roubo de veículos e homicídios para a consolidação de território em diversas comunidades no entorno do bairro Vicente Pinzón.

Segundo os promotores de Justiça do Gaeco Felipe Diogo, Manoel Epaminondas e Eloilson Landim, a investigação apontou que a organização pregava uma "falsa paz" nas comunidades, inclusive realizando 'marchas pela paz'. No entanto, de acordo com os promotores, o objetivo das caminhadas era consolidar os negócios ilícitos de venda de drogas e roubos qualificados no Vicente Pinzón.

O Vicente Pinzón foi o primeiro bairro da Capital a abrigar a Unidade Integrada de Segurança (Uniseg), uma das ações previstas no Programa Ceará Pacífico.

União das Facções

Em 31 de janeiro deste ano, O POVO publicou duas matérias a respeito da paz entre facções criminosas. Uma “ordem geral” teria levado quadrilhas inimigas a se juntarem ou estabelecerem uma trégua em nome da “paz” e pelos negócios dos traficantes.

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