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Cachaça: do Brasil para o mundo

Com maior diversidade de produtos no mercado e mais atenção à qualidade, a Cachaça tem passado por processo de "premiunização". Reconhecimento internacional da origem exclusivamente brasileira para a bebida é desafio para os produtores
07:00 | Jul. 14, 2018
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Límpida mesmo após envelhecida, uma boa cachaça deve ser apreciada aos poucos, em pequenas porções, e de preferência após tomar um copo de água para limpar a boca. Segunda bebida alcoólica mais consumida no Brasil, de acordo com dados do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), a Cachaça esteve presente ao longo da história do País. Nos últimos anos, ela tem ganhado caráter premium, com maior atenção dos produtores à qualidade.

Atualmente, segundo o Ibrac, a bebida é exportada para mais de 50 países e, em 2017, os principais importadores, em valores, foram Estados Unidos, Alemanha e Paraguai. Porém, apenas três países a reconhecem como de origem exclusivamente brasileira. Esse processo de reconhecimento internacional teve início com a Colômbia, em 2012, seguida pelos Estados Unidos, em 2013, e, mais recentemente, pelo México, em 2016. Já a Tequila, por exemplo, é protegida em mais de 46 países.

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O Ibrac está construindo nova proposta para o Projeto Setorial de Promoção às Exportações de Cachaça, desenvolvido por meio de parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Após ser aprovado pela Apex-Brasil, o projeto, que conta com propostas de ações de promoção da cachaça em oito mercados prioritários, terá vigência por dois anos.

De acordo com Igor Brandão, gerente de Agronegócios da Apex-Brasil, os projetos setoriais contaram com investimento da Agência de pouco mais de R$ 1,5 milhão, no período de 2014 a 2017, além dos mais de R$ 400 mil investidos pelas empresas participantes. "Estes projetos beneficiaram mais de 60 empresas do setor, por meio da elaboração de estratégias de posicionamento, estudos de mercado, participação em feiras internacionais e convite a potenciais compradores para virem ao Brasil", afirma.

"Apesar de termos algumas iniciativas nesse sentido, acho que falta, para o Brasil, maior engajamento de todos os atores de forma ordenada e, claro, unida, na promoção da Cachaça em âmbito internacional. Enquanto as instituições não vestirem a camisa da Cachaça e tiverem orgulho desse destilado brasileiro, dificilmente vamos conseguir trilhar o caminho que o México trilhou em relação à Tequila", afirma Carlos Lima, diretor-executivo do Ibrac. O reconhecimento e a proteção da bebida brasileira representa ganho de valor imaterial para o País.

Mais atenção à bebida

Há cerca de 20 anos, a Cachaça vem passando por um processo de "premiunização". De acordo com Lima, ao contrário do que se percebia antigamente, hoje existe grande variedade de produtos no mercado, além de maior investimento em melhorias tecnológicas e em embalagens diferenciadas. Além disso, o diretor destaca o uso de mais de 30 tipos de madeira para o processo de envelhecimento da bebida.

"Quando comparamos a Cachaça com outros destilados, todo mundo utiliza carvalho para envelhecer as suas bebidas. O whisky utiliza carvalho, a tequila utiliza carvalho e nós trabalhamos hoje com mais de 30 tipos de madeira diferentes para o envelhecimento de Cachaça, o que dá uma riqueza, em termos de produto, uma versatilidade e uma variedade de produtos incrível. Hoje, quem consumir diversos tipos de Cachaça sempre vai estar tendo uma experiência nova", afirma o diretor.

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Percebe-se, também, mudança na maneira como ocorre o consumo do produto. De acordo com Nelson Duarte, master blender da Ypióca, apesar de não haver fidelidade do consumidor, há busca por mais qualidade, o que reflete na atenção dos produtores com a bebida. "Temos uma preocupação dos produtores em atender esse mercado porque o brasileiro está aprendendo a beber menos, mas beber melhor. Você vê isso nas cervejas artesanais, com a Cachaça, em bons whiskies."

