Participamos do
Imagem destaque

Medicina reprodutiva: uma porta para o sonho de ter filhos

Fertilização in vitro, indução de ovulação e inseminação intrauterina são possibilidades para quem não consegue engravidar naturalmente. Para mulheres que querem adiar a gravidez, o congelamento de óvulos é uma ótima indicação
07:00 | Mai. 21, 2018
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia
[FOTO1]
Procedimentos da medicina reprodutiva são cada vez mais oportunidades para que as pessoas que não conseguem engravidar naturalmente realizem o sonho de ter filhos. O número de ciclos de fertilização in vitro (FIV) realizados no País, por exemplo, teve um crescimento de 168,4% no período de 2011 a 2017, segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em 2018, o primeiro “bebê de proveta”, a inglesa Louise Brown, completa 40 anos.
 

Nos últimos anos, a área teve evolução “avassaladora”, de acordo com o médico Fábio Eugênio, especialista em reprodução humana e sócio da Bios – Centro de Medicina Reprodutiva. “Quarenta anos, em medicina, é muito pouco tempo. Porém, nesses 40 anos, houve um avanço muito grande na medicina reprodutiva. Hoje, conseguimos tratar a grande maioria dos problemas de infertilidade fazendo tratamento de fertilização in vitro”, aponta.

 
Possibilidades de tratamento
O médico cita três procedimentos existentes na medicina reprodutiva. O tratamento inicial é a indução de ovulação, usado para casos em que a mulher tem um distúrbio ovulatório. O tratamento “intermediário” seria a inseminação intrauterina, ao qual normalmente recorre-se em casos de endometriose leve ou alteração leve no sêmen. “Nesse caso é feito o preparo do sêmen e [este] é colocado no útero da mulher”, explica.

 
A outra alternativa é a fertilização in vitro, método que consiste no estímulo ao ovário e coleta dos óvulos da mulher para fertilização em laboratório com o sêmen do futuro pai. Com a formação do embrião, ele é implantado diretamente no útero da mulher. As chances de sucesso do procedimento podem chegar a 60%, 70% por tentativa, podendo variar de caso para caso. No Estado, a primeira criança concebida in vitro nasceu em 1999, em procedimento da Bios, que realiza uma média de 700 FIVs por ano.

 

Novos pais
Casados há 18 anos, a costureira Aldeniza Moreira, 36, e o eletricista Francisco Gediano Freitas Rocha, 42, tentaram, por anos, ter um filho. Sem sucesso, buscaram ajuda em maio de 2017 e, em fevereiro de 2018, deram início ao tratamento para fertilização in vitro com o médico Fábio Eugênio. Atualmente no terceiro mês de gestação, Aldeniza diz que, antes do tratamento, já considerava a gravidez um sonho “quase impossível”. "Estou me sentindo muito enjoada, mas também muito satisfeita. A pessoa mais feliz do mundo aqui sou eu. E ele [o marido] também, do mesmo jeito", conta.

 
Os avanços relacionados à FIV, conforme destaca o médico, são relacionados ao trabalho laboratorial do embrião para se ter maior chance de gravidez. Além disso, é possível estudá-lo para mapear doenças cromossômicas — como a síndrome de Down e a síndrome de Edwards — e gênicas — como hemofilia, fibrose cística. “Hoje em dia, a análise genética do embrião evoluiu muito, e vai avançar mais ainda nos próximos anos, possibilitando que a gente diminua muito o risco de que o casal tenha o bebê com alguma doença genética.”

 

Dificuldades para engravidar
De acordo com Fábio Eugênio, os distúrbios ovulatórios, as doenças das trompas de falópio e a endometriose são as principais causas para a infertilidade na mulher. Já nos homens, o médico cita as alterações na produção de espermatozóides, que podem ser causadas pela varicocele, uma dilatação anormal das veias dos testículos. “Há também a subfertilidade idiopática, aquele casal em que os exames estão todos normais. Essas situações em medicina reprodutiva correspondem a cerca de 15% dos casos”, acrescenta.


