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De onde vem a água que você bebe?

Ceará está entre os oito estados do Brasil com maior produção de água mineral natural. São 19 empresas regularizadas junto à vigilância sanitária
08:00 | Jan. 28, 2019
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Água mineral natural é um bem único. Isso porque as condições de ciclo de cada fonte não se repetem. “Quando você abre uma garrafinha de água mineral, é como se estivesse abrindo garrafa de uma safra de vinho”, define Carlos Alberto Lancia, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais (Abinam).


No cenário nacional da produção deste item fundamental para a qualidade de vida, o Ceará responde por 4,3%, figurando entre os oito estados que mais contribuíram para o volume produzido em 2016, segundo os dados mais recentes da entidade. Isso representa 726.915.000 de litros de água mineral natural, um produto captado diretamente da fonte que é entregue ao consumidor sem sofrer intervenções químicas, mas submetido a uma série de testes de controle de qualidade.

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Além do monitoramento das características físico-químicas e microbiológicas, a água mineral natural tem padrões regulamentados de proteção ambiental e produtividade das fontes, para evitar qualquer risco de uma mina se exaurir. “Em relação a controle de qualidade e fiscalização, pela legislação, a água mineral tem parâmetros muito mais exigentes a cumprir que a água adicionada de sais”, aponta Evânia Figueiredo, professora do Departamento de Engenharia de Alimentos da Universidade Federal do Ceará (UFC).

[SAIBAMAIS]

Na atualização de 19 de novembro pela Vigilância Sanitária Estadual, 19 empresas de água mineral natural estão regularizadas, com alvará atualizado. A Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) ressalta, em nota, que “cabe aos municípios o processo de fiscalização junto às distribuidoras e comércio varejista. A fiscalização das indústrias é de responsabilidade da vigilância sanitária estadual”.

 

Conforme dados do Estudo Diagnóstico das Águas Minerais e Potáveis de Mesa do Brasil, publicado em 2015 pela hoje Agência Nacional de Mineração (ANM), o Ceará tem 24 concessões de lavra de água mineral, distribuídas em três polos distintos.

Um “no quadrante norte-nordeste e proximidades da costa atlântica”, que inclui a Região Metropolitana de Fortaleza; outro “no quadrante norte-noroeste, Serra de Ubajara”; e o terceiro, “no extremo sul-sudeste, Chapada do Araripe”. Ainda segundo o levantamento, 92% das águas minerais captadas no Ceará são dos tipos fluoretadas e suas combinações.

Mundo Afora

A produção de água mineral natural existe em todas as grandes regiões geográficas do mundo, cada uma com suas propriedades e características específicas. A consultoria internacional Beverage Marketing Corporation, citada no Sumário Água Mineral 2014, também da ANM, indicou que o consumo global de água engarrafada em 2013 foi de 266 bilhões de litros.

Nessa progressão de consumo, China, Estados Unidos e México aparecem como os maiores mercados de consumo, com crescimento expressivo também da Índia, Indonésia e Tailândia. O Brasil, desde que registrou 90 litros per capita por ano consumidos em 2012, continua crescendo no ranking de consumo da água engarrafada. Desde cálculo, mais de 60% corresponde à aquisição de água mineral natural.

O predomínio total é de águas minerais, sendo que 92% são dos tipos fluoretadas e suas combinações (fluoretada hipotermal; fluoretada - litinada e hipotermal; fluoretada - litinada - fracamente radioativa e hipotermal; fluoretada – fracamente radioativa e hipotermal; fluoretada e fracamente radioativa; fluoretada e litinada).

O restante é de sulfatadas %2b combinações (fluoretada-litinada-hipotermal; fluoretada-radioativa-hipotermal; litinada-fluoretada-vanádicahipotermal) e alcalino bicarbonatada – fluoretada – litinada e hipotermal.

Fonte: Estudo Diagnóstico das Águas Minerais e Potáveis de Mesa do Brasil 2015

ÁGUA MINERAL NO CEARÁ

Empresas de água mineral natural regularizadas junto à Vigilância Sanitária Acácia (Ipu), Cristalina dos Alpes (Juazeiro do Norte), Serra Grande (São Benedito), Castelo (Barbalha), Brisa da Serra (Ipu), Cambará (Crato), Conterrânea (Aquiraz), Florágua (São Gonçalo do Amarante), Indaiá (Horizonte), Litorágua (Aquiraz), Mais Sabor (Aquiraz), Límpida (Aquiraz), Naturágua (Fortaleza), Neblina (Guaramiranga), Olympia (Pacoti), Orvalho da Serra (Guaraciaba do Norte), Pacoty (Pacoti), São Geraldo (Juazeiro do Norte), Serrabella (Crato).