Inovação na categoria

Detentora da Ypióca desde 2012, a Diageo é uma das empresas que trabalha para elevar a categoria e promover a Cachaça como uma bebida genuinamente brasileira. O reconhecimento da qualidade do produto se mostra nos prêmios recebidos em competições nacionais e internacionais, como a Berlin International Spirits Competition, a New York World Wine and Spirits Competition, o Spirits Selection by Concours Mondial de Bruxelles e a Expocachaça, de Minas Gerais. "Isso tudo atesta a preocupação de mostrar para o mercado externo que temos um produto de qualidade que concorre com qualquer outro destilado do mundo sem [deixar] nada a dever", afirma o master blender. Mais de 20 países já consomem a cachaça exportada pela Diageo a partir do Brasil.

"A Diageo investe constantemente em inovação e qualidade. A Ypióca Cinco Chaves, primeira cachaça super premium Ypióca lançada desde a aquisição, e a Ypióca Mel & Limão são produtos novos que simbolizam o melhor da qualidade e o desejo do consumidor nos dias de hoje", expõe  Juliana Ballarin, gerente de marketing de Ypióca. Os resultados, segundo a representante da marca, são a expansão da participação de Ypióca no mercado fora do Ceará, onde a marca já tem 90% de participação.

São 300 mil pontos de vendas pelo Brasil, com a Ypióca Ouro na liderança de cachaças Ouro no território nacional. Desde que adquiriu a marca cearense, a Diageo segue investindo em Ypióca apostando em iniciativas para o crescimento da marca e aperfeiçoamento das suas credenciais de qualidade.

TRAJETÓRIA DA CACHAÇA NO BRASIL

1997 – É lançado o Programa Brasileiro para o Desenvolvimento da Aguardente de Cana;

2001 – É criado Decreto 4062/2001 (define as expressões "Cachaça", "Brasil" e "Cachaça do Brasil" como indicações geográficas e dá outras providências);

2004 - Fundação da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Cachaça;

2006 - Fundação do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac);

2012 - Cachaça é reconhecida pela Colômbia como exclusiva do Brasil;

2012 - Início do Projeto Setorial de Promoção às Exportações de Cachaça — Cachaça: Taste the New, Taste Brasil;

2013 - Reconhecimento mútuo entre Brasil e Estados Unidos para a cachaça e os whiskies Bourbon e Tennessee Whiskey;

2016 - Assinatura do Acordo de Reconhecimento Mútuo da Cachaça e da Tequila como Designações Próprias e Produtos Típicos do Brasil e do México, respectivamente;

2016 - Assinatura, em dezembro de 2016, do Acordo de Cooperação Mútua entre o Ibrac e a Scotch Whisky Association (SWA), entidade representativa do setor produtivo do Scotch Whisky;

2016 - Aprovação do retorno da Cachaça ao Simples Nacional.

Fonte: Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac)

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Formação de bartenders incentiva o empreendedorismo no Ceará

07:00 | Ago. 06, 2018 Tipo
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Para Patrícia e Fabiano Romano, o Learning for Life, curso gratuito de formação de bartenders oferecido pela Diageo e Governo do Estado do Ceará, foi um recomeço. O casal fez o treinamento em 2016 e adquiriu experiência e conhecimentos técnicos em coquetelaria. “Fizemos o curso e, ao terminar, pensamos em trabalhar fazendo bebidas na saída de festas. Muitas pessoas começaram a nos procurar para fazer eventos particulares, então, compramos o material, investimos e criamos a nossa empresa, que já tem dois anos”, relembra Patrícia.
 
Com experiência na área de eventos como garçom em buffets, Fabiano já tinha interesse na profissão de bartender, mas não tinha oportunidades nem condições financeiras para investir. Quando conheceu o Learning for Life, o hoje empresário fez a inscrição da esposa e dele. “Ainda tenho muito a aprender e explorar, pois é uma área muito grande e complexa, mas tudo que sei aprendi no curso”, afirma a bartender. Hoje, a Romano’s Drinks do casal conta com três equipes de bartenders que atendem a eventos em geral, tanto com estrutura de bar móvel como com mão de obra.
 