 
O médico ainda cita o adiamento da maternidade por parte das mulheres. “Elas estão deixando para engravidar em uma idade mais avançada, depois dos 30, depois dos 35 anos. Esse processo faz com que aumente o número de mulheres com dificuldade para engravidar”, afirma. Nesses casos, o indicado, segundo o médico, é o congelamento dos óvulos. “Podemos fazer uma estimulação ovariana, captar um número de óvulos da mulher e congelar. Com isso, procuramos preservar a fertilidade dela naquela idade.”
 
Este foi o caminho escolhido pela odontóloga Blue Weyne, 40, quando procurou a clínica em maio de 2017. “Sempre tive vontade de ser mãe e com minha idade chegando aos 40 e sem ter encontrado um parceiro ideal para formar família, decidi por congelar meus óvulos para realizar esse sonho”, relata. Entre seus planos está o de ter o primeiro filho ainda em 2018. “E [o procedimento] ainda me dá chances de ter um segundo filho lá na frente”, complementa.


 
Atenção necessária
Manter uma rotina saudável, segundo Fábio Eugênio, também é importante para a saúde reprodutiva do casal. Por isso, tabagismo e bebidas alcoólicas devem ser evitados, e é recomendado praticar atividade física, manter peso adequado para a altura e ter alimentação adequada. “São hábitos importantes durante o processo de tentar engravidar, esteja tentando naturalmente ou fazendo um tratamento de medicina reprodutiva.”
 

Conteúdo de responsabilidade do anunciante
Imagem destaque
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente
Imagem destaque

Medicina reprodutiva: uma porta para o sonho de ter filhos

07:00 | Mai. 21, 2018 Tipo
[FOTO1]
Procedimentos da medicina reprodutiva são cada vez mais oportunidades para que as pessoas que não conseguem engravidar naturalmente realizem o sonho de ter filhos. O número de ciclos de fertilização in vitro (FIV) realizados no País, por exemplo, teve um crescimento de 168,4% no período de 2011 a 2017, segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em 2018, o primeiro “bebê de proveta”, a inglesa Louise Brown, completa 40 anos.
 

Nos últimos anos, a área teve evolução “avassaladora”, de acordo com o médico Fábio Eugênio, especialista em reprodução humana e sócio da Bios – Centro de Medicina Reprodutiva. “Quarenta anos, em medicina, é muito pouco tempo. Porém, nesses 40 anos, houve um avanço muito grande na medicina reprodutiva. Hoje, conseguimos tratar a grande maioria dos problemas de infertilidade fazendo tratamento de fertilização in vitro”, aponta.

 
Possibilidades de tratamento
O médico cita três procedimentos existentes na medicina reprodutiva. O tratamento inicial é a indução de ovulação, usado para casos em que a mulher tem um distúrbio ovulatório. O tratamento “intermediário” seria a inseminação intrauterina, ao qual normalmente recorre-se em casos de endometriose leve ou alteração leve no sêmen. “Nesse caso é feito o preparo do sêmen e [este] é colocado no útero da mulher”, explica.

 
A outra alternativa é a fertilização in vitro, método que consiste no estímulo ao ovário e coleta dos óvulos da mulher para fertilização em laboratório com o sêmen do futuro pai. Com a formação do embrião, ele é implantado diretamente no útero da mulher. As chances de sucesso do procedimento podem chegar a 60%, 70% por tentativa, podendo variar de caso para caso. No Estado, a primeira criança concebida in vitro nasceu em 1999, em procedimento da Bios, que realiza uma média de 700 FIVs por ano.

 

Novos pais
Casados há 18 anos, a costureira Aldeniza Moreira, 36, e o eletricista Francisco Gediano Freitas Rocha, 42, tentaram, por anos, ter um filho. Sem sucesso, buscaram ajuda em maio de 2017 e, em fevereiro de 2018, deram início ao tratamento para fertilização in vitro com o médico Fábio Eugênio. Atualmente no terceiro mês de gestação, Aldeniza diz que, antes do tratamento, já considerava a gravidez um sonho “quase impossível”. "Estou me sentindo muito enjoada, mas também muito satisfeita. A pessoa mais feliz do mundo aqui sou eu. E ele [o marido] também, do mesmo jeito", conta.

