Prazos, garantias e taxas de juros são atrativos para obtenção de crédito pelo FNE do Banco do Nordeste

Taxas de juros e prazo de pagamento são quesitos importantes para a escolha de um financiamento. A partir do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), as taxas são, em média, 36% mais baixas que as praticadas no mercado a longo prazo

07:00 | Jul. 18, 2018

Mulher segura papel em frente a computador. Na tela e no papel, é possível ver gráficos. (foto: )

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Na hora de escolher um financiamento para investir, são muitas as variáveis a serem levadas em consideração. Taxas de juros, prazo de pagamento e garantias exigidas pelo banco estão entre os principais quesitos a serem avaliados. "Taxas e prazo são essenciais porque a taxa de juros baixa pressiona menos o fluxo de caixa do cliente, e o prazo longo diminui as prestações e possibilita que o cliente pague em prestações mais módicas", explica o superintendente de Negócios de Varejo e Agronegócio do Banco do Nordeste (BNB), Luiz Sérgio Farias Machado.

Segundo ele, atualmente, os programas de crédito oferecidos pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), operado em exclusividade pelo BNB, são os que melhor reúnem esses quesitos. "Eu diria que é o melhor financiamento do Nordeste. É a fonte de financiamento que tem a menor taxa de juros e os melhores prazos", garante. Conforme o administrador, para investimentos de longo prazo, as taxas do FNE são, em média, 36% mais baixas do que as praticadas no mercado nacional.

O que garante essa diferença é a nova metodologia aplicada para calcular as taxas dos fundos constitucionais, que utiliza entre seus indicadores o Coeficiente de Desequilíbrio Regional (CDR). O fator faz a relação entre a renda per capita média do Nordeste e a do Brasil. O CDR é calculado anualmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Tipos de taxas do FNE

Desde o início de julho, o FNE está trabalhando com novas taxas de juros em operações de crédito rural. A medida aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) reduziu os juros e possibilitou que o produtor rural escolha, no ato do pedido de financiamento, entre taxas pré ou pós-fixadas. Já no meio urbano, só há a opção de taxas pós-fixadas. "Na pré, a vantagem é que o cliente já sabe até o final do contrato qual é a taxa que ele vai pagar. E a pós-fixada varia em função da inflação. É uma decisão de caráter pessoal e também tem relação com o tipo de investimento e prazo da operação", ressalta Luiz Sérgio Machado.

Com as mudanças, as operações realizadas com recursos do FNE Rural já podem ser contratadas com taxas de juros pré-fixadas, que passam a variar de 4,96% ao ano a 5,91% ao ano (considerando bônus de adimplência), segundo o porte e finalidade do crédito.

Já as taxas de juros pós-fixados para o segmento rural deverão ser disponibilizadas pelo BNB em até 90 dias aos clientes, de acordo com o definido pelo CMN. Conforme o superintendente do BNB, a taxa pós-fixada do FNE Rural está 36% mais barata do que as aplicadas no mercado, também pela utilização do Coeficiente de Desigualdade Regional na metodologia de cálculo. Ele garante ainda que a pré-fixada também é menor que os demais créditos disponíveis.

"No caso das operações rurais, que normalmente utilizam a taxa pré-fixada, ela é entre 1,5% e 2% menor que qualquer outra fonte que atende financiamento rural", pontua.

Menos garantias e prazos mais longos

Dos itens a serem avaliados na contratação de um financiamento, o prazo de pagamento também é essencial. No FNE, algumas operações de investimentos fixos (urbano ou rural) oferecem até 12 anos de prazo ou até quatro anos de carência (quando o investidor passa quatro anos pagando apenas os juros e só depois começa a pagar o montante principal). Já os investimentos semifixos podem chegar aos três anos de carência ou até oito anos para pagar.

Há também casos específicos, em que os prazos podem ser ainda mais longos. "Operações rurais, como a construção de armazéns para guardar a produção, por exemplo, podem chegar até 15 anos. O prazo da operação vai depender do projeto que o produtor apresentar e de sua capacidade de pagamento", exemplifica Luiz Sérgio Machado.

Sobre as exigências de garantia, ele aponta como uma das vantagens do FNE a oferta de financiamentos de até R$ 50 mil para micro e pequenas empresas, coma exigência apenas de um avalista. "Basta um avalista que tenha comprovante de renda e patrimônio suficientes."

Outro destaque nesse quesito está no programa FNE Sol, que pode financiar até 100% dos projetos de energia de fontes renováveis. No caso dos projetos de energia solar para pequenas e microempresas, se o banco financiar 70% do projeto, a garantia da operação passa a ser o próprio módulo fotovoltaico, não exigindo outros tipos de garantias.