[FOTO1] A adoção de práticas sustentáveis, a exemplo de programas de reutilização de embalagens, há tempos deixou de ser utopia para se transformar em prática por parte de algumas empresas. A Diageo, líder mundial na produção de bebidas alcoólicas premium, vem se destacando com o projeto de logística reversa Glass is Good (“Vidro é bom”, em tradução livre). Com início em junho de 2010, projeto já evitou o descarte de mais de 22 mil toneladas de vidro no meio ambiente – o volume equivale a 46 milhões de garrafas de um litro de Vodka Smirnoff, reunindo em prol do mesmo objetivo empresas concorrentes como Heineken, Pernod Ricard e Cia Müller, além da fabricante de vidros Owens Illinois. O Brasil recicla apenas 47% do vidro produzido, informa a Associação Brasileira de Distribuidores e Processadores de Vidros Planos (Abravidro). Na Suécia o percentual chega a 95%.
Modelo pioneiro de logística reversa de embalagens de vidro no Brasil, o Glass is Good recolhe embalagens de vidro em 175 estabelecimentos – entre bares, restaurantes e condomínios residenciais – e os envia para 25 cooperativas de reciclagem, gerando renda e melhores condições de trabalho para cerca de 600 cooperados. Por fim, o ciclo do vidro é fechado com o material triturado encaminhado para a fabricante de vidros, que reutiliza 100% como matéria-prima para produção de novas embalagens (um quilo de cacos de vidro gera um quilo de vidro novo). O programa acontece nas cidades de São Paulo, Santana de Parnaíba (SP), Campinas (SP), Ribeirão Preto (SP), Recife, Belo Horizonte, Fortaleza, Natal, Rio de Janeiro e Brasília. No Ceará são 24 estabelecimentos parceiros.
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“O programa estimula a cultura de reciclagem do vidro e é uma maneira eficaz de garantir que, após o uso, a embalagem não seja descartada no meio ambiente, mas retorne ao seu ciclo produtivo, poupando matérias-primas e energia elétrica, evitando danos ao meio ambiente e gerando renda”, afirma Maria Teresa Orlandi, gerente de Comunicação e Sustentabilidade da Diageo.
“Antes consumíamos e descartávamos, ‘jogava-se fora’, quando na verdade não existe fora. É necessário mudar esse modelo de produção linear para um circular, de modo a reintroduzirmos os recursos naturais em ciclos de reaproveitamento e reciclagem”, defende Mateus Mendonça, consultor ambiental da Giral, empresa parceira do projeto. “[essa evolução] Não é só fruto de pressão da sociedade, mas de elevação da consciência nos negócios.”
Pioneirismo em separar e recolher
Adriana Gois trabalha como assistente administrativa do Boteco Praia, tradicional ponto de encontro na beira-mar de Fortaleza, e conta como se dá a rotina de recolhimento de resíduos comandada pela Diageo. “O bar funciona à noite, então deixamos separadas [as embalagens de vidro] e eles passam e recolhem pela manhã cedo, deixando o manifesto de transporte de resíduos [documento informa quantidade e peso do material recolhido, e horário de chegada e saída do transporte].” Passando dia sim, dia não, o Glass is Good chega a recolher, apenas nesse estabelecimento, cerca de 200 quilos de vidros cada viagem. A Barraca Marulho, localizada na Praia do Futuro, é outro estabelecimento parceiro do projeto.
Naia Dávila, gerente do local, explica que o primeiro desafio na hora de implantar o projeto foi conscientizar a mão de obra. “Para funcionar, precisamos antes preparar os funcionários para não misturarem tudo. Então separam, em dias muito cheios, recolhem os cascos espalhados, esvaziam as lixeiras, separam o vidro dos outros tipos de lixo, colocando dentro do recipiente identificado.” O recolhimento acontece duas vezes por semana, acompanhando o movimento da barraca, explica a gerente.
Por sua importância e pioneirismo, o projeto foi agraciado com o prêmio Fiec – Desempenho ambiental, na categoria “Integração com a Sociedade” (2016). “Podemos dizer, com total confiança, que o projeto vencedor é merecedor desse destaque”, expõe o geógrafo e coordenador do Núcleo de Meio Ambiente [Numa] da Fiec, Renato Aragão. “O que necessitamos é ampliar a divulgação dessas ações, de forma que as pessoas passem a enxergar o setor produtivo como trabalhando em busca do desenvolvimento sustentável. Iniciativas assim ‘contaminam’ positivamente todo um setor.”
