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Imunização na pandemia: 7 dúvidas sobre vacinação

Vacinação é importante para diminuir formas graves da doença, mas o uso de máscara e o distanciamento social continuam necessários para conter o coronavírus

Mais de um ano após o primeiro registro de caso confirmado de Covid-19 no País, voltamos ao lockdown. O coronavírus sofre cada vez mais mutações, e inúmeras dúvidas relacionadas às vacinas aplicadas surgem. “Esta doença é nova, mas o que é importante é seguir as instruções de quem estuda”, explica a médica infectologista Silvia Nunes Szente Fonseca, diretora corporativa de infectologia do Sistema Hapvida.

Há muito a se descobrir ainda sobre a doença, mas é consenso entre os especialistas: as vacinas aprovadas e disponibilizadas pelo SUS são seguras. O mais importante é que elas atenuam as formas graves da Covid-19 que podem levar à internação e, no pior dos casos, à morte. “Apesar do pouco tempo em que estão em uso, houve uma grande força-tarefa para que rapidamente se isolasse esse vírus para saber como ele funciona no corpo. Todo o conhecimento que já existe de outras vacinas foi usado para a confecção de vacinas seguras e que certamente ajudarão a humanidade a sair deste lockdown”, aponta Silvia. Confira algumas dúvidas sobre a imunização:

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1. POR QUE DEVO ME VACINAR?

As vacinas são o melhor jeito de controlar doenças infecciosas. Doenças como paralisia infantil ou difteria foram erradicadas por causa das vacinas, e, apesar do pouco tempo, as vacinas para Covid-19 são confiáveis. Neste momento de sobrecarga do sistema de saúde, a vacinação em massa é imprescindível. A doutora Silvia Fonseca explica: “Nunca antes a humanidade enfrentou uma situação tão difícil como uma infecção transmitida por gotículas, que passa muito fácil e que para algumas pessoas leva à hospitalização, à UTI, à morte. Ou ainda deixa algumas sequelas. As vacinas são uma saída segura para uma situação tão complexa”.

2. O QUE É PRECISO PARA TOMAR A VACINA?

Qualquer pessoa poderá tomar a vacina quando houver estoque. As contraindicações são muito pequenas, como no caso do paciente estar se recuperando de uma infecção grave. “Quando a gente diz que a pessoa gripada não pode tomar, a gente precisa distinguir um pouco: a pessoa com nariz entupido, com dor de garganta leve, não deve perder a oportunidade de se vacinar. A contraindicação não se refere a fazer mal, uma pessoa que está se recuperando de tratamento de câncer, de infecção grave, pode não desenvolver todas as respostas do imunizante”, frisa Silvia.

3. QUEM DEVE SER VACINADO?

A vacinação é realizada em grupos, sendo que no Ceará ainda estamos na primeira fase, que inclui os trabalhadores da saúde e os idosos a partir de 75 anos. Essas pessoas são grupo prioritário porque estão mais sujeitas a pegar a doença ou a apresentar complicações graves.

4. QUANTO TEMPO LEVA PARA A PESSOA FICAR IMUNE?

As vacinas disponíveis no Ceará, Coronavac e AstraZeneca, precisam de duas doses para fazer efeito. As pessoas ficam protegidas das formas graves da doença, provavelmente, cerca de três semanas após a segunda dose.

5. O QUE A VACINA PODE CAUSAR?

Vermelhidão, inchaço ou dor ao redor do local da injeção, bem como febre, fadiga e dor de cabeça nos três primeiros dias após a vacinação são sintomas normais. Ocorrem porque as vacinas estimulam o sistema imunológico das pessoas, mas não há risco de efeitos colaterais graves.

6. POR QUE OS CUIDADOS CONTINUAM

O estoque das vacinas ainda não é suficiente nem para os grupos prioritários. Além disso, temos novas variantes, muito mais transmissíveis. “A vacina protege contra formas graves, mesmo vacinada a pessoa pode adquirir coronavírus e transmitir para outros, que poderão ter a forma mais grave. A gente precisa proteger uns aos outros, não dá para ter um comportamento egoísta em detrimento de todas as outras pessoas que vivem em sociedade com a gente”, reforça a doutora Silvia.

7. COMO CONTROLAR A DOENÇA?

É importante continuarmos usando máscaras e praticando o distanciamento social para evitar o contágio nesta segunda onda da pandemia. “Para combater a Covid-19, nós precisamos de máscara, álcool em gel e, é claro, das vacinas. Até que todo mundo esteja imunizado, a máscara ainda vai ser muito importante. Não deixem de usar a máscara!”, completa a médica.

ESPERANÇA

“Ser vacinada foi um momento de muita emoção e alívio.” Assim descreve a psicóloga Beatriz Moraes, 26, que trabalha em um hospital e, diariamente, presencia os impactos físicos e psíquicos da Covid-19. Sem nenhuma reação adversa após a segunda dose, ela concorda que a vacinação em massa é essencial para um futuro retorno à normalidade: “Sabemos das dificuldades que envolvem uma campanha assim em um país de grandes dimensões territoriais e com acentuada desigualdade, demanda tempo e muitos esforços.

Por isso, devemos ter em mente que os resultados vão aparecer a longo prazo, mas é a única saída possível. Estamos presenciando um momento ímpar para a ciência, conseguimos, em um curto espaço de tempo, desenvolver antídotos eficazes. O momento agora é de combater a desinformação e defender a vacinação, temos que acreditar que é possível viver sem medo”.

Da mesma forma acredita o professor e arquiteto Bruno Braga, que comemorou a vacinação do pai hipertenso, de 85 anos, e da mãe, de 79 anos, que faz hemodiálise. Nenhum dos vacinados apresentou sintomas. “A vacinação é a única saída para melhorarmos a situação e vermos alguma luz no fim do túnel”, diz ele.

MEDO DE AGULHAS

Algumas pessoas que sofrem com medo de agulhas podem ficar apreensivas diante da vacinação. É importante entender que, caso essa pessoa seja acometida pela doença, pode precisar passar por procedimentos muito mais invasivos, por isso a importância de se vacinar. Caso o medo configure fobia, o paciente deve procurar ajuda profissional especializada.

Cadastro

Pessoas das quatro primeiras fases da vacinação já podem se cadastrar na plataforma Saúde Digital: vacinacaocovid.saude.ce.gov.br

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