 
Os avanços relacionados à FIV, conforme destaca o médico, são relacionados ao trabalho laboratorial do embrião para se ter maior chance de gravidez. Além disso, é possível estudá-lo para mapear doenças cromossômicas — como a síndrome de Down e a síndrome de Edwards — e gênicas — como hemofilia, fibrose cística. “Hoje em dia, a análise genética do embrião evoluiu muito, e vai avançar mais ainda nos próximos anos, possibilitando que a gente diminua muito o risco de que o casal tenha o bebê com alguma doença genética.”

 

Dificuldades para engravidar
De acordo com Fábio Eugênio, os distúrbios ovulatórios, as doenças das trompas de falópio e a endometriose são as principais causas para a infertilidade na mulher. Já nos homens, o médico cita as alterações na produção de espermatozóides, que podem ser causadas pela varicocele, uma dilatação anormal das veias dos testículos. “Há também a subfertilidade idiopática, aquele casal em que os exames estão todos normais. Essas situações em medicina reprodutiva correspondem a cerca de 15% dos casos”, acrescenta.


 
O médico ainda cita o adiamento da maternidade por parte das mulheres. “Elas estão deixando para engravidar em uma idade mais avançada, depois dos 30, depois dos 35 anos. Esse processo faz com que aumente o número de mulheres com dificuldade para engravidar”, afirma. Nesses casos, o indicado, segundo o médico, é o congelamento dos óvulos. “Podemos fazer uma estimulação ovariana, captar um número de óvulos da mulher e congelar. Com isso, procuramos preservar a fertilidade dela naquela idade.”
 
Este foi o caminho escolhido pela odontóloga Blue Weyne, 40, quando procurou a clínica em maio de 2017. “Sempre tive vontade de ser mãe e com minha idade chegando aos 40 e sem ter encontrado um parceiro ideal para formar família, decidi por congelar meus óvulos para realizar esse sonho”, relata. Entre seus planos está o de ter o primeiro filho ainda em 2018. “E [o procedimento] ainda me dá chances de ter um segundo filho lá na frente”, complementa.


 
Atenção necessária
Manter uma rotina saudável, segundo Fábio Eugênio, também é importante para a saúde reprodutiva do casal. Por isso, tabagismo e bebidas alcoólicas devem ser evitados, e é recomendado praticar atividade física, manter peso adequado para a altura e ter alimentação adequada. “São hábitos importantes durante o processo de tentar engravidar, esteja tentando naturalmente ou fazendo um tratamento de medicina reprodutiva.”
 

Conteúdo de responsabilidade do anunciante
Imagem destaque
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente
Imagem destaque

Análise Genética Embrionária na Fertilização in Vitro permite verificar saúde do embrião

07:00 | Jun. 12, 2017 Tipo

[FOTO1]

Com os avanços da tecnologia na medicina, cada vez mais os métodos de reprodução assistida proporcionam meios de garantir a saúde do embrião e maiores chances de sucesso da gravidez. Um desses meios é a chamada Análise Genética Embrionária ou Screening Genético Pré-implantacional (PGS) na Fertilização in vitro (FIV), capaz de diagnosticar possíveis alterações genéticas no embrião. “As técnicas de reprodução assistida, particularmente a fertilização in vitro (FIV) vieram revolucionar esta capacidade diagnóstica da genética”, afirma o médico Fábio Eugênio, especialista em reprodução humana.

Em um procedimento de FIV, o embrião é formado em laboratório, a partir do óvulo maduro e do espermatozoide, e cultivado em laboratório por cerca de 3 a 5 dias, até ser implantado no útero para que se estabeleça a gravidez. É durante esse período em laboratório que é possível realizar, caso os pais desejem, o PGS, para diagnosticar a integridade genética do embrião antes de implantar no útero.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

"Pela biópsia de algumas células do embrião, antes da transferência ao útero, podemos analisar todos os 46 cromossomos das células embrionárias”, explica o médico, citando, entre as doenças cromossômicas que podem ser detectadas: Síndrome de Down (trissomia do cromossomo 21), Síndrome de Edwards (trissomia do 18), Síndrome de Patau (trissomia do 13) e Síndrome de Turner (monossomia do cromossomo X).

