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Apesar dos transtornos na volta para casa, maioria apoia protesto dos motoristas e cobradores

A volta para casa de muitos usuários de ônibus foi difícil, com topic lotadas e terminais parados. Algumas pessoas aproveitaram a paralisação para usar os veículos como táxis
21:54 | Mai. 29, 2014
Autor O POVO
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Tipo Notícia

Com a paralisação dos ônibus que começou na manhã desta quinta, 29, ainda não tem previsão de terminar nesta noite. A população já sente dificuldade de se locomover e o problema aumenta com o fim do expediente comercial. Leitores e jornalistas do O POVO flagraram cenas incomuns de quem precisa do transporte público para se locomover.

Na avenida Dom Luís, um caminhão está sendo improvisado como um pau de arara. Os terminais de Messejana e Antônio Bezerra não têm movimento nenhum. As topic na Bezerra de Meneses estão completamente lotadas.

Mototaxistas estão cobrando preços exorbitantes. Há relato de que uma corrida em um trecho de 20 quarteirões estaria valendo R$ 40. A um jornalista do O POVO, um mototaxista cobrou R$ 70 para ir do Conjunto Esperança até a Washington Soares.

O POVO apurou que o trânsito está tranquilo e as topics lotadas. Muitas pessoas
resolveram utilizar seus carros particulares como táxis, cobrando de R$ 3 a R$5 pela corrida. No Centro, só os coletivos do bairro que não passam pelo terminal
circulam. Apesar do transtorno, a maioria dos usuários de ônibus questionados pelo O POVO se posicionou a favor da paralisação, pois também se sentem inseguros dentro dos ônibus.

Em contato com o O POVO Online, a assessoria do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviários no Estado do Ceará (Sintro) informou que já uma monilização para que a paralisação seja encerrada ainda nesta quinta-feira, 29. Neste momento, motoristas e cobradores participam do velório do motorista assassinado, na Igreja Nossa Senhora das Graças,na Vila Manuel Sátiro.
 
A assessoria afirma ainda que os motoristas e cobradores devem acertar uma paralisação durante o enterro do motorista, que ocorre na manhã desta sexta-feira, 30, em um cemitério no município de Maranguape.  Após o enterro, os motoristas e cobradores voltariam às atividades. Não há informações sobre o transorte dos trabalhadores para o local.

O tamanho da paralisação
A Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) estima que 70% da frota foi paralisada, nesta quinta. Embora a Etufor tenha se reunido de manhã com o
Sindiônibus, Sintro e Secretaria de Segurança Pública de Defesa Social (SSPDS),
não há previsão de retorno da frota nesta quinta, 28.

A Etufor informou ainda que não possui a quantidade de coletivos depredados, pois muitos foram quebrados nas ruas. A movimentação nos terminais é pequena e não há registro de confusão, como a registrada no Siqueira durante a tarde.

A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que enviará uma nota sobre a reunião com o Sintro e Etufor.

As topics
O Sindicato dos Empregados em Transporte Alternativo da Cidade de
Fortaleza (Sintraafor) informou que as topics e vans estão circulando normalmente pela cidade, mas que a categoria de transporte alternativo se solidariza com à greve dos motoristas e cobradores de ônibus.

Segundo o presidente do Sintraafor, Valdênio Aguiar, desde janeiro, já foram registrados 600 assaltos dentro dos veículos alternativos. Não houve casos de violência, mas Valdênio afirma que caso alguma ação contra a avida dos motoristas e cobradores de vans seja detectada, a categoria va, também, paralisar as atividades.

Universidades
Alguma universidades encerraram mais cedo as aulas noturnas. A Universidade Federal do Ceará (UFC) informou que por volta das 21h os corredores estavam vazios. No cursinho, os alunos foram liberados mais cdo. A Universidade Estadual do Ceará (Uece0 disse que as aulas seguiram normalmente.

A Faculdade Nordeste (Fanor) publicou em sua página oficial que as aulas dos Campi Dunas e North Shopping foram suspensas desde a tarde desta quinta-feira, 29. “ Comunicamos que o calendário acadêmico será reavaliado com o retorno das atividades e repassado a toda a comunidade acadêmica”, completa a nota.

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Redação O POVO Online

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