Enem 2023: candidatos começaram a deixar locais de prova em Fortaleza 2 horas depois
Teste começou às 13h30min. O caderno de prova só pode ser levado por quem ficou pelo menos até as 18h30minOs quase 250 mil candidatos inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, começaram a deixar os locais de prova em Fortaleza às 15h30 deste domingo, 5, duas horas após o início do teste. A entrada da Universidade de Fortaleza, no bairro Edson Queiroz, estava com movimentação intensa desde antes do meio-dia. Quem permaneceu nas salas pelo menos até as 18h30min pode levar o caderno de prova.
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A calçada mais alta e a arborização do local acabaram sendo um convite para que colegas demorassem a ir embora e conversassem sobre a prova. Caso de Gabriela Lima e de Vitória Campelo, ambas com 17 anos. As duas se conheceram na fila para entrar na sala e acabaram trocando opiniões sobre a prova:
“A de história estava muito difícil, pior do que a de geografia. Por outro lado, a de linguagens estava boa. O pior mesmo é ter que lidar com o cansaço de resolver 90 questões”, pontuou Gabriela, aluna do 1º ano do Colégio Nova Dimensão, no Edson Queiroz, e que pensa em estudar Psicologia.
Nesta primeira etapa, foi necessário responder 90 questões – 45 questões de matemática e outras 45 da área de ciências da natureza (química, física e biologia).
Vitória cursa o 3ª ano no colégio Ágape, na Cidade dos Funcionários, e quer fazer Nutrição. “O Enem é difícil porque não é só o cansaço que pesa, tem também o nervosismo. Uma menina estava passando muito mal quando fui ao banheiro”, lamentou. “Vou tentar passar na universidade que eu quero, mas se não der, paciência, vou tentar outra”, disse.
Não eram apenas os candidatos que ficaram ao redor dos portões de saída. Muitos familiares fizeram questão de demonstrar o apoio a quem estava prestando a prova, nem que para isso fosse necessário passar as cinco horas e meia esperando - os portões foram fechados às 13h para o início da prova, prevista para terminar às 19h.
O contador Carlos Alberto Pinho, 52, e a professora Yohana Alcoforado, 53, levaram cadeiras de praia para aguardar a filha Maria Clara, a caçula de 16 anos. “Ela quer fazer Tecnologia da Informação. Estamos aqui por ela”, disse Carlos, apontado pela esposa como sendo um verdadeiro “pai coruja”.
Yohana soube da escolha do tema da redação e achou interessante, ainda que ache um assunto muito difícil para a maioria dos adolescentes desenvolver um texto dissertativo. “Eu não sei se eu, com 16 anos, conseguiria escrever bem sobre a invisibilidade do trabalho das mulheres, mas tudo bem, vamos ver o que a Maria Clara achou”, completou.
A proximidade do local de prova com o shopping center fez com que Luana Ferreira, 38, levasse o pequeno Gustavo, de 8, e a cadela shitzu Peppa, de 1 ano, para passear e esperar com mais conforto enquanto a filha de 15 anos fizesse o Enem apenas como teste.
“Esta é a segunda vez que ela está fazendo a prova. Na primeira vez, sofremos muito para chegar, por causa do trânsito, aí