O procedimento

Para o diagnóstico, é necessário que se faça uma biopsia embrionária, por meio da extração de uma das células do embrião, na qual será realizado o estudo genético para as diferentes patologias. De acordo com Fábio Eugênio, se antes o procedimento podia oferecer riscos mínimos à integridade dos embriões, hoje a análise é feita de forma ainda mais segura.

"Antigamente, a biópsia era feita no dia 3 de desenvolvimento, quando os embriões possuem de seis a oito células, então havia risco, embora pequeno, de comprometer sua vitalidade. Atualmente, a técnica se refinou muito, e a biópsia é realizada no dia 5 ou 6, quando os embriões estão no estágio de blastocisto, possuindo de 50 a 100 células”, explica o especialista. Ele destaca que, dessa forma, a retirada de algumas poucas células não compromete a vitalidade embrionária, desde que realizada por profissional habilitado (embriologista) e com técnica precisa.

As demais avaliações para atestar a chamada qualidade embrionária (embriões com maior capacidade de implantação) já fazem parte do processo habitual da FIV. Os principais parâmetros analisados para determinar essa qualidade são: o número de células do embrião em cada dia de desenvolvimento, a velocidade de clivagem embrionária (divisão celular) e a presença ou não de fragmentos citoplasmáticos.

Indicações

A realização do exame é, geralmente, indicada para mulheres em idade mais avançada (acima de 40 anos), característica que aumenta a probabilidade do desenvolvimento de alguma alteração genética no embrião. “Para doenças cromossômicas, sem dúvida o fator de risco principal é a idade da mulher. Como a mulher nunca renova seus óvulos, estes têm a mesma idade da paciente. Então, erros de migração cromossômica durante a divisão e amadurecimento dos óvulos, e no momento da fertilização, respondem pela imensa maioria das doenças cromossômicas nos embriões”, detalha Fábio Eugênio.

Histórico familiar de doenças genéticas também é um indicativo para a realização de análises extras. Segundo o médico, em casos de doenças gênicas, apenas um pequeno fragmento do DNA (o gene) que codifica uma proteína no organismo está alterado. “As doenças gênicas não dependem de idade do casal e tendem a ser transmitidas hereditariamente, ao longo de gerações em uma mesma família. Neste caso, pode-se fazer a detecção deste gene alterado - técnica chamada PGD – e, assim, eliminar aquela transmissão de gene defeituoso na família, evitando o nascimento de descendentes com aquela doença”, destaca.

Outra forte indicação do PGS é em caso de abortos de repetição inexplicados. Como o exame possibilita a análise da saúde do embrião, aumenta a possibilidade reprodutiva da paciente. “Porém, mesmo se não há uma indicação específica, é um direito do casal realizar o PGS caso deseje”, afirma o especialista.

Conteúdo de responsabilidade do anunciante
Imagem destaque
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente
Imagem destaque

Análise Genética Embrionária na Fertilização in Vitro permite verificar saúde do embrião

07:00 | Jun. 12, 2017 Tipo

[FOTO1]

Com os avanços da tecnologia na medicina, cada vez mais os métodos de reprodução assistida proporcionam meios de garantir a saúde do embrião e maiores chances de sucesso da gravidez. Um desses meios é a chamada Análise Genética Embrionária ou Screening Genético Pré-implantacional (PGS) na Fertilização in vitro (FIV), capaz de diagnosticar possíveis alterações genéticas no embrião. “As técnicas de reprodução assistida, particularmente a fertilização in vitro (FIV) vieram revolucionar esta capacidade diagnóstica da genética”, afirma o médico Fábio Eugênio, especialista em reprodução humana.