Fonte: Relação das Águas com Alvará Sanitário Regularizado, 19/11/2018

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Carnaval: Quem quer aproveitar a folia não pode descuidar da água

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00:00 | Fev. 22, 2019 Tipo

Depois de esperar um ano inteiro, chega a hora do encontro com o Carnaval. E para quem faz parte da multidão que vai de bloco em bloco, um cuidado primordial é hidratar o organismo. Não só para evitar que ele fique mais suscetível a doenças, ressaca e mal-estar, mas também para garantir energia adequada para aproveitar a folia. Afinal, a água é fundamental para o equilíbrio do metabolismo.

Nesta época, vários fatores contribuem para uma maior perda de líquido (que carrega micronutrientes) do corpo, como o suor de horas pulando sob o sol e o maior consumo de álcool, que pelo efeito diurético pode aumentar a frequência da urina e a consequente desidratação. Nessa situação, a ingestão de água, especialmente a mineral, cuida de minimizar os prejuízos ao organismo, ajudando também na reposição de eletrólitos (minerais como magnésio, potássio, cálcio e sódio).

“Sobre a hidratação, essencial para o funcionamento do organismo e controle da temperatura corporal, a recomendação é o consumo, em média, de dois litros por dia para indivíduos saudáveis. Essa medida pode variar de acordo com alguns fatores, como idade, peso, presença de doença, clima... O importante é nunca esperar ter a sensação de sede, pois esse já pode ser um sinal de desidratação”, alerta a nutricionista Joana Dayse Portela.

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Outro cuidado é com a potabilidade da água e a devida higiene dos alimentos para evitar infecções, algo que pode agravar a condição de saúde de quem já vem no ritmo exigente do Carnaval.

E se a ressaca ameaçar bater, além da água, outros líquidos naturais também ajudam a combater o mal-estar. “Para variar a hidratação e evitar a ressaca é possível beber água de coco, chás naturais gelados e sucos naturais, sem adição de açúcar. Evite consumir refrigerantes, refrescos em pó ou até mesmo de caixinha, que contêm muitos conservantes, aditivos químicos e nenhum nutriente aproveitável ao organismo”, aconselha a nutricionista.

 

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Leia mais sobre água mineral >

> Diariamente, o público se depara com a cena de vendedores de água nos sinais da nossa cidade. No Ceará, existem mais de 200 marcas de água disponíveis para consumo, entre potáveis de mesa, adicionada de sais e minerais. Mas será tudo igual?

> Saber a diferença entre as águas disponíveis no mercado é o primeiro passo para ter consciência dos benefícios que terá para a saúde

> A água é fundamental para o bom funcionamento do corpo. A mineral tem como vantagens o alto potencial para a nutrição do organismo e os efeitos terapêuticos.

> Ceará está entre os oito estados do Brasil com maior produção de água mineral natural. São 19 empresas regularizadas junto à vigilância sanitária.

> Reposição hídrica é fator-chave para que o corpo responda adequadamente aos estímulos da atividade física e tenha a recuperação garantida.

> A água mineral natural que chega ao consumidor deve ter rigorosamente o mesmo perfil encontrado na fonte.

> Água faz bem ao corpo. A água mineral natural tem propriedades medicamentosas.

> Papel do Poder Público é de regrar os tipos de água e fiscalizar o cumprimento dos padrões. Fiscalização dá mais segurança ao consumidor.

> Nada substitui a água no corpo humano. Alguns outros líquidos têm seus benefícios, mas nenhum dá conta da demanda do organismo que só a água pode suprir

> Atenção com armazenamento, higienização e manutenção de garrafão e bebedouro são fundamentais para não alterar características e propriedades da água

> Conheça os diferentes tipos de água de beber

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Conheça os diferentes tipos de água de beber

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00:00 | Fev. 19, 2019 Tipo

Líquido insípido, incolor e inodoro. Ou: dois átomos de hidrogênio ligado a um de oxigênio. Essas são definições básicas para a água. Mas, o que você bebe tem características que vão muito além. Cada tipo de água tem diferenças não só no processo de produção, como também na quantidade de minerais e no perfil microbiológico.

