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Reitor da UFC pede providências à Polícia Federal em defesa da professora Lola Aronovich

No ofício encaminhado ao superintendente regional da Polícia Federal em Fortaleza, o reitor informa de possível risco à segurança pessoal da professora e comprometimento de sua atuação profissional

19:11 | 11/11/2015
O reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Henry Campos, enviou um ofício nesta quarta-feira, 11, solicitando formalmente ao superintendente regional da Polícia Federal em Fortaleza, Renato Cazarini Musy, providências contra o caso de assédio, falsificação e ameaças à professora Lola Aronovich. Ela é autora do blog "Escreva, Lola, Escreva", criado em janeiro de 2008, e está recebendo ameaças por sua defesa do feminismo

No documento, o reitor informa de possível risco à segurança pessoal da professora do Departamento de Letras Estrangeiras e comprometimento de sua atuação profissional. "Solicitamos a pronta intervenção e atuação preventiva desse órgão", diz o documento. 

[SAIBAMAIS 2]O reitor reforça que a professora afirma ainda estar sofrendo ataques e ameaças de "desconhecidos", que se valem de recursos de anonimato disponibilizados pela Internet. "Tal indício é confirmado pelas tentativas de acessar textos em prol de 'morte a fetos masculinos' referidos como de autoria da professora, já retirados da internet, conforme denúncias encaminhadas à Ouvidoria Geral da UFC, vez que todos são redirecionados à citada página http://doloresanorovich.com", destaca o ofício.

De acordo com informações da UFC, a decisão pelo envio do documento à Polícia Federal foi tomada na última terça-feira, 10, durante reunião realizada na reitoria entre Henry Campos, a diretora do Centro de Humanidades, Vládia Cabral Borges, e o coordenador de Comunicação Social e Marketing Institucional da UFC, Nonato Lima. 

Alvo de ataques na Internet, professora da UFC recebe ameaças por sua defesa do feminismo. Ao O POVO Online, Lola falou sobre a necessidade de políticas para combater a violência contra a mulher e a ineficácia dos órgãos públicos para investigar difamações na web.


Em entrevista ao O POVO Online, na última quarta-feira, 4, Lola contou ainda que já fez sete boletins de ocorrência e que nenhum gerou uma investigação. Na Polícia Federal, após recorrentes denúncias, ela foi informada que o órgão não apura este tipo de crime. 

Redação O POVO Online
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