Rubens Araújo é outro profissional que também tinha interesse na área de drinques, mas lhe faltava conhecimento técnico. Já trabalhando no ramo de eventos, fez o Learning for Life e deu "uma virada". “O curso agregou muito, principalmente por oferecer conhecimento do mercado de bebidas e pelo certificado. "Eu já era bartender, mas não tinha a parte teórica”, afirma. O próximo passo foi investir com o sócio em identidade visual e abrir a Mago dos Drinks. Atualmente, a empresa tem capacidade de realizar até quatro eventos simultâneos, como formaturas, casamentos e aniversários. 
 
Capacitação profissional
Casos como de Patrícia, Fabiano e Rubens estão entre os de 956 bartenders formados pelo programa em Fortaleza. Idealizado pela Diageo, multinacional do ramo de bebidas, em parceria com a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS) do Ceará, por meio da Escola de Vida, Sabor e Arte (Evisa) e do Instituto de Desenvolvimento Social e da Cidadania (Idesc), jovens de baixa renda, entre 18 e 34 anos, que estejam cursando ou já tenham concluído o terceiro ano do Ensino Médio, puderam ganhar uma profissão.
 
Já são mais de 20 mil jovens no Brasil, Paraguai e Uruguai formados pela iniciativa desde 2000. “[O curso] tem um impacto muito grande na vida desses jovens, que não podem pagar um curso e ter a oportunidade de montar seu próprio negócio ou trabalhar em estabelecimentos, como bares e restaurantes”, afirma Simone Veras, coordenadora da Evisa.
 
De acordo com Darline Sales, coordenadora de relações corporativas da Diageo, o programa tem como objetivo trazer impactos positivos e apoio a comunidades menos favorecidas por meio da qualificação. “É uma forma não só de darmos oportunidade aos jovens com capacitação de qualidade, mas também de investir no desenvolvimento de profissionais do ramo de coquetelaria, de apoiar a coquetelaria a crescer no Brasil e no mundo”, explica. 
 
Durante o curso, os alunos têm, além das aulas técnicas, direcionamentos sobre ética e cidadania e um treinamento para serem embaixadores do consumo responsável. Os estudantes aplicam os conhecimentos teóricos no período de vivência, um estágio nas casas parceiras da Diageo. “Eles têm a oportunidade de ter o primeiro contato com o mercado de trabalho. Muitos deles, após esse estágio, são contratados”, afirma Simone. De acordo com ela, os jovens também contam com formação para ambiente de trabalho, na qual aprendem noções de como deve ser a postura profissional, por exemplo.
 
Incentivo ao empreendedorismo e ao turismo
Além de técnicas de coquetelaria, origem das bebidas e orientação profissional, módulos sobre noções de empreendedorismo e de finanças também fazem parte do programa de ensino. “Muitos alunos acabam empreendendo após o término do curso. É mais uma forma de se colocar no mercado, não só pelas oportunidades oferecidas pelas casas, bares e restaurantes, mas também pela iniciativa de montar o próprio negócio no ramo de coquetelaria”, afirma Darline.
 
Para a coordenadora de relações corporativas, a capacitação de bartenders também agrega no turismo, uma das principais atividades econômicas do Ceará. “Com o apoio à formação desses profissionais, de certo modo, nós também acabamos apoiando toda a estratégia de atrair turistas. Formando mão de obra capacitada, com qualificação consistente, estamos criando também oportunidade de receber bem o turista que vem visitar a nossa cidade”, ressalta.
 
Learning for Life em números

- Desde 2000, 956 alunos foram formados em Fortaleza.

- Em 2017, 87 alunos foram formados, com uma taxa de empregabilidade de 41%.

- Em 2018, 84 alunos foram formados, com 42% de empregabilidade. 72% dos formados são homens e 28% mulheres.