No caso da água mineral natural, a tarefa da indústria é levar ao consumidor um produto com as mesmas propriedades encontradas na fonte. O líquido precisa ter conteúdo definido e constante de determinados sais “minerais, oligoelementos (microminerais) e outros constituintes”, como classifica a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além de propriedades que conferem ação medicamentosa, aponta o Código de Águas Minerais.

A apenas natural é aquela com condições semelhantes, mas sem presença das substâncias em nível suficiente que permita classificação como mineral. Já a adicionada de sais opera em outra lógica: a água captada passa por tratamento, sendo “preparada e envasada” com colocação de pelo menos 30mg/litro de sais de grau alimentício, entre 20 combinações possíveis de cálcio, sódio, magnésio e potássio. A água potável provida pelo sistema público de abastecimento - que pode ou não passar por mais procedimentos, como purificadores - tem outras regras específicas.

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Em comum, todas têm como requisito a obrigatória ausência da bactéria Escherichia coli. No caso da água mineral, a lista de exigências de adequação é maior: inclui ainda restrição a sinais de coliformes (fecais) termotolerantes, coliformes totais, enterococos, pseudomonas aeruginosa, clostrídios sulfito redutores ou clostridium perfringens.

“Toda água mineral ou potável de mesa exerce uma ação eficaz no organismo humano, porém algumas questões devem ser sempre observadas. Obviamente que a concentração de sais minerais contidos na água mineral confere propriedades específicas no organismo, além do que uma água natural e potável de mesa possa oferecer”, esclarece o médico Marcos Untura Filho, especialista em Hidrologia.

Fora do rol das águas engarrafadas, a água de sistema de abastecimento precisa obedecer à conceituação de água própria para consumo humano disposta pela portaria de consolidação 5 do Ministério da Saúde, de 28 de setembro de 2017. O documento estabelece padrão para tolerância a substâncias que representam risco à saúde ou que possam afetar a adequação à ingestão, além de norma sanitária para todo o processo produtivo e regra para tratamento com cloro, entre outros itens. Esses parâmetros também abrangem as soluções alternativas de abastecimento, que operam sem rede de distribuição de água.

Um fator importante para quem opta por beber água fornecida por sistema de abastecimento é considerar as condições de armazenagem, pois uma caixa d’água sem a devida rotina de limpeza pode representar contaminação do líquido que sai pelas torneiras. Para reforçar, nesse caso, a fervura pode ser um recurso importante para eliminar eventuais impurezas. Alternativas são os equipamentos de filtro ou purificadores de água. Eles não cumprem o tratamento que os sistemas de abastecimento executam. O papel é o de melhorar a água para beber, recolhendo partículas e reduzindo a incidência de substâncias.

Os filtros possuem um vela central, que retém impurezas. Já os purificadores têm uma ação mais complexa, variando conforme aparelho e fabricante, que inclui diversas etapas de processamento da água e podem até ajustar o PH dela. Ambos devem conter selo de conformidade do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), que estabelece qualificações de diferentes níveis para critérios como retenção de partículas, redução de cloro e eficiência na eliminação de bactérias.

VEJA AS DIFERENÇAS DAS ÁGUAS

ÁGUA MINERAL

são águas provenientes de fontes naturais que possuam composição distintas das águas comuns. Água mineral possui características que lhes conferem ação medicamentosa.

ÁGUA ADICIONADA DE SAIS

água superficial ou subterrânea que deve ser submetida a processos físicos, químicos ou uma combinação destes, visando a obtenção de água, que será manipulada e envasada.

ÁGUA PURIFICADA

é a água tratada por purificadores de água.

ÁGUA POTÁVEL DE MESA

água que pode ser tratada ou retirada de fontes naturais, deve ser insípida, inodora, incolor e sem microorganismos que causam doenças.

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> Diariamente, o público se depara com a cena de vendedores de água nos sinais da nossa cidade. No Ceará, existem mais de 200 marcas de água disponíveis para consumo, entre potáveis de mesa, adicionada de sais e minerais. Mas será tudo igual?

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> A água é fundamental para o bom funcionamento do corpo. A mineral tem como vantagens o alto potencial para a nutrição do organismo e os efeitos terapêuticos.

> Ceará está entre os oito estados do Brasil com maior produção de água mineral natural. São 19 empresas regularizadas junto à vigilância sanitária.

