Iguatemi Bosque atua nos três pilares do ESG

Shopping investe em eficiência energética, cultura cearense e práticas de governança

14:53 | Mai. 02, 2024

Por: O POVO Lab
Em todas as edições, o maior percentual de pessoas que citou o Iguatemi foi de 57,9%, em 2004. (foto: Gentil Barreira/Iguatemi)

A sigla ESG, originária do inglês, é composta por três fundamentos: responsabilidade com o meio ambiente, com a sociedade e implementação de boas práticas de governança corporativa. Eles integram também o foco das ações do Iguatemi Bosque, que desenvolveu e mantém em curso um conjunto de ações visando o avanço da sustentabilidade.

Muito além do financeiro, a aposta está em gerar impacto positivo para o entorno onde o empreendimento está inserido, transformando a vida de comunidades e diminuindo impactos ambientais a partir de um olhar mais cuidadoso para sua própria forma de fazer gestão.

Iniciativas que são implementadas não para se adequar à moda, mas porque é o certo a se fazer. Basta olhar o passado: antes mesmo do tema ESG ganhar o apelo popular que hoje possui, o Iguatemi já vinha praticando ações sustentáveis desde a sua inauguração, em 1982.

Foi no centro comercial que a primeira Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Ceará foi desenvolvida, em pleno funcionamento já no dia em que abriu as portas ao público. Com a ação, o Iguatemi se tornou um dos primeiros shoppings do Brasil a dispor de programa próprio que trata todo o esgoto que produz. Em 2002, 100% dos resíduos líquidos produzidos pelo shopping já eram transformados em água tratada, demonstrando o compromisso com práticas ambientalmente viáveis.

Com o passar dos anos, os caminhos que o Iguatemi escolheu trilhar continuam alinhados às ações de ESG e levam a um futuro mais sustentável, seja trabalhando sua eficiência energética, valorizando artesãos locais ou contando com comitês especializados para orientar suas ações corporativas. A seguir, confira algumas das ações desenvolvidas em cada uma dessas áreas.

Meio ambiente: a busca por mais eficiência energética

Na área energética, o shopping opta pelo Mercado Livre de Energia, ambiente competitivo de negociação do recurso, que possibilita reduzir custos, mas vai além: permite escolher fornecedores comprometidos com fontes renováveis de energia.

Para fechar essa conta com saldo positivo para o planeta, é preciso saber que os aparelhos de ar-condicionado são os maiores desafios do shopping. “Estamos focando em rotinas, controles, inspeção e padronização das atividades operacionais, objetivando a redução de perdas, maximização do recurso de forma consciente e, sobretudo, garantindo o conforto térmico no ambiente”, afirma o gerente corporativo de operações do Grupo JCC - Jereissati Centros Comerciais, Rafael Vaz.

Quando o assunto é ar-condicionado, ele lembra que reduzir o consumo de energia elétrica implica também na redução do consumo de água. “Possuímos torres de refrigeração que são abastecidas 100% do tempo com água, ou seja, enquanto o sistema está em funcionamento, utilizamos ambos os recursos (eletricidade e água) de forma simultânea. Logo, ao reduzir o consumo de energia elétrica, também reduzimos o consumo de água”, explica Rafael.

Essas e outras ações fazem parte de um planejamento estratégico e de investimentos voltados à eficiência energética. No ambiente do estacionamento, por exemplo, também são encontradas ações de ESG voltadas para o meio ambiente: 100% do local possui lâmpadas de led, com zero emissão UV e mercúrio, gerando economia de energia e menor emissão de carbono.

O Iguatemi investe ainda em sustentabilidade ambiental através da infraestrutura. O mall possui tetos de vidros que proporcionam economia de energia de até 30% por ano. Além disso, a aquisição de equipamentos tecnológicos para melhorar os processos, contando com sistemas automatizados e inteligência artificial, também garantem mais eficiência energética.

A marca atua ainda com com reuso de efluentes, contando com uma estação de ETE totalmente estruturada, com tratamento de esgoto e recursos hídricos, que monitora todo o uso de água no estabelecimento e mede o controle de itens e a sua utilização de tratamento.

Nos espaços de convivência, como a praça de alimentação da última expansão, um projeto paisagístico sustentável inspirado no conceito da biofilia desenvolveu um jardim vertical que tem 90% da sua água reciclada, com irrigação de plantas que amenizam a temperatura do ambiente, reduzindo barulhos externos e favorecendo a qualidade do ar, além de um projeto luminotécnico.