Fonte: Consultoria Giral
 
Serviço
Learning for Life
Informações: Escola de Vida, Sabor e Arte - (85) 3101 2722

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Formação de bartenders incentiva o empreendedorismo no Ceará

07:00 | Ago. 06, 2018 Tipo
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Para Patrícia e Fabiano Romano, o Learning for Life, curso gratuito de formação de bartenders oferecido pela Diageo e Governo do Estado do Ceará, foi um recomeço. O casal fez o treinamento em 2016 e adquiriu experiência e conhecimentos técnicos em coquetelaria. “Fizemos o curso e, ao terminar, pensamos em trabalhar fazendo bebidas na saída de festas. Muitas pessoas começaram a nos procurar para fazer eventos particulares, então, compramos o material, investimos e criamos a nossa empresa, que já tem dois anos”, relembra Patrícia.
 
Com experiência na área de eventos como garçom em buffets, Fabiano já tinha interesse na profissão de bartender, mas não tinha oportunidades nem condições financeiras para investir. Quando conheceu o Learning for Life, o hoje empresário fez a inscrição da esposa e dele. “Ainda tenho muito a aprender e explorar, pois é uma área muito grande e complexa, mas tudo que sei aprendi no curso”, afirma a bartender. Hoje, a Romano’s Drinks do casal conta com três equipes de bartenders que atendem a eventos em geral, tanto com estrutura de bar móvel como com mão de obra.
 
Rubens Araújo é outro profissional que também tinha interesse na área de drinques, mas lhe faltava conhecimento técnico. Já trabalhando no ramo de eventos, fez o Learning for Life e deu "uma virada". “O curso agregou muito, principalmente por oferecer conhecimento do mercado de bebidas e pelo certificado. "Eu já era bartender, mas não tinha a parte teórica”, afirma. O próximo passo foi investir com o sócio em identidade visual e abrir a Mago dos Drinks. Atualmente, a empresa tem capacidade de realizar até quatro eventos simultâneos, como formaturas, casamentos e aniversários. 
 
Capacitação profissional
Casos como de Patrícia, Fabiano e Rubens estão entre os de 956 bartenders formados pelo programa em Fortaleza. Idealizado pela Diageo, multinacional do ramo de bebidas, em parceria com a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS) do Ceará, por meio da Escola de Vida, Sabor e Arte (Evisa) e do Instituto de Desenvolvimento Social e da Cidadania (Idesc), jovens de baixa renda, entre 18 e 34 anos, que estejam cursando ou já tenham concluído o terceiro ano do Ensino Médio, puderam ganhar uma profissão.
 
Já são mais de 20 mil jovens no Brasil, Paraguai e Uruguai formados pela iniciativa desde 2000. “[O curso] tem um impacto muito grande na vida desses jovens, que não podem pagar um curso e ter a oportunidade de montar seu próprio negócio ou trabalhar em estabelecimentos, como bares e restaurantes”, afirma Simone Veras, coordenadora da Evisa.
 
De acordo com Darline Sales, coordenadora de relações corporativas da Diageo, o programa tem como objetivo trazer impactos positivos e apoio a comunidades menos favorecidas por meio da qualificação. “É uma forma não só de darmos oportunidade aos jovens com capacitação de qualidade, mas também de investir no desenvolvimento de profissionais do ramo de coquetelaria, de apoiar a coquetelaria a crescer no Brasil e no mundo”, explica. 
 
Durante o curso, os alunos têm, além das aulas técnicas, direcionamentos sobre ética e cidadania e um treinamento para serem embaixadores do consumo responsável. Os estudantes aplicam os conhecimentos teóricos no período de vivência, um estágio nas casas parceiras da Diageo. “Eles têm a oportunidade de ter o primeiro contato com o mercado de trabalho. Muitos deles, após esse estágio, são contratados”, afirma Simone. De acordo com ela, os jovens também contam com formação para ambiente de trabalho, na qual aprendem noções de como deve ser a postura profissional, por exemplo.
 