> Reposição hídrica é fator-chave para que o corpo responda adequadamente aos estímulos da atividade física e tenha a recuperação garantida.

> A água mineral natural que chega ao consumidor deve ter rigorosamente o mesmo perfil encontrado na fonte.

> Água faz bem ao corpo. A água mineral natural tem propriedades medicamentosas.

> Papel do Poder Público é de regrar os tipos de água e fiscalizar o cumprimento dos padrões. Fiscalização dá mais segurança ao consumidor.

> Nada substitui a água no corpo humano. Alguns outros líquidos têm seus benefícios, mas nenhum dá conta da demanda do organismo que só a água pode suprir.

> Atenção com armazenamento, higienização e manutenção de garrafão e bebedouro são fundamentais para não alterar características e propriedades da água

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Para beber uma água pura, você precisa fazer sua parte

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21:05 | Fev. 15, 2019 Tipo

Garantir a pureza da água mineral natural que se bebe é uma tarefa que não cabe somente às indústrias produtoras. Enquanto as empresas investem no rigor para evitar contaminação ou alteração de características da água desde a captação na fonte até o envase, ao comerciante é obrigatório cumprir normas de armazenagem e exposição à venda. E o consumidor, além do cuidado para evitar escolhas equivocadas, precisa estar atento para evitar que falhas de manipulação comprometam a qualidade do produto.

Alterações de cor e de sabor, além de cheiro, indicam que a água se tornou imprópria para consumo. Em geral, devido a descuidos como deixar a garrafa exposta à luz direta do sol e calor, ou higienização inadequada do bebedouro ou garrafão. O médico Marcos Untura Filho, especialista em Hidrologia, recomenda “estar sempre atento à procedência da água, que esteja isenta de contaminação por microrganismos, situação que irá garantir o grau de potabilidade e é condição primordial para ingerir a água com segurança”.

Comprar num ponto de venda de confiança é o primeiro passo. As medidas de precaução por parte do consumidor incluem observar validade e ausência de vazamentos do garrafão, lacre preservado e selo fiscal colado. Evânia Figueiredo, professora do Departamento de Engenharia de Alimentos da Universidade Federal do Ceará (UFC), orienta atenção ao rótulo para evitar fraudes e para controlar tempo e condições de validade da água comprada. Cumprida essa etapa, a seguinte é a higienização correta do garrafão e dos eletrodomésticos.

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Para evitar contaminações, o garrafão deve ser lavado com água e sabão, e passar por “um bom enxágue”. “Álcool é para quando você não tem a oportunidade de realmente lavar. O álcool tem efeito sobre os microorganismos? Tem. Mas, toda substância química, para poder atuar sobre o microorganismo, tem de penetrar dentro do microorganismo. Então, se você tem resíduo, tem poeira, isso vai ser uma barreira para que o álcool entre e tenha efeito para eliminar o microorganismo”, explica a especialista.

A limpeza do bebedouro também precisa ser bem executada para não comprometer a água de beber. “Na higienização do gelágua às vezes se deixa resíduo de álcool e, ao colocar o garrafão a água vai ficar com sabor de água de coco, altera o sabor. É uma reação química. Torna a água imprópria”, exemplifica Evânia Figueiredo.

Como o garrafão é uma embalagem retornável, uma atitude simples é recomendada para dificultar fraudes no mercado: remover o rótulo antes de devolver ao ponto de venda. “Porque simplesmente a pessoa pode encher aquele garrafão e comercializar como sendo daquela marca. Tem gente que quando vai buscar o garrafão quer o rótulo, eu digo ‘não’. O rótulo vai ter de ser recolocado pela empresa, que vai produzir, vai lavar o garrafão… Então, por que a exigência de manter esse rótulo?”, provoca.

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Nada substitui a água no corpo humano

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00:00 | Fev. 12, 2019 Tipo

Quando se fala em hidratação do organismo, há quem pense que a ingestão de qualquer líquido vale. E é preciso estar atento a esta armadilha. Para o corpo humano, a água é insubstituível. Outros líquidos podem até parecer matar a sede, mas essa troca não supre a demanda.

Isso porque, como ressalta a nutricionista Joana Dayse Portela, a água tem como função básica agir como solvente para efetivação de processos fundamentais da manutenção do metabolismo corporal, como as trocas entre os meios extra e intracelular. “A água permite a passagem de diversas moléculas e eletrólitos (minerais como sódio, cálcio, magnésio e potássio), e isso possibilita que os processos metabólicos ocorram normalmente, como, por exemplo, a produção de energia”.

