Macaúba do Bandolim celebra 80 anos com o melhor do choro cearense na Mostra Sesc Cariri de Culturas
A apresentação também celebrou o aniversário de 80 anos do artista. Recentemente, Mestre Macaúba foi diplomado como Tesouro Vivo da Cultura
15:47 | Ago. 26, 2024
O Mestre da Cultura José Felipe da Silva, mais conhecido como Macaúba do Bandolim, trouxe para o palco da Mostra Sesc Cariri de Culturas, na Praça Siqueira Campos, no Crato, neste domingo, 25, o show “Macaúba: Meu Bandolim”, em comemoração aos 20 anos do lançamento do álbum homônimo, que representou um marco na fonografia do Choro cearense.
A apresentação instrumental incluiu clássicos do Choro e composições próprias. Ele dividiu o palco com os filhos Marinaldo e Ronaldo, bandolim e cavaquinho, respectivamente; Diego, no pandeiro; e Lucas, no violoncelo de corda. Mostrando sintonia entre os instrumentos, o quinteto arrancou aplausos do público presente na Siqueira Campos.
“É uma experiência maravilhosa, tanto que não consigo ficar só ouvindo, só admirando, mas vem uma vontade de dançar essa música, porque essa música me atravessa, essa música me contagia de uma maneira que eu não tenho como ficar só observando, contemplando, mas dançando também, deixando que essa música aconteça em mim”, disse o ator Cláudio Ivo, que veio de Fortaleza.
A apresentação também celebrou o aniversário de 80 anos do artista, 60 deles dedicados ao chorinho cearense. Macaúba é um dos mais antigos bandolinistas do estado em plena atividade. Após o show, ele falou sobre carreira, cena musical do choro e sua experiência em retornar à Mostra Sesc Cariri de Culturas.
“Foi um prazer muito grande ter sido convidado e encerrar essa Mostra. O Choro é uma música muito restrita. A melhor música do mundo, mas ela é restrita. […] Eu toco há 60 anos, na noite, tocava todo dia. Hoje, eu faço mais shows, viagens”, afirma.
Recentemente, Mestre Macaúba foi diplomado como Tesouro Vivo da Cultura, título concedido pela Secretaria de Cultura do Ceará (Secult). Ele conta que essa titulação tem impulsionado seu trabalho, levando o choro cearense para novos palcos. “Hoje, eu faço mais shows, viagens. Graças a Deus peguei o nome de Mestre da Cultura e viajo mais”, completa.