Em um procedimento de FIV, o embrião é formado em laboratório, a partir do óvulo maduro e do espermatozoide, e cultivado em laboratório por cerca de 3 a 5 dias, até ser implantado no útero para que se estabeleça a gravidez. É durante esse período em laboratório que é possível realizar, caso os pais desejem, o PGS, para diagnosticar a integridade genética do embrião antes de implantar no útero.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

"Pela biópsia de algumas células do embrião, antes da transferência ao útero, podemos analisar todos os 46 cromossomos das células embrionárias”, explica o médico, citando, entre as doenças cromossômicas que podem ser detectadas: Síndrome de Down (trissomia do cromossomo 21), Síndrome de Edwards (trissomia do 18), Síndrome de Patau (trissomia do 13) e Síndrome de Turner (monossomia do cromossomo X).

O procedimento

Para o diagnóstico, é necessário que se faça uma biopsia embrionária, por meio da extração de uma das células do embrião, na qual será realizado o estudo genético para as diferentes patologias. De acordo com Fábio Eugênio, se antes o procedimento podia oferecer riscos mínimos à integridade dos embriões, hoje a análise é feita de forma ainda mais segura.

"Antigamente, a biópsia era feita no dia 3 de desenvolvimento, quando os embriões possuem de seis a oito células, então havia risco, embora pequeno, de comprometer sua vitalidade. Atualmente, a técnica se refinou muito, e a biópsia é realizada no dia 5 ou 6, quando os embriões estão no estágio de blastocisto, possuindo de 50 a 100 células”, explica o especialista. Ele destaca que, dessa forma, a retirada de algumas poucas células não compromete a vitalidade embrionária, desde que realizada por profissional habilitado (embriologista) e com técnica precisa.

As demais avaliações para atestar a chamada qualidade embrionária (embriões com maior capacidade de implantação) já fazem parte do processo habitual da FIV. Os principais parâmetros analisados para determinar essa qualidade são: o número de células do embrião em cada dia de desenvolvimento, a velocidade de clivagem embrionária (divisão celular) e a presença ou não de fragmentos citoplasmáticos.

Indicações

A realização do exame é, geralmente, indicada para mulheres em idade mais avançada (acima de 40 anos), característica que aumenta a probabilidade do desenvolvimento de alguma alteração genética no embrião. “Para doenças cromossômicas, sem dúvida o fator de risco principal é a idade da mulher. Como a mulher nunca renova seus óvulos, estes têm a mesma idade da paciente. Então, erros de migração cromossômica durante a divisão e amadurecimento dos óvulos, e no momento da fertilização, respondem pela imensa maioria das doenças cromossômicas nos embriões”, detalha Fábio Eugênio.

Histórico familiar de doenças genéticas também é um indicativo para a realização de análises extras. Segundo o médico, em casos de doenças gênicas, apenas um pequeno fragmento do DNA (o gene) que codifica uma proteína no organismo está alterado. “As doenças gênicas não dependem de idade do casal e tendem a ser transmitidas hereditariamente, ao longo de gerações em uma mesma família. Neste caso, pode-se fazer a detecção deste gene alterado - técnica chamada PGD – e, assim, eliminar aquela transmissão de gene defeituoso na família, evitando o nascimento de descendentes com aquela doença”, destaca.

Outra forte indicação do PGS é em caso de abortos de repetição inexplicados. Como o exame possibilita a análise da saúde do embrião, aumenta a possibilidade reprodutiva da paciente. “Porém, mesmo se não há uma indicação específica, é um direito do casal realizar o PGS caso deseje”, afirma o especialista.

Conteúdo de responsabilidade do anunciante
Imagem destaque
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente
Imagem destaque

Fertilização in vitro dá esperanças para quem não consegue engravidar

13:05 | Mai. 09, 2017 Tipo

[FOTO1]

A fertilização in vitro (FIV) é um método de reprodução assistida por meio do qual milhares de bebês nascem por ano. O primeiro “bebê de proveta”, como eram chamadas as crianças fecundadas por meio desta técnica, nasceu em 1978, na Inglaterra. De lá para cá, a procura pelo procedimento é cada vez maior. A alternativa é indicada para casais que, por diferentes motivos, têm dificuldade para engravidar naturalmente e oferece chances de sucesso de até 60% a 70% por tentativa, variando de caso para caso.  Problemas ou ligadura nas trompas de falópio e endometriose estão entre os obstáculos que algumas mulheres podem enfrentar para conceber uma criança. Já no homem, uma baixa contagem de espermatozoides ou uma vasectomia podem ser empecilhos.