Incentivo ao empreendedorismo e ao turismo
Além de técnicas de coquetelaria, origem das bebidas e orientação profissional, módulos sobre noções de empreendedorismo e de finanças também fazem parte do programa de ensino. “Muitos alunos acabam empreendendo após o término do curso. É mais uma forma de se colocar no mercado, não só pelas oportunidades oferecidas pelas casas, bares e restaurantes, mas também pela iniciativa de montar o próprio negócio no ramo de coquetelaria”, afirma Darline.
 
Para a coordenadora de relações corporativas, a capacitação de bartenders também agrega no turismo, uma das principais atividades econômicas do Ceará. “Com o apoio à formação desses profissionais, de certo modo, nós também acabamos apoiando toda a estratégia de atrair turistas. Formando mão de obra capacitada, com qualificação consistente, estamos criando também oportunidade de receber bem o turista que vem visitar a nossa cidade”, ressalta.
 
Learning for Life em números

- Desde 2000, 956 alunos foram formados em Fortaleza.

- Em 2017, 87 alunos foram formados, com uma taxa de empregabilidade de 41%.

- Em 2018, 84 alunos foram formados, com 42% de empregabilidade. 72% dos formados são homens e 28% mulheres.

Fonte: Consultoria Giral
 
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Diversidade nas empresas estimula bom relacionamento entre colaboradores

07:00 | Ago. 01, 2018 Tipo
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Em um período durante o qual as empresas buscam trabalhar mais uma cultura organizacional focada na boa relação com os colaboradores, ações de incentivo à diversidade dos funcionários é uma das tendências de 2018 no mundo corporativo. Para tanto, atividades que busquem praticar a inclusão em diferentes níveis de atuação são importantes para gerar um ambiente de trabalho plural e com diferentes visões de mundo.
 
Na análise de João Torres, sócio da consultoria Mais Diversidade, a tendência veio para ficar. Para ele, as empresas vêm tratando o tema de forma cada vez mais aberta, criando até orçamentos específicos para a área. “É claro que as discussões por aqui [Brasil] ocorrem em um nível mais inicial que o observado nas multinacionais, sobretudo de origem norte-americana, aqui instaladas, mas elas não são insuficientes. Algumas empresas brasileiras estão conseguindo adquirir profundidade admirável no tema”, conta.
 
No Ceará, a Diageo, detentora da Ypióca, procura abordar a temática da diversidade em diferentes esferas do quadro de colaboradores. De acordo com Thaís Andrade, gerente de recursos humanos da empresa, há um ano foi criado um comitê voltado para a diversidade. Globalmente, a Diageo se tornou, em 2010, a primeira do setor de bebidas alcoólicas a assinar o compromisso com a ONU Mulheres para impulsionar o fortalecimento da liderança feminina no ambiente de trabalho.  Na diretoria da empresa no Brasil, 56% dos cargos é composto por mulheres.
 
“A liderança já tem isso como cultura enraizada. Quanto mais diverso é nosso time, melhor a gente vai trabalhar e melhor resultado teremos como negócio. Sem contar que o ambiente de trabalho é muito mais gostoso quando você trabalha com pessoas diferentes. Diversidade de pensamento, de formação, de visão de mundo, isso passa pelas questões de gênero e etnia”, esclarece Thaís.
 
 
Transição
Para as empresas que desejam dar os primeiros passos no rumo da ampliação da diversidade no quadro de funcionários, João Torres fala que é preciso gerar conscientização nos grupos. “Um trabalho de mudança cultural, sensibilização e engajamento torna-se definitivamente indispensável nos estágios iniciais da discussão. Daí serem muito bem-vindos treinamentos, sensibilizações, workshops, palestras, além de um plano de comunicação para a diversidade robusto e consolidado”.
 
Thaís Andrade explica que outra ação realizada foi a substituição do Dia das Mães e do Dia dos Pais pelo Dia da Família. A data se celebra na empresa duas vezes ao ano, no mesmo período em que ocorre as datas originais. “Se eu sou avó e crio meu filho, sou mãe e preciso ser valorizada. Se tenho dois pais ou duas mães que criam uma criança, valorizamos.” A gerente comenta também que o setor de recrutamento observa esse aspecto no cotidiano. “Não importa de onde você vem, importa a competência que você tem, experiências que você pode trazer e agregar para nós aqui. Tem sido muito surpreendente a resposta, no Brasil inteiro.” 
 
