Empreendedorismo: quais as apostas para 2019?

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Estar atento ao que o mercado está pedindo e buscar soluções inovadoras para os problemas e carências dos consumidores são imprescindíveis para quem planeja abrir novos negócios. O empreendimento pode até não ser inédito no mercado, mas ele precisa diferenciar-se de alguma forma se quiser conquistar o cliente cada vez mais exigente.  De acordo com a administradora de empresas Mônica Arruda, o primeiro passo para pensar em um novo negócio é pesquisar e analisar o mercado, buscando opções dentro dos seus interesses. 

 

“A pessoa pode transformar seu conhecimento, habilidade ou o que gosta de fazer em negócio. Isto é bom porque ele já começa com algo que realmente gosta de fazer. Não adianta procurar apenas algo que dê dinheiro. Outra coisa é observar o que o mercado está pedindo”, orienta a analista. O Você Profissional elencou cinco segmentos que seguirão crescendo em 2019 e darão muitas oportunidades aos novos investidores. Confira! 

 

Vida saudável segue em alta 

O segmento de alimentos e serviços ligados à vida saudável seguirá em alta em 2019. O empreendedor que ficar de olho nas tendências desse mercado e conseguir inovar em meio a tantas ofertas já existentes fará uma aposta certeira. De acordo levantamento do ano passado da Nielsen, saúde e bem-estar deixaram de ser apenas uma tendência e se tornaram um estilo de vida. Fatores como o envelhecimento da população, alto índice de obesidade e necessidade de se sentir bem estão contribuindo para as escolhas por hábitos mais saudáveis. 

 

Em entrevista ao site Pequenas Empresas & Grandes Negócios, o fundador da Food Consulting, Sergio Molinari, indica que duas tendências devem ser levadas em consideração: a oferta de alimentos mais saudáveis sem abrir mão do sabor e da aparência e a oferta de facilidades de consumo, com opções também de delivery e do modelo to go (o cliente pega o alimento já pronto e pode levá-lo para comer em outro local).

 

De olho na sustentabilidade

As mudanças climáticas e as constantes notícias de desastres ambientais também têm mudado o comportamento do consumidor. A aquisição desenfreada de produtos vem sendo substituída pelo consumo de bens mais sustentáveis, exigindo das empresas uma readequação da sua matéria-prima e nos seus modos de produção. Conforme Mônica, a área é uma tendência ainda em crescimento e que terá muito mercado em 2019. “Consultoria e desenvolvimento de produtos que usem materiais sustentáveis e tenham um apelo de sustentabilidade são áreas que aqui no Brasil demoraram a chegar, mas agora estão sendo bem aceitas”, ressalta.

 

Beleza tecnológica

A vaidade do brasileiro vai continuar abrindo espaço para quem planeja investir no mercado de beleza: pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) aponta que, em 2017, o Brasil ocupava a quarta posição no ranking mundial do setor, respondendo por cerca de 7% do mercado mundial. O estudo destaca ainda que, entre 2009 e 2016, o segmento de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (HPPC), que inclui corte e tratamento de cabelos, manicure, pedicure, atividades de estética e outros serviços relacionados aos cuidados com a beleza, recebeu aproximadamente 645 mil novos micro empreendedores individuais (MEI) e mais 26 mil microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP).

 

A dica de Mônica para o empreendedor é a busca pela diferenciação, oferecendo ao cliente novas tecnologias de tratamento e produtos que tenham a sustentabilidade como pano de fundo. “É um segmento que tem demanda constante, mas não pode fazer mais do mesmo. Todo segmento tem espaço. O que o empreendedor deve buscar é o que tem de tendência, novidade, de que forma ele pode se diferenciar.”

 

Lazer para pets 

Quem não gosta de animais, é bom começar a fazer amizade com os bichanos. Eles estarão cada vez mais presentes na vida social dos seus donos. As áreas de lazer que aceitam a presença de pets também é uma tendência para 2019. “Na área de serviços, na parte da venda de produtos, já está muito bem servido, mas agora tem gente procurando o entretenimento ligado ao pet: áreas de lazer que congregue os pets, entretenimento e adestramento”, sinaliza a administradora. 

 

Marketing digital e comércio eletrônico

Comprar e vender sem sair de casa já é a preferência de boa parte da população mundial. No Brasil, o comércio eletrônico movimentou R$ 47,7 bilhões em 2017, com um total de 111,2 milhões de pedidos realizados via internet. Os dados são da pesquisa Webshoper, realizada pela Ebit, maior agência brasileira especializada em e-commerce. O estudo revelou ainda que mais de 55 milhões de consumidores efetuaram ao menos uma compra online em 2017, um crescimento de 15% em relação ao ano anterior. A estimativa é de que, para os próximos anos, os números sejam ainda maiores. 

 

Principal impulsor do comércio eletrônico, o marketing digital também segue em alta. O empreendedor que desejar ver seus negócios na boca e na tela do povo vai precisar explorar o mundo das redes sociais, com um bom planejamento de marketing digital. Por outro lado, quem desejar empreender no segmento do marketing digital terá muito a explorar e clientes a conquistar.  

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