Subtenente e esposa participam de 2ª reconstituição da morte do filho
O militar conversou com a equipe do O POVO e afirmou que a esposa entrou em contradição nos depoimentos à Polícia
A segunda reconstituição do envenenamento do menino Lewdo Ricardo, de 9 anos, filho do subtenente do Exército, Francilewdo Bezerra Severino, e de Cristiane Renata, foi realizada na manhã desta quarta-feira, 8. O militar conversou com a equipe do O POVO e afirmou que a esposa entrou em contradição nos depoimentos à Polícia. O procedimento ocorreu na residência do casal, no bairro Dias Macedo. Apesar de sair do local sem falar com a imprensa, Cristiane concedeu uma entrevista ao O POVO, que foi publicada na edição do jornal de hoje. Ouça o aúdio da entrevista!
Segundo Francilewdo, Cristiane teria dado duas versões ao delegado Wilder Brito, titular do 16º Distrito Policial (DP), sobre agressões do marido. "Na acareação, o próprio delegado perguntou a ela se alguma vez antes (do crime), eu tinha batido nela. Ela foi categórica ao afirmar que eu nunca bati nela, nem nas crianças. Agora, ela vem dizer que eu já agredia ela, as crianças, algo que nunca fiz antes, nem no dia que ela diz que eu a agredi, no dia da morte do meu filho", contou o militar.
O subtenente também citou um "problema" que o casal já tinha, antes da morte do filho. De acordo com o militar, Cristiane dizia que sofria de depressão e já teria feito lavagem estomacal, depois de tomar doses altas de medicamentos.
"Nós tínhamos um problema, porque ela vendia, não só para mim, mas para toda a família, de que ela era uma pessoa em depressão. Ela fazia tratamento, inclusive, isto está nos autos. Ela se tratava no quartel, tomava remédios, já teve vezes que tive que levá-la para fazer lavagem. Falava ela que tinha tomado doses excessivas de remédio. Não sei se havia tentado (se suicidar) ou se foi armação. Sei que tive que levá-la para fazer limpeza, teve que ficar lá entubada, um tempo", afirmou ele.
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Durante a reconstituição, ela ouviu gritos de "assassina” e saiu sem falar com imprensa.
Em entrevista ao O POVO publicada na edição desta quarta, Cristiane deu sua versão do crime e acusou subtenente da morte do filho. Ela contou que foi agredida pelo marido a cinto e forçada a ingerir medicamentos. "Foi quando ele me pegou pelos dois braços e disse 'Você vai tomar (vinho com antidepressivos) sim. Para não ver a merda que vou fazer", disse.
Redação O POVO Online