 
Oportunidade
Como forma de ampliar a participação feminina nos setores da Diageo, cursos específicos para o público foram realizados, como operação de empilhadeira e eletricidade. “Queremos, de fato, que as mulheres ocupem todos os espaços nas fábricas”. 
 
Uma das diretrizes da Diageo é que o colaborador possa transitar livremente entre setores, independentemente de sua formação, desde que possua expertise na área. Um dos casos ocorreu com Mariana Macoris, gerente de inovação da Ypióca. Sobre o período em que foi para o setor de planejamento de informações, Mariana relembra que liderou uma equipe masculina, mas que não sofreu resistência em momento algum. “Conseguimos um trabalho muito bom, com resultados acelerados em pouco tempo. Cada um tinha um perfil, idade, história, cultura diferentes. Era uma equipe diversa mesmo sendo composta por homens”, fala. A gerente também defende que a mudança no olhar para o outro auxilia a encontrar talentos e formas diferentes de contribuir para o negócio. Dessa forma, acredita, é possível acelerar resultados futuros.

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Diversidade nas empresas estimula bom relacionamento entre colaboradores

07:00 | Ago. 01, 2018 Tipo
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Em um período durante o qual as empresas buscam trabalhar mais uma cultura organizacional focada na boa relação com os colaboradores, ações de incentivo à diversidade dos funcionários é uma das tendências de 2018 no mundo corporativo. Para tanto, atividades que busquem praticar a inclusão em diferentes níveis de atuação são importantes para gerar um ambiente de trabalho plural e com diferentes visões de mundo.
 
Na análise de João Torres, sócio da consultoria Mais Diversidade, a tendência veio para ficar. Para ele, as empresas vêm tratando o tema de forma cada vez mais aberta, criando até orçamentos específicos para a área. “É claro que as discussões por aqui [Brasil] ocorrem em um nível mais inicial que o observado nas multinacionais, sobretudo de origem norte-americana, aqui instaladas, mas elas não são insuficientes. Algumas empresas brasileiras estão conseguindo adquirir profundidade admirável no tema”, conta.
 
No Ceará, a Diageo, detentora da Ypióca, procura abordar a temática da diversidade em diferentes esferas do quadro de colaboradores. De acordo com Thaís Andrade, gerente de recursos humanos da empresa, há um ano foi criado um comitê voltado para a diversidade. Globalmente, a Diageo se tornou, em 2010, a primeira do setor de bebidas alcoólicas a assinar o compromisso com a ONU Mulheres para impulsionar o fortalecimento da liderança feminina no ambiente de trabalho.  Na diretoria da empresa no Brasil, 56% dos cargos é composto por mulheres.
 
“A liderança já tem isso como cultura enraizada. Quanto mais diverso é nosso time, melhor a gente vai trabalhar e melhor resultado teremos como negócio. Sem contar que o ambiente de trabalho é muito mais gostoso quando você trabalha com pessoas diferentes. Diversidade de pensamento, de formação, de visão de mundo, isso passa pelas questões de gênero e etnia”, esclarece Thaís.
 
 
Transição
Para as empresas que desejam dar os primeiros passos no rumo da ampliação da diversidade no quadro de funcionários, João Torres fala que é preciso gerar conscientização nos grupos. “Um trabalho de mudança cultural, sensibilização e engajamento torna-se definitivamente indispensável nos estágios iniciais da discussão. Daí serem muito bem-vindos treinamentos, sensibilizações, workshops, palestras, além de um plano de comunicação para a diversidade robusto e consolidado”.
 