Social: artesanato e transformação de vidas

 

Importante vetor de ESG no Iguatemi Bosque, a valorização da cultura cearense por meio do artesanato é um dos papéis da Loja do Bem (localizada no Piso L1, próximo à Casa Bauducco), iniciativa de impacto social que tem como objetivos dar mais visibilidade a 800 artesãos cearenses, valorizar produtos locais e incentivar seu consumo, além de gerar renda para famílias de 50 municípios do Ceará.

Nilo Sergio, presidente do Conselho de Administração do Grupo JCC, explica o impacto da loja. “Através das criações e produtos feitos para a Loja do Bem, os artesãos conseguem obter 100% da renda das vendas para si, ajudando milhares de famílias e possibilitando a cada uma tirar o sustento do próprio trabalho”, afirma.

Criada em 2015, a Loja do Bem é na verdade um instituto sem fins lucrativos preocupado em valorizar a cultura local. “A preservação da nossa cultura é encontrada desde a arquitetura do projeto, com itens naturais e reaproveitados, até os próprios produtos desenvolvidos pelos artesãos, que levam materiais como o barro, a renda e entre outros”, explica o Nilo Sergio.

O projeto conta ainda com o apoio da Exposição Render-CE, evento realizado em parceria com as rendeiras de Aquiraz e com a Universidade de Fortaleza (Unifor) com o objetivo de capacitar, qualificar, fomentar e dar maior visibilidade ao trabalho realizado pelos artesãos. A parceria também agrega alunos do curso de Moda da Unifor e disponibiliza maquinário para a criação de peças.

Em fevereiro deste ano, a loja ganhou um novo espaço, mais amplo, para dar ainda mais destaque aos artesãos. O novo projeto decorativo utiliza peças dos próprios expositores para apresentar aos clientes diversas formas de utilizar o artesanato. A loja conta ainda com um trabalho de divulgação nas redes sociais do shopping e um perfil próprio no Instagram (@lojadobemoficial) com a finalidade de aumentar as vendas.

“Para nós, é fundamental não só manter, mas sempre incentivar projetos como o da Loja do Bem. Ao longo dos anos, conseguimos ajudar muitas famílias e mostrar ao nosso público a importância de consumir e valorizar esses produtores locais, fazendo a diferença na vida das pessoas”, explica Nilo Sergio.


Governança corporativa: o papel dos comitês de assessoramento

Na área de governança, o Iguatemi possui uma série de comitês criados com o objetivo de avaliar e amparar o empreendimento nas mais diversas áreas. Essas práticas, presentes na cultura de gestão do shopping há mais de uma década, possuem papel decisivo na tomada de decisão, a fim de garantir a sustentabilidade do negócio em todas as suas dimensões.

Entre os chamados comitês de assessoramento do Iguatemi, destacam-se o Comitê de Finanças, o Comitê de Incorporações, o Comitê Comercial, o Comitê de LGPD (em alusão à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais), o Comitê de Pessoas, o Comitê de Ética e o Comitê ESG.

“Entendemos que a existência desses comitês ajuda a empresa a mapear e identificar os riscos, além de definir o direcionamento estratégico da companhia sobre resultados e desempenho relacionados a cada frente”, explica Karine Medeiros, diretora financeira do Grupo JCC.

Aparentemente burocrático e de interesse estritamente interno, engana-se quem pensa que os comitês não impactam a população e o meio ambiente. São justamente eles que sustentam muitas das práticas de ESG benéficas a todos.

“Apesar de parecerem internos, os comitês têm o potencial de impactar significativamente a vida dos cidadãos/consumidores ao influenciar a experiência do cliente, garantir segurança e conforto, promover práticas sustentáveis, fortalecer laços comunitários e contribuir para o desenvolvimento econômico local”, afirma a diretora financeira.

Além dos comitês, outras práticas de governança, como transparência e responsabilidade corporativa, são formas que o Iguatemi Bosque promove a sustentabilidade e o desenvolvimento socioambiental em suas operações.

“Contamos também com auditoria externa sobre os resultados financeiros que atesta de forma imparcial os registros contábeis, transações financeiras e projeções financeiras. A marca conta ainda com a existência do Canal de Ética e do Código de Ética e Conduta, criados para solidificar as propostas e condutas éticas da empresa”, lembra Karine Medeiros.