Os nutrientes ingeridos através da alimentação só são absorvidos pelo corpo graças à água, que leva e distribui pelo corpo. E ainda “faz a limpeza”. “A água é o meio de transporte utilizado pelo corpo humano para movimentar diversas moléculas. Tanto o sangue quanto a linfa têm como maior constituinte a água”.

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O médico Marcos Untura Filho, especialista em Hidrologia, destaca que, nesse processo de reposição hídrica, “a concentração de sais minerais contidos na água mineral confere propriedades específicas no organismo humano”.

A nutricionista Joana Dayse aponta que sucos e chás não substituem a água que deve ser consumida na quantidade adequada. Mas, a ingestão deles é importante “pensando nos nutrientes e outras substâncias benéficas ao organismo que estão presentes nesses líquidos, como os polifenóis”, que têm propriedades antioxidantes. Ela alerta que, por outro lado, o consumo de bebidas industrializadas não é indicado, pois podem “conter calorias de baixa qualidade nutricional e ingredientes maléficos à saúde”.

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Fiscalização dá mais segurança ao consumidor

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00:00 | Fev. 10, 2019 Tipo

Diferenciar os tipos de água e ter a segurança de consumir exatamente aquilo que se escolhe no processo de compra é fundamental. Por isso, a eficiência da atuação do Poder Público é importante: para estabelecer regras que entreguem segurança ao consumidor e fiscalizar o cumprimento delas.

É tarefa das instâncias da Vigilância Sanitária monitorar o cumprimento da legislação sobre as águas engarrafadas. “Ressalta-se que cabe aos municípios o processo de fiscalização junto às distribuidoras e comércio varejista. A fiscalização das indústrias é de responsabilidade da vigilância sanitária estadual”, detalha, através de nota, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). A lista mais recente de empresas regularizadas junto à Vigilância Sanitária do Estado, de 19 de novembro de 2018, cita 19 empresas de água mineral - que é um bem mais raro - e 129 de água adicionada de sais.

As ações de fiscalização devem verificar a oferta exata do tipo de produto previsto em legislação, o que inclui o conteúdo e a apresentação. Ou seja: é preciso atestar se a água condiz com as características dispostas em lei, se está cumprindo parâmetros contra contaminações e se o rótulo é claro sobre o tipo de água, conforme os parâmetros da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo a Sesa, as principais infrações constatadas no processo de fiscalização, “são referentes às falhas nas boas práticas em relação à seleção de garrafões (vencidos), mais comuns nas águas adicionadas de sais, e controle de qualidade do produto”.

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Na Paraíba, esses aspectos motivaram o Operação Poseidon, realizada pelo Ministério Público da Paraíba, Anvisa e outros órgãos em novembro do ano passado. No balanço da ação, 17 fábricas de água adicionada de sais foram interditadas por desconformidade com as regras de produção e oito pessoas foram presas em flagrante. Segundo o MPPB, 24 fábricas foram fiscalizadas e apenas quatro estavam totalmente regulares. Por outro lado, 17 apresentavam problemas sanitários graves.

Visando evitar que o consumidor confunda água mineral natural e água adicionada de sais, estados como o Pará e Rio de Janeiro adotaram a determinação de cores diferentes para garrafões, conforme o tipo de produto. Pelos textos das leis, a água mineral natural é envasada exclusivamente em garrafões azuis, enquanto a adicionada de sais utiliza garrafões de outra cor, sendo vermelha no Pará e rosa no Rio de Janeiro. E uma empresa não pode usar recipiente retornável de outra.

No Ceará, um item para facilitar o reconhecimento do tipo de água é o selo fiscal, mas ele é utilizado apenas em garrafões. Colado junto ao lacre, o selo exibe um código gerado junto à Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz) e tem borda azul no caso de água mineral natural, e borda vermelha se for água adicionada de sais. O selo não garante que as propriedades da água sejam condizentes com o que é informado no rótulo, mas aponta que a empresa está recolhendo os devidos impostos e dá garantias quanto à origem do envase da água.

“O selo é uma forma de minimizar a falta de controle do uso do garrafão. (...) É uma proteção para as empresas sérias do setor e para o consumidor também”, afirma Carlos Alberto Lancia, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais (Abinam).

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