Uma denúncia de agressão física está sendo feita pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários do Ceará (Sindasp/CE) nesta quarta-feira, 25. Um agente teria sofrido violência física por parte de soldados do Gate dentro da Casa de Privação Provisória de Liberdade Agente Luciano Andrade Lima (CPPL I), em Itaitinga.

De acordo com o diretor do Sindasp/CE, Antonio Orlando Alves de Abreu, o agente Elias teria participado da greve dos agentes penitenciarios, deflagrada no último 31 de março, e que teria tido um desentendimento com um dos soldados do Gate. O mesmo soldado estaria, na manhã desta quarta-feira, no refeitório da unidade prisional de Itaitinga esperando um presidiário que iria ser escoltado, quando Elias entrou no local.

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O soldado, segundo Abreu, teria reconhecido o agente penitenciário e iniciou uma discussão com ele. Um grupo de soldados, em seguida, agrediu fisicamente Elias, dentro do refeitório. Um vídeo circula pela Internet com cenas do momento em que teria ocorrido o fato.

Abreu diz ainda que o agente chegou a comparecer à delegacia e, em seguida, teve de fazer exames de corpo delito. O diretor caracteriza o evento como “humilhante” e que o sindicato irá recorrer à Justiça Cearense.

De acordo com o Relações Públicas da Polícia Militar do Ceará, tenente-coronel Albano, Elias teria “desacatado os soldados, utilizando palavras de baixo calão”, motivando uma discussão entre as categorias. Como parte do procedimento, o agente penitenciário foi conduzido à delegacia, acusado de desacato a autoridade

Albano diz ainda que é de direito do Sindicato recorrer à Justiça e que a situação será investigada para saber se houve excesso de alguma das partes envolvidas.

A greve
No sábado, 31 de março, os agentes e servidores penitenciários do Estado iniciaram a greve da categoria para exigir o cumprimento do acordo firmado com o Governo sobre o reajuste salarial.

Segundo o Sindasp/CE, a mobilização dos agentes penitenciários ocorreu em todas as cadeias públicas, presídios e unidades, e a intenção da categoria era a suspensão de visitas com a manutenção dos serviços de alvará e alimentação, processo que foi dificultado em alguns locais onde os agentes receberam ordem de retirada.