Cooperativismo: um modelo diferente de fazer negócios

O cooperativismo é um modelo de negócio presente em diversos setores da economia, gerando trabalho, renda e prosperidade para pessoas e comunidades. A união entre desenvolvimento econômico, social, produtividade e sustentabilidade fortalece a força das cooperativas.

Existem cooperativas em áreas como agricultura, saúde, educação, energia, habitação, transporte, consumo, turismo, serviços financeiros, entre outros. O ciclo virtuoso de desenvolvimento, impulsionado pela cooperação, começa com indivíduos unidos por um propósito comum, crescendo juntos e gerando impacto positivo na região.

As cooperativas são organizações democráticas, guiadas por valores e princípios, onde todos são proprietários do negócio. Os resultados, conhecidos como sobras, são reinvestidos na organização e distribuídos entre os associados. Essas instituições são orientadas por sete princípios fundamentais:

• Adesão livre e voluntária
• Participação econômica dos membros
• Educação, formação e informação
• Interesse pela comunidade
• Gestão democrática
• Autonomia e independência
• Intercooperação

A História do Cooperativismo

O cooperativismo, como modelo econômico sustentável, responde à necessidade de negócios com impactos socioeconômicos positivos. Originado na Inglaterra em 1844, quando um grupo comprometeu-se com dificuldades financeiras e encontrou a força da união para obter preços justos ao comprar em conjunto, estabelecendo princípios de igualdade e transparência.

Nos anos 60, o cooperativismo brasileiro enfrentou desafios de representação, sendo superados com a criação da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) em 1969. Na década de 70, a legalização da OCB e a promulgação da Lei 5.764/1971 regulamentaram o setor, possibilitando sua expansão.

Nos anos 80, a OCB filiou-se à ACI, participou da criação da Frente Parlamentar do Cooperativismo e testemunhou a Constituição de 1988, marcando a era da autogestão cooperativista. Nos anos 90 concentraram-se esforços em autonomia e competitividade, com programas de reestruturação e autogestão, culminando no reconhecimento internacional.

Criado em 1998, por meio da Medida Provisória 1.715/98 e regulamentado pelo Decreto 3.017/99, o Serviço Nacional de Aprendizagem do CooperativismoSescoopfoi idealizado para atuar na oferta de soluções para desenvolver e impulsionar os negócios cooperativistas. Por meio do tripé formação profissional de cooperados e empregados, monitoramento do desenvolvimento organizacional das cooperativas e promoção social para as comunidades, o Sescoop agrega valor ao movimento e o torna cada vez mais forte e relevante para a sociedade. O Sescoop integra as três casas do Sistema OCB, que conta também com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e com a Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), que nasceu nos anos 2000, fortalecendo o Sistema Confederativo de Representação Sindical das Cooperativas.

Cooperativismo na Terra da Luz

No Ceará, o Sistema OCB atua há mais de 50 anos, promovendo o cooperativismo e contribuindo para o desenvolvimento sustentável do estado. Com mais de 116 mil cooperados e cerca de 10 mil trabalhadores em mais de 120 cooperativas, a força do cooperativismo reside nas pessoas.

O Sistema OCB Ceará busca uma gestão participativa e sistêmica, com foco em objetividade, transparência e comunicação, promovendo o reconhecimento do setor pela competitividade e capacidade de gerar felicidade aos cooperados. Assim, o cooperativismo é cultivado e quem colhe o sucesso é a sociedade em que ele está inserido.