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Educacão empreendedora para crianças

Como o empreendedorismo pode trazer foco, criatividade e ajudar no desenvolvimento de habilidades na infância

Pensar em dinheiro é tarefa dos adultos. Tabu para muitos, lidar com o lado financeiro só passa a permear nosso imaginário quando adentramos o mundo do trabalho. Pensar em criar a própria profissão parece não fazer parte da mentalidade de boa parte dos brasileiros, ou pelo menos, não se ensina na escola. Pergunte a uma criança o que ela quer ser quando crescer. Muito provavelmente ela vá citar uma série de profissões que estão estampadas nos outdoors que exibem os números dos aprovados no último vestibular. Mentalidade empreendedora, na maioria dos casos, se desenvolve em meio a necessidade, e passa longe do universo infantil.

Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de Minessota, características inatas como paixão, visão, tolerância ao risco, persistência e liderança natural só determinam o sucesso de um empreendedor, 30% do tempo. O restante depende de habilidades comportamentais e emocionais como boa comunicação, empatia, foco, flexibilidade, colaboração e comprometimento, que só podem ser desenvolvidas a partir das experiências individuais. Capacidades estas que podem ser treinadas desde a infância, assim como também a criatividade, o pensamento crítico e a resolução de problemas complexos.

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Janaína Oleinik fundadora da Tinns, Startup que atua no ensino do empreendedorismo para crianças
Janaína Oleinik fundadora da Tinns, Startup que atua no ensino do empreendedorismo para crianças (Foto: Arquivo Pessoal)

Hoje, diversos países já investem na educação empreendedora na infância, no Reino Unido, por exemplo, aproximadamente metade das crianças estão iniciando pequenos negócios para fazer seu próprio dinheiro, mesmo recebendo mesadas e presentes dos pais. Uma pesquisa liderada pela investidora britânica Sarah Willingham, aponta que 32% das crianças locais querem ser donas do próprio negócio quando crescerem. No Brasil, algumas iniciativas já vem sendo implantadas em grupos de educação básica e universitária como a “pedagogia empreendedora”, do pesquisador Fernando Dolabela. O Sebrae, também conta com um programa de desenvolvimento dessas habilidades voltadas para crianças e adolescentes entre 6 e 16 anos de idade. Para Janaína Oleinik, empreendedora da área de educação assistida por novas tecnologias, trazer o empreendedorismo para o universo infantil é uma forma de trabalhar as habilidades pessoais, realizando um “treinamento” focado em solução, no pensamento crítico, criativo, comunicativo e até uma forma de trabalhar o otimismo da perspectiva da resolução de problemas.

Mas é possível ensinar inovação? Fazer com que crianças e jovens aprendam a ser inovadores? Tony Wagner, pesquisador Senior no Learning Policy Institute, em suas pesquisas e entrevistas a jovens inovadores, conclui que programas que empoderam os alunos e que inclui um elemento inusual e divertido, despertam o interesse dos jovens para criar. O desafio então está em como despertar esse interesse: “o elemento divertido é fundamental. Tem que ter um quê de brincadeira ou jogo. É o desafio e a leveza ao mesmo tempo”, pondera Janaína, que explica ainda que as atividades extra-curriculares proporcionam momentos que permitem relacionar diferentes conteúdos aprendidos em sala de aula, além de promover o desenvolvimento socioemocional.

Quando pequenas, as crianças podem e devem experimentar várias atividades. Segundo Janaína, nessa fase, há uma superprodução de neurônios e de suas conexões, então quanto mais experiências, melhor. Ela explica que, “já na fase da adolescência, acontece a poda neuronal, e a criança pode começar a focar em algumas atividades. Como é uma fase muito importante de mudança na estrutura e funcionamento do cérebro, vale a pena então incluir atividades que permitam exercitar a criatividade, inovação e o engajamento social”.

Quando a criança é mais nova, tem entre 7 e 8 anos, a ideia é ir pelo lado mais lúdico, da imaginação. Janaína explica que no seu curso de educação empreendedora para crianças e jovens, utiliza os próprios interesses deles para introduzí-los no assunto: futebol, desenho, cozinha, pintura, o objetivo é utilizar ferramentas diversas para tornar o ensino divertido e eficiente. “Já com o adolescente, a ideia é relacionar o ensino mais ao dia a dia deles, por que eles são consumidores, também falam de marcas, produtos, então eles começam a se questionar o que são esses produtos, como aquela marca foi criada e eles começam a acreditar que podem criar a própria marca deles”, exemplifica.

Quer saber mais sobre educação empreendera para crianças? Acesse o podcast Empreender aqui e descubra mais sobre o assunto.

 

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