Responsabilidade ambiental
O Glass is Good faz parte de uma série de iniciativas de responsabilidade ambiental comandadas pela Diageo. Em relação ao aproveitamento de água, por exemplo, a operação brasileira foi, por quatro anos consecutivos, indicada como melhor performance ambiental da Diageo no mundo inteiro. “Muito em função da seca, desde a aquisição [da Ypióca] começamos a reutilizar o máximo possível da água da operação. Isso levou a planta de Messejana a consumir menos de um litro de água por litro engarrafado. Deixamos de utilizar água para a lavagem da cana, atuamos na parte de resfriamento, tudo que era possível foi feito”, explica Daniel Sandrini, gerente da Área Técnica da Diageo.
A empresa ainda compra garrafas de vidro vazias para reutilização, e utiliza bagaço de cana para alimentar as caldeiras. Outro destaque é o envio zero de resíduos para aterros sanitários, complementa Sandrini. “Estamos há mais de um ano e meio sem enviar nenhum resíduo para aterros. Tudo é reaproveitado, reciclado ou vendido para outras empresas utilizarem. A meta global da Diageo é que, até 2020, suas plantas sejam assim, como nós conseguimos já em 2017.”
BENEFÍCIOS AO MEIO AMBIENTE
As 22 mil toneladas de vidro encaminhadas à reciclagem equivalem a*:
• Economia de energia equivalente ao consumo médio de 68 mil residências durante um mês
• 27 mil toneladas de areia que se evitou retirar do meio ambiente para produção de embalagens de vidro = ao que seria utilizado na construção de 135 casas de tamanho médio e 9 hospitais
• 11.912 toneladas de gases de efeito estufa deixaram de ser emitidos
*Fonte: Consultoria Giral
SERVIÇO
Mais informações: Diageo Fortaleza (85) 3216 8888 ou pelo site glassisgood.com.br
[FOTO1] A adoção de práticas sustentáveis, a exemplo de programas de reutilização de embalagens, há tempos deixou de ser utopia para se transformar em prática por parte de algumas empresas. A Diageo, líder mundial na produção de bebidas alcoólicas premium, vem se destacando com o projeto de logística reversa Glass is Good (“Vidro é bom”, em tradução livre). Com início em junho de 2010, projeto já evitou o descarte de mais de 22 mil toneladas de vidro no meio ambiente – o volume equivale a 46 milhões de garrafas de um litro de Vodka Smirnoff, reunindo em prol do mesmo objetivo empresas concorrentes como Heineken, Pernod Ricard e Cia Müller, além da fabricante de vidros Owens Illinois. O Brasil recicla apenas 47% do vidro produzido, informa a Associação Brasileira de Distribuidores e Processadores de Vidros Planos (Abravidro). Na Suécia o percentual chega a 95%.
Modelo pioneiro de logística reversa de embalagens de vidro no Brasil, o Glass is Good recolhe embalagens de vidro em 175 estabelecimentos – entre bares, restaurantes e condomínios residenciais – e os envia para 25 cooperativas de reciclagem, gerando renda e melhores condições de trabalho para cerca de 600 cooperados. Por fim, o ciclo do vidro é fechado com o material triturado encaminhado para a fabricante de vidros, que reutiliza 100% como matéria-prima para produção de novas embalagens (um quilo de cacos de vidro gera um quilo de vidro novo). O programa acontece nas cidades de São Paulo, Santana de Parnaíba (SP), Campinas (SP), Ribeirão Preto (SP), Recife, Belo Horizonte, Fortaleza, Natal, Rio de Janeiro e Brasília. No Ceará são 24 estabelecimentos parceiros.
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“O programa estimula a cultura de reciclagem do vidro e é uma maneira eficaz de garantir que, após o uso, a embalagem não seja descartada no meio ambiente, mas retorne ao seu ciclo produtivo, poupando matérias-primas e energia elétrica, evitando danos ao meio ambiente e gerando renda”, afirma Maria Teresa Orlandi, gerente de Comunicação e Sustentabilidade da Diageo.
