Cumbuco: os impactos do turismo na vida da população

O kitesurf tem transformado a vida dos moradores ao gerar empregos, estimular o empreendedorismo local e valorizar a cultura local. “Muitas famílias passaram a depender diretamente da economia gerada pelo turismo esportivo, diversificando suas fontes de renda”, cita Livia Holanda, secretária do Turismo e Cultura de Caucaia.

Os moradores têm papel fundamental no desenvolvimento do kitesurf na região, trabalhando de forma direta ou indireta com o esporte. Muitos trabalham como instrutores, donos de escolas de kitesurf, guias turísticos e operadores de passeios, além de oferecer serviços de apoio, como transporte, aluguel de equipamentos e hospedagem personalizada.

“A economia local teve um crescimento. Antigamente, era baseada apenas na pesca, que ainda é muito forte para abastecer o mercado local de restaurantes”, avalia Paulo Alberto, da Associação de Kitesurf de Caucaia (AKCA).

“Os vendedores ambulantes que tiram seu sustento da praia, os bugreiros que, na maioria, são nativos. Principalmente, a nova geração que são os filhos de pescadores que hoje em dia trabalham com o kitesurf sendo instrutores, atletas, donos de escolas, reparo de equipamentos e guias turísticos”, lista.

Ele destaca a importância dos projetos sociais que desenvolvem o esporte na região e dão oportunidade principalmente às crianças, que não teriam condições devido ao alto custo do equipamento. “Formando futuros atletas, campeões, instrutores e, o mais importante, cidadãos que terão oportunidades de trabalhar não só com o kite, mas atuando e qualificando a economia local”, relaciona o instrutor.

A região é um celeiro de grandes atletas e campeões mundiais de kitesurf, como Carlos Mario “Bebê”, campeão mundial de kitesurfe e seis vezes em competições nacionais, e Estefania Rosa, campeã brasileira. Ambos no freestyle.