De Aracati para o mundo: Como a palha de carnaúba empodera mulheres e revoluciona comunidades
Projeto Carnaúba e Desenvolvimento Sustentável promove capacitação e fortalece rede de mulheres artesãsA carnaúba é uma fonte de renda importante para o Nordeste brasileiro. Mas não é só pela cera, seu principal produto, que a carnaúba pode promover desenvolvimento local e transformar vidas Nas comunidades de Jirau e Cabreiro, histórias como as de Maria Helena, conhecida como Dona Boba, e Maria de Fátima de Oliveira Silva, a Fatinha, demonstram como o trabalho artesanal com palha de carnaúba é mais do que uma tradição: é uma ferramenta de empoderamento, sustento e mudança social.
Dona Boba celebra as conquistas alcançadas com o fortalecimento da Associação dos Moradores do Serrote e Adjacências. Com a visibilidade e as vendas crescentes dos produtos de palha de carnaúba, ela conseguiu reformar sua casa, construir um quartinho com banheiro e ampliar seu lar. “A troca de saberes e o crescimento das vendas me permitiram realizar meu maior sonho. Agora, meu próximo objetivo é comprar um carro para levar minha arte pelo Brasil”, conta, emocionada.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Já Fatinha se tornou uma referência ao ser reconhecida como multiplicadora das técnicas de artesanato em carnaúba. Hoje, ela ministra oficinas em outras comunidades, inspirando outras mulheres a acreditarem em seu potencial. “O processo me ajudou a descobrir uma nova habilidade e, com isso, uma nova fonte de renda. Foi mais do que aprender e ensinar técnicas de artesanato; foi transformar minha vida”, afirma.
Entre dezembro de 2023 e junho de 2024, o projeto Carnaúba e Desenvolvimento Sustentável, em parceria com a marca Catarina Mina, impactou diretamente a vida de cerca de 40 mulheres artesãs de Jirau e Cabreiro. A iniciativa promoveu capacitação em design, criação de novos produtos e a implementação de Q-Codes nos artesanatos, conectando as peças ao site da Catarina Mina. Essa tecnologia ampliou as possibilidades de divulgação e comercialização, tanto no Brasil quanto no exterior.
“Nosso trabalho é focado na geração de renda a partir do artesanato, valorizando o talento e o esforço das mulheres dessas comunidades. Mostramos que tradição e inovação podem caminhar juntas, abrindo portas para as artesãs em mercados competitivos”, destaca Celina Hissa, idealizadora da Catarina Mina.
Com apoio do Projeto e da marca Catarina Mina, os produtos com palha de carnaúba podem competir em mercados exigentes, chegando até as passarelas do São Paulo Fashion Week, o maior evento de moda da América Latina. Mais do que produzir artesanatos, as mulheres de Jirau e Cabreiro estão escrevendo histórias de empoderamento, resistência e esperança, reforçando o papel do artesanato como ferramenta de transformação cultural e social.
“Para nós, chegar ao final do projeto e enxergar o impacto direto na vida das mulheres é muito gratificante. Nossa abordagem prevê formações, assessoria e diálogos que empoderam e melhoram as condições de vida de quem trabalha diretamente com a carnaúba. No caso do artesanato, é ainda mais relevante ver esse processo ocorrendo com mulheres e com jovens. Isso reforça nosso compromisso em construir uma cadeia de valor mais justa e inclusiva para a carnaúba”, refoça Bruno Filizola, assessor técnico na GIZ Brasil.
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