A FIV consiste na retirada dos óvulos da mulher, seguida pela fertilização em laboratório com o sêmen do futuro pai. Depois de um período que pode variar de dois a cinco dias, os embriões resultantes do procedimento são implantados no útero da paciente. Segundo o médico Fábio Eugênio, especialista em reprodução humana, o procedimento é um tratamento eficaz para todos os casos de subfertilidade. "[A FIV] é geralmente usada em casais que não conseguiram engravidar após um ano de tentativas, e que não tiveram sucesso com tratamentos mais simples”, explica.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

O médico afirma que, atualmente, a fertilização in vitro é feita a partir da técnica de ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozóides), por meio da qual o sêmen é processado em laboratório e, com a ajuda de um microscópio, são escolhidos os melhores espermatozóides a serem injetados nos óvulos por uma agulha. No dia seguinte, é feita a análise do óvulo para avaliar a fecundação.

Chances de sucesso

O sucesso do procedimento varia de acordo com a idade da mulher e a qualidade dos embriões implantados. A FIV é o método de reprodução assistida que apresenta maiores chances de gravidez. “Sendo os embriões de boa qualidade, as chances de sucesso por tentativa podem chegar a 60% a 70%, em mulheres até 30 anos; 50% a 60%, por volta dos 35 anos; e cerca de 40 a 50%, para pacientes em torno dos 40 anos. Após os 40 anos, as chances de sucesso se reduzem”, destaca Eugênio.

A quantidade de embriões a serem implantados a cada tentativa de fertilização in vitro também depende da idade da futura mãe. O Conselho Federal de Medicina determina que em mulheres de até 35 anos apenas dois embriões podem ser transferidos; de 36 a 40 anos, o número máximo é de três embriões; e a partir dos 41 anos, até quatro embriões podem ser implantados.

Preparação

Antes do procedimento de FIV, o casal deve se submeter aos exames preparatórios. Para a mulher, são solicitados exames sanguíneos hormonais e de sorologias (doenças transmissíveis) e a avaliação de reserva ovariana por meio do ultrassom transvaginal. No homem, o espermograma (análise seminal) e os exames sanguíneos de sorologias (doenças transmissíveis) são os testes requisitados.

O médico explica que, para o casal que se prepara para uma gravidez, seja natural ou decorrente de um processo de reprodução assistida, é muito importante também adotar um estilo de vida saudável. “Principalmente evitar por completo o cigarro; reduzir ingestão de bebidas alcoólicas e cafeína; reduzir consumo de alimentos industrializados, processados e gorduras saturadas; aumentar ingestão de frutas, verduras, legumes, hortaliças, fibras e carnes magras; e praticar regularmente atividade física de leve a moderada intensidade”, recomenda.

Todo o processo da fertilização in vitro dura cerca de 15 dias, entre a estimulação ovariana — que objetiva o amadurecimento de vários óvulos ao mesmo tempo — a e a implantação embrionária. A partir da implantação, o casal deve aguardar pelo menos 12 dias para a realização do exame beta-HCG para confirmar a gravidez.

Quanto aos possíveis efeitos colaterais dos remédios para estimulação ovariana, Eugênio explica que “é comum que haja discreta sensação de inchaço e desconforto pélvico muito leve, mas que regride completamente após a aspiração dos óvulos. Esta estimulação dura cerca de dez dias, e os hormônios utilizados têm meia-vida curta, sendo logo são eliminados do corpo feminino.”