“Antes consumíamos e descartávamos, ‘jogava-se fora’, quando na verdade não existe fora. É necessário mudar esse modelo de produção linear para um circular, de modo a reintroduzirmos os recursos naturais em ciclos de reaproveitamento e reciclagem”, defende Mateus Mendonça, consultor ambiental da Giral, empresa parceira do projeto. “[essa evolução] Não é só fruto de pressão da sociedade, mas de elevação da consciência nos negócios.”
Pioneirismo em separar e recolher
Adriana Gois trabalha como assistente administrativa do Boteco Praia, tradicional ponto de encontro na beira-mar de Fortaleza, e conta como se dá a rotina de recolhimento de resíduos comandada pela Diageo. “O bar funciona à noite, então deixamos separadas [as embalagens de vidro] e eles passam e recolhem pela manhã cedo, deixando o manifesto de transporte de resíduos [documento informa quantidade e peso do material recolhido, e horário de chegada e saída do transporte].” Passando dia sim, dia não, o Glass is Good chega a recolher, apenas nesse estabelecimento, cerca de 200 quilos de vidros cada viagem. A Barraca Marulho, localizada na Praia do Futuro, é outro estabelecimento parceiro do projeto.
Naia Dávila, gerente do local, explica que o primeiro desafio na hora de implantar o projeto foi conscientizar a mão de obra. “Para funcionar, precisamos antes preparar os funcionários para não misturarem tudo. Então separam, em dias muito cheios, recolhem os cascos espalhados, esvaziam as lixeiras, separam o vidro dos outros tipos de lixo, colocando dentro do recipiente identificado.” O recolhimento acontece duas vezes por semana, acompanhando o movimento da barraca, explica a gerente.
Por sua importância e pioneirismo, o projeto foi agraciado com o prêmio Fiec – Desempenho ambiental, na categoria “Integração com a Sociedade” (2016). “Podemos dizer, com total confiança, que o projeto vencedor é merecedor desse destaque”, expõe o geógrafo e coordenador do Núcleo de Meio Ambiente [Numa] da Fiec, Renato Aragão. “O que necessitamos é ampliar a divulgação dessas ações, de forma que as pessoas passem a enxergar o setor produtivo como trabalhando em busca do desenvolvimento sustentável. Iniciativas assim ‘contaminam’ positivamente todo um setor.”
Responsabilidade ambiental
O Glass is Good faz parte de uma série de iniciativas de responsabilidade ambiental comandadas pela Diageo. Em relação ao aproveitamento de água, por exemplo, a operação brasileira foi, por quatro anos consecutivos, indicada como melhor performance ambiental da Diageo no mundo inteiro. “Muito em função da seca, desde a aquisição [da Ypióca] começamos a reutilizar o máximo possível da água da operação. Isso levou a planta de Messejana a consumir menos de um litro de água por litro engarrafado. Deixamos de utilizar água para a lavagem da cana, atuamos na parte de resfriamento, tudo que era possível foi feito”, explica Daniel Sandrini, gerente da Área Técnica da Diageo.
A empresa ainda compra garrafas de vidro vazias para reutilização, e utiliza bagaço de cana para alimentar as caldeiras. Outro destaque é o envio zero de resíduos para aterros sanitários, complementa Sandrini. “Estamos há mais de um ano e meio sem enviar nenhum resíduo para aterros. Tudo é reaproveitado, reciclado ou vendido para outras empresas utilizarem. A meta global da Diageo é que, até 2020, suas plantas sejam assim, como nós conseguimos já em 2017.”
BENEFÍCIOS AO MEIO AMBIENTE
As 22 mil toneladas de vidro encaminhadas à reciclagem equivalem a*:
• Economia de energia equivalente ao consumo médio de 68 mil residências durante um mês
• 27 mil toneladas de areia que se evitou retirar do meio ambiente para produção de embalagens de vidro = ao que seria utilizado na construção de 135 casas de tamanho médio e 9 hospitais
• 11.912 toneladas de gases de efeito estufa deixaram de ser emitidos
*Fonte: Consultoria Giral
SERVIÇO
Mais informações: Diageo Fortaleza (85) 3216 8888 ou pelo site glassisgood.com.br