MST protesta em Fortaleza contra o impeachment da presidente Dilma

Atualizada às 11h40min

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST)  ocupam, na manhã desta quinta-feira, 28, a sede do Instituto de Colonização e Reforma Agrária Incra, na avenida José Bastos, em Fortaleza. O protesto é contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e integra a Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária.

Galeria | Confira imagens do local

Os manifestantes bloquearam a avenida José Bastos com pneus, no início da manhã, o que deixou o trânsito lento na área. O MST também realiza atos contra o impeachment em São Paulo, Pernambuco e outros estados.

No Ceará, o MST  cita ainda outras reivindicações locais, como a "paralisação" do Incra. "Exigimos do Governo Federal um posição, pois hoje temos 24 mil assentados, mas 9 mil reformas agrárias estão bloqueadas porque o Tribunal de Contas barra o trabalho do Incra. A situação vem se agravando, nós exigimos que o Incra volte a funcionar", diz a diretora estadual do movimento no Estado, Elisângela Gomes.

A BR-116, no km 8, também chegou a ficar bloqueada por manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), mas a via foi liberada por volta das 8h15min, conforme a Polícia Rodoviária Federal do Ceará (PRF). No local, o protesto contou com o apoio de representantes da comunidade Che Guevara, que reivindicam saneamento básico. 

[FOTO2] 

Brasil

Em São Paulo, são 13 pontos paralisados. Os manifestantes bloquearam as principais vias com pneus em chamas. No Rio de Janeiro, o grupo do MST se na manifesta na Avenida Contorno.Sete trechos de rodovias de Pernambuco foram bloqueadas pelo MST contra o impeachment. As manifestações também lembraram os 20 anos do massacre de Eldorado dos Carajás (PA).

Os bloqueios de rodovia também fazem parte de uma agenda pré-definida para o chamado Abril Vermelho, mês em que estão marcadas várias atividades do MST em defesa de pautas relacionadas ao meio rural. “É em denúncia da paralisação da reforma agrária, do processo de criminalização dos movimentos sociais e de luta contra a perda de direitos adquiridos”, disse Maria Gomes, da direção estadual do MST em Pernambuco.