Benefícios para clientes ajudam a driblar crise
Urbis, empresa que cria clubes personalizados, desenvolve estratégias para empresas reterem clientes e não perder força durante a pandemiaA pandemia do novo coronavírus impôs à sociedade uma realidade desafiadora de isolamento social. Por decretos governamentais, a maioria das empresas navega num cenário delicado de estar parcial ou totalmente impedida de manter suas atividades de maneira tradicional. Com a queda brusca da atividade econômica e o aumento das incertezas, os consumidores estão mais cautelosos. A consultoria internacional McKinsey & Company afirma que 50% dos consumidores já estão experimentando marcas diferentes das habituais durante a crise, fenômeno batizado de choque de lealdade. (https://braziljournal.com/o-consumidor-na-crise-o-que-ja-mudou-imaginando-o-novo-normal)
Para passar por esse “choque”, as empresas necessitam continuar demonstrando proximidade e valor agregado, mesmo à distância. Esse desafio está sendo driblado por diversas empresas que estão criando ou reforçando seus próprios clubes de vantagens. Luiz Santos, CEO da Urbis, empresa que cria clubes personalizados, afirma que essa estratégia, que já é conhecida de alguns negócios, ganhou novo fôlego neste momento de intensa digitalização. A ideia é que as empresas possam conceder uma rede de descontos e benefícios personalizados para o dia a dia dos seus clientes, com o objetivo de reforçar a presença da marca, ainda que estando temporariamente fechada.
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Um exemplo disso são as academias que, com os espaços fechados, podem ir além das lives, concedendo descontos em parceiros para que os alunos adquiram materiais de treino, refeições balanceadas e suplementos alimentares. Essa criação de um ecossistema da marca, por meio de um clube de vantagens personalizado, visa prolongar a retenção dos clientes e amenizar as perdas de receita que muitas empresas estão enfrentando. Além disso, fomenta outros negócios locais, que concedem descontos e aumentam seu fluxo de novos clientes.
Atuando há quatro anos no segmento de clubes de vantagens para empresas e gerindo cerca de 13.000 usuários pelo Brasil, Luiz afirma que a dificuldade em criar estratégias eficientes de benefícios está em contar com parceiros que os usuários realmente utilizem na rotina. “No passado, muitos clubes não funcionaram pela falta de foco no cliente. Hoje, trabalhamos para entregar o benefício certo para a pessoa certa, e isso pode significar uma parceria com grande varejista ou com a pizzaria do bairro”. Seguindo essa orientação, as empresas que contratam a Urbis para criar seus próprios clubes, podem ter no seu portfólio de vantagens redes nacionais como Pague Menos, Magazine Luiza e Netshoes, além de redes locais que vão desde restaurantes até estética e educação, somando mais de 50 parceiros.
A depender do porte da empresa que contrata o serviço, os clubes podem ser entregues entre três e trinta dias. “É quase uma solução instantânea, em um curto prazo já pode ser disponibilizada para os clientes da empresa”. “Apesar da pandemia ter acelerado a adoção dessa estratégia em algumas empresas, enxergamos os clubes eficientes como uma movimentação de longo prazo, que, junto de um core business bem feito, gera uma alta satisfação dos clientes. E clientes satisfeitos, que se sentem beneficiados por comprarem daquela empresa, têm menor tendência de cancelamento ou suspensão, amenizando perdas de receita”.