Conteúdo de responsabilidade do anunciante
Imagem destaque
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente
Imagem destaque

Fertilização in vitro dá esperanças para quem não consegue engravidar

13:05 | Mai. 09, 2017 Tipo

[FOTO1]

A fertilização in vitro (FIV) é um método de reprodução assistida por meio do qual milhares de bebês nascem por ano. O primeiro “bebê de proveta”, como eram chamadas as crianças fecundadas por meio desta técnica, nasceu em 1978, na Inglaterra. De lá para cá, a procura pelo procedimento é cada vez maior. A alternativa é indicada para casais que, por diferentes motivos, têm dificuldade para engravidar naturalmente e oferece chances de sucesso de até 60% a 70% por tentativa, variando de caso para caso.  Problemas ou ligadura nas trompas de falópio e endometriose estão entre os obstáculos que algumas mulheres podem enfrentar para conceber uma criança. Já no homem, uma baixa contagem de espermatozoides ou uma vasectomia podem ser empecilhos.

A FIV consiste na retirada dos óvulos da mulher, seguida pela fertilização em laboratório com o sêmen do futuro pai. Depois de um período que pode variar de dois a cinco dias, os embriões resultantes do procedimento são implantados no útero da paciente. Segundo o médico Fábio Eugênio, especialista em reprodução humana, o procedimento é um tratamento eficaz para todos os casos de subfertilidade. "[A FIV] é geralmente usada em casais que não conseguiram engravidar após um ano de tentativas, e que não tiveram sucesso com tratamentos mais simples”, explica.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

O médico afirma que, atualmente, a fertilização in vitro é feita a partir da técnica de ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozóides), por meio da qual o sêmen é processado em laboratório e, com a ajuda de um microscópio, são escolhidos os melhores espermatozóides a serem injetados nos óvulos por uma agulha. No dia seguinte, é feita a análise do óvulo para avaliar a fecundação.

Chances de sucesso

O sucesso do procedimento varia de acordo com a idade da mulher e a qualidade dos embriões implantados. A FIV é o método de reprodução assistida que apresenta maiores chances de gravidez. “Sendo os embriões de boa qualidade, as chances de sucesso por tentativa podem chegar a 60% a 70%, em mulheres até 30 anos; 50% a 60%, por volta dos 35 anos; e cerca de 40 a 50%, para pacientes em torno dos 40 anos. Após os 40 anos, as chances de sucesso se reduzem”, destaca Eugênio.

A quantidade de embriões a serem implantados a cada tentativa de fertilização in vitro também depende da idade da futura mãe. O Conselho Federal de Medicina determina que em mulheres de até 35 anos apenas dois embriões podem ser transferidos; de 36 a 40 anos, o número máximo é de três embriões; e a partir dos 41 anos, até quatro embriões podem ser implantados.

Preparação

Antes do procedimento de FIV, o casal deve se submeter aos exames preparatórios. Para a mulher, são solicitados exames sanguíneos hormonais e de sorologias (doenças transmissíveis) e a avaliação de reserva ovariana por meio do ultrassom transvaginal. No homem, o espermograma (análise seminal) e os exames sanguíneos de sorologias (doenças transmissíveis) são os testes requisitados.

O médico explica que, para o casal que se prepara para uma gravidez, seja natural ou decorrente de um processo de reprodução assistida, é muito importante também adotar um estilo de vida saudável. “Principalmente evitar por completo o cigarro; reduzir ingestão de bebidas alcoólicas e cafeína; reduzir consumo de alimentos industrializados, processados e gorduras saturadas; aumentar ingestão de frutas, verduras, legumes, hortaliças, fibras e carnes magras; e praticar regularmente atividade física de leve a moderada intensidade”, recomenda.

Todo o processo da fertilização in vitro dura cerca de 15 dias, entre a estimulação ovariana — que objetiva o amadurecimento de vários óvulos ao mesmo tempo — a e a implantação embrionária. A partir da implantação, o casal deve aguardar pelo menos 12 dias para a realização do exame beta-HCG para confirmar a gravidez.

Quanto aos possíveis efeitos colaterais dos remédios para estimulação ovariana, Eugênio explica que “é comum que haja discreta sensação de inchaço e desconforto pélvico muito leve, mas que regride completamente após a aspiração dos óvulos. Esta estimulação dura cerca de dez dias, e os hormônios utilizados têm meia-vida curta, sendo logo são eliminados do corpo feminino.”

Conteúdo de responsabilidade do anunciante
Imagem destaque
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente