Cibersegurança: saiba quais os perigos da internet e como proteger informações
O despreparo de parte da sociedade para acompanhar a rápida transformação digital aumenta o crescimento de crimes cibernéticos. Veja dicas de prevenção
06:00 | Mai. 06, 2022
Um dos efeitos permanentes da pandemia é a transformação digital. As empresas foram obrigadas a recorrer à tecnologia para sobreviver a esse período delicado, e a sociedade foi migrando cada vez mais para o mundo virtual. Mas não foi só a praticidade que veio com essas ferramentas. Além dos benefícios, a internet esconde perigos que usuários descuidados facilmente podem trazer à tona, tornando o conceito de cibersegurança fundamental nos dias de hoje.
A cibersegurança consiste na proteção de sistemas de computador contra atividades com roubo de informações e danos a plataformas. “Quando a gente fala da digitalização, precisamos ter em mente que a pandemia acelerou esse processo e, consequentemente, trouxe vulnerabilidade para negócios e pessoas que não estavam preparados”, alerta Larissa Rocha, advogada especialista em proteção de dados.
A ampliação da internet também abre portas para crimes cibernéticos - que têm acompanhado a evolução da tecnologia. Sem o uso adequado da ferramenta, o usuário corre o risco de ser hackeado, ter direitos violados, sofrer sequestros digitais de informações ou até perder seus negócios.
Além da rápida transformação digital, um fator que facilita o aumento de atividades prejudiciais na internet é o fato dos usuários não conseguirem ver concretamente com quem estão se relacionando. Nesse sentido, cria-se o mito de que existe uma espécie de anonimato no mundo virtual, formando a ilusão de um local sem qualquer controle ou consequências.
É nisso que acredita o advogado e doutor em Direito Constitucional Rafael Mota. “A gente tem uma tendência de imaginar esse ambiente dominado por máquinas, mas por trás das máquinas existem pessoas. É preciso ter o mesmo cuidado que conexões feitas no mundo real. Quanto mais eu interajo com esse ambiente, mais eu vou ter a necessidade de me proteger”, aponta.
Presença digital infantojuvenil
A questão se torna ainda mais delicada quando se fala do acesso de crianças e adolescentes às plataformas virtuais sem o devido acompanhamento. Com a imersão desse grupo cada vez mais cedo na internet, o cuidado deve ser redobrado. Por isso, Rafael defende a adoção de uma educação cibernética desde as primeiras etapas estudantis. “Eles precisam ter ideia do que aquilo significa e o que gera”, indica.
Informação para se proteger
Para a proteção individual, Larissa recomenda que o cidadão tenha conhecimentos sobre a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e o Marco Civil da Internet, que regulam esse âmbito. Ela destaca ainda que a proteção de dados virou direito fundamental este ano, com o estabelecimento da LGPD, e é garantida a todo cidadão brasileiro pela Constituição Federal.
As empresas devem também adotar medidas de segurança para proteger informações, tanto internas quanto dos clientes, adequando-se aos códigos de conduta política de acesso à informação e à legislação.
4 dicas de cibersegurança para colocar em prática
- Não exponha dados pessoais sensíveis na internet
- Evite usar a mesma senha para todos os acessos, sobretudo em plataformas ou apps mais delicados, como ferramentas digitais de bancos
- Evite senhas simples e que possam ser facilmente identificadas. Procure adotar caracteres especiais
- Sempre verifique se empresas e sites de compras possuem políticas de privacidade antes de realizar registros e pedidos
SERVIÇO
Fábrica de Programadores
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