Thaís Andrade explica que outra ação realizada foi a substituição do Dia das Mães e do Dia dos Pais pelo Dia da Família. A data se celebra na empresa duas vezes ao ano, no mesmo período em que ocorre as datas originais. “Se eu sou avó e crio meu filho, sou mãe e preciso ser valorizada. Se tenho dois pais ou duas mães que criam uma criança, valorizamos.” A gerente comenta também que o setor de recrutamento observa esse aspecto no cotidiano. “Não importa de onde você vem, importa a competência que você tem, experiências que você pode trazer e agregar para nós aqui. Tem sido muito surpreendente a resposta, no Brasil inteiro.” 
 
 
Oportunidade
Como forma de ampliar a participação feminina nos setores da Diageo, cursos específicos para o público foram realizados, como operação de empilhadeira e eletricidade. “Queremos, de fato, que as mulheres ocupem todos os espaços nas fábricas”. 
 
Uma das diretrizes da Diageo é que o colaborador possa transitar livremente entre setores, independentemente de sua formação, desde que possua expertise na área. Um dos casos ocorreu com Mariana Macoris, gerente de inovação da Ypióca. Sobre o período em que foi para o setor de planejamento de informações, Mariana relembra que liderou uma equipe masculina, mas que não sofreu resistência em momento algum. “Conseguimos um trabalho muito bom, com resultados acelerados em pouco tempo. Cada um tinha um perfil, idade, história, cultura diferentes. Era uma equipe diversa mesmo sendo composta por homens”, fala. A gerente também defende que a mudança no olhar para o outro auxilia a encontrar talentos e formas diferentes de contribuir para o negócio. Dessa forma, acredita, é possível acelerar resultados futuros.

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Com projeto de logística reversa, Diageo evita descarte de 22 mil toneladas de vidro no meio ambiente

15:08 | Jul. 26, 2018 Tipo

[FOTO1] A adoção de práticas sustentáveis, a exemplo de programas de reutilização de embalagens, há tempos deixou de ser utopia para se transformar em prática por parte de algumas empresas. A Diageo, líder mundial na produção de bebidas alcoólicas premium, vem se destacando com o projeto de logística reversa Glass is Good (“Vidro é bom”, em tradução livre). Com início em junho de 2010, projeto já evitou o descarte de mais de 22 mil toneladas de vidro no meio ambiente – o volume equivale a 46 milhões de garrafas de um litro de Vodka Smirnoff, reunindo em prol do mesmo objetivo empresas concorrentes como Heineken, Pernod Ricard e Cia Müller, além da fabricante de vidros Owens Illinois. O Brasil recicla apenas 47% do vidro produzido, informa a Associação Brasileira de Distribuidores e Processadores de Vidros Planos (Abravidro). Na Suécia o percentual chega a 95%.

 

Modelo pioneiro de logística reversa de embalagens de vidro no Brasil, o Glass is Good recolhe embalagens de vidro em 175 estabelecimentos – entre bares, restaurantes e condomínios residenciais – e os envia para 25 cooperativas de reciclagem, gerando renda e melhores condições de trabalho para cerca de 600 cooperados. Por fim, o ciclo do vidro é fechado com o material triturado encaminhado para a fabricante de vidros, que reutiliza 100% como matéria-prima para produção de novas embalagens (um quilo de cacos de vidro gera um quilo de vidro novo). O programa acontece nas cidades de São Paulo, Santana de Parnaíba (SP), Campinas (SP), Ribeirão Preto (SP), Recife, Belo Horizonte, Fortaleza, Natal, Rio de Janeiro e Brasília. No Ceará são 24 estabelecimentos parceiros.

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“O programa estimula a cultura de reciclagem do vidro e é uma maneira eficaz de garantir que, após o uso, a embalagem não seja descartada no meio ambiente, mas retorne ao seu ciclo produtivo, poupando matérias-primas e energia elétrica, evitando danos ao meio ambiente e gerando renda”, afirma Maria Teresa Orlandi, gerente de Comunicação e Sustentabilidade da Diageo.

