Em greve, professores estaduais fazem protesto no Palácio da Abolição

O sindicato dos professores diz que as negociações com o Governo não avançam e, por isso, a greve continua por tempo indeterminado. Seduc defende que "vem honrando os compromissos com todas as categorias"

08:52 | Abr. 28, 2016

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Professores estaduais, oficialmente em greve desde segunda-feira, 25, fazem manifestação na manhã desta quinta-feira, 28, em frente ao Palácio da Abolição, em Fortaleza. A concentração teve início às 9 horas e o protesto deve se estender até o meio-dia. A categoria reivindica, principalmente, reajuste salarial de 12,67%.
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O presidente do Sindicato da Associação dos Professores dos Estabelecimentos Oficiais do Ceará (Apeoc), Anísio Melo, reafirma que a data-base da categoria, em 1º de janeiro, não foi respeitada. Ele diz que as negociações com o Governo não avançam e, por isso, a greve continua por tempo indeterminado.

"Nós queremos entregar, durante o ato desta manhã, um documento reafirmando nossas proposições. O Governo está atropelando nossas reivindicações. Além disso, queremos a regularização do repasse da manutenção das escolas", afirma Anízio. O aumento, conforme o sindicato Apeoc, é referente a 10,67% de reposição da inflação de 2015 e 2% de ganho real.

A última greve dos professores ocorreu em 2011 e durou 63 dias. A rede estadual possui 705 escolas do Ensino Médio, com 445 mil alunos e 13.863 professores efetivos nas unidades escolares.

A Secretaria da Educação (Seduc) defende que “vem honrando todos os compromissos assumidos com todas as categorias, sobretudo com os professores” e afirma que o secretário Chefe do Gabinete do Governador, Élcio Batista, receberá os representantes da categoria nesta quinta.

"Há recursos específicos para a valorização da remuneração dos profissionais do magistério. Uma posição a respeito está prevista para divulgação no dia 06/06/2016", disse, em nota enviada anteriormente.
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Além disso, a Seduc informou que o Governo apresentou propostas e informações à categoria sobre cada um dos itens reivindicados e "as negociações irão continuar".

Na próxima quarta-feira, 4, os professores farão uma nova Assembleia Geral da categoria para discutir os primeiros dias de greve.