Setembro Amarelo: a importância da rede de apoio durante a pandemia
Especialista alerta para a necessidade de uma rede de conforto e da escuta terapêutica em momentos de fragilidade emocionalNeste ano, com a chegada do mês de setembro, período em que as organizações de saúde realizam a campanha de prevenção ao suicídio intitulada “Setembro Amarelo”, faz-se necessário lembrar que estamos vivendo um momento de extrema fragilidade emocional em decorrência da pandemia.
Por isso, segundo o neuropsicólogo Carol Costa Júnior, é preciso estar ainda mais atento a si e ao outro, fortalecendo redes de apoio que também estimulem a busca por ajuda especializada.
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“É justamente em momentos difíceis que percebemos como precisamos do outro, e isso se mostra agora não só pela situação que estamos passando, mas também pelas perdas que estão se somando. As pessoas estão cada vez mais preocupadas, com medo, entristecidas, melancólicas, depressivas. Então, ao perceber sinais de alerta em alguém, é importante mostrar a essa pessoa que ela não está sozinha, que ela tem alguém com quem contar”, lembra o psicólogo.
A aproximação, de acordo com Costa Júnior, é necessária por sermos seres coletivos, e deve ser estimulada principalmente neste momento em que os laços estão mais frágeis por conta do distanciamento social.
No entanto, além da rede de apoio de família e amigos, é essencial buscar auxílio profissional qualificado ao sentir-se entristecido e com medo, pois nem sempre a rede de apoio não especializada poderá ofertar todas as informações e possibilidades para a recuperação plena.
“Ao se encontrar numa situação negativa, de pensamentos negativos e obscuros, é preciso buscar por um psicólogo, pois ele terá as ferramentas necessárias e o conhecimento para ajudar na resolução de possíveis transtornos”, lembra Carol.