“Antes consumíamos e descartávamos, ‘jogava-se fora’, quando na verdade não existe fora. É necessário mudar esse modelo de produção linear para um circular, de modo a reintroduzirmos os recursos naturais em ciclos de reaproveitamento e reciclagem”, defende Mateus Mendonça, consultor ambiental da Giral, empresa parceira do projeto. “[essa evolução] Não é só fruto de pressão da sociedade, mas de elevação da consciência nos negócios.”

Pioneirismo em separar e recolher

Adriana Gois trabalha como assistente administrativa do Boteco Praia, tradicional ponto de encontro na beira-mar de Fortaleza, e conta como se dá a rotina de recolhimento de resíduos comandada pela Diageo. “O bar funciona à noite, então deixamos separadas [as embalagens de vidro] e eles passam e recolhem pela manhã cedo, deixando o manifesto de transporte de resíduos [documento informa quantidade e peso do material recolhido, e horário de chegada e saída do transporte].” Passando dia sim, dia não, o Glass is Good chega a recolher, apenas nesse estabelecimento, cerca de 200 quilos de vidros cada viagem. A Barraca Marulho, localizada na Praia do Futuro, é outro estabelecimento parceiro do projeto.

Naia Dávila, gerente do local, explica que o primeiro desafio na hora de implantar o projeto foi conscientizar a mão de obra. “Para funcionar, precisamos antes preparar os funcionários para não misturarem tudo. Então separam, em dias muito cheios, recolhem os cascos espalhados, esvaziam as lixeiras, separam o vidro dos outros tipos de lixo, colocando dentro do recipiente identificado.” O recolhimento acontece duas vezes por semana, acompanhando o movimento da barraca, explica a gerente.

Por sua importância e pioneirismo, o projeto foi agraciado com o prêmio Fiec – Desempenho ambiental, na categoria “Integração com a Sociedade” (2016). “Podemos dizer, com total confiança, que o projeto vencedor é merecedor desse destaque”, expõe o geógrafo e coordenador do Núcleo de Meio Ambiente [Numa] da Fiec, Renato Aragão. “O que necessitamos é ampliar a divulgação dessas ações, de forma que as pessoas passem a enxergar o setor produtivo como trabalhando em busca do desenvolvimento sustentável. Iniciativas assim ‘contaminam’ positivamente todo um setor.”

Responsabilidade ambiental

O Glass is Good faz parte de uma série de iniciativas de responsabilidade ambiental comandadas pela Diageo. Em relação ao aproveitamento de água, por exemplo, a operação brasileira foi, por quatro anos consecutivos, indicada como melhor performance ambiental da Diageo no mundo inteiro. “Muito em função da seca, desde a aquisição [da Ypióca] começamos a reutilizar o máximo possível da água da operação. Isso levou a planta de Messejana a consumir menos de um litro de água por litro engarrafado. Deixamos de utilizar água para a lavagem da cana, atuamos na parte de resfriamento, tudo que era possível foi feito”, explica Daniel Sandrini, gerente da Área Técnica da Diageo.

A empresa ainda compra garrafas de vidro vazias para reutilização, e utiliza bagaço de cana para alimentar as caldeiras. Outro destaque é o envio zero de resíduos para aterros sanitários, complementa Sandrini. “Estamos há mais de um ano e meio sem enviar nenhum resíduo para aterros. Tudo é reaproveitado, reciclado ou vendido para outras empresas utilizarem. A meta global da Diageo é que, até 2020, suas plantas sejam assim, como nós conseguimos já em 2017.”

BENEFÍCIOS AO MEIO AMBIENTE

As 22 mil toneladas de vidro encaminhadas à reciclagem equivalem a*:

• Economia de energia equivalente ao consumo médio de 68 mil residências durante um mês

• 27 mil toneladas de areia que se evitou retirar do meio ambiente para produção de embalagens de vidro = ao que seria utilizado na construção de 135 casas de tamanho médio e 9 hospitais

• 11.912 toneladas de gases de efeito estufa deixaram de ser emitidos

*Fonte: Consultoria Giral

SERVIÇO

Mais informações: Diageo Fortaleza (85) 3216 8888 ou pelo site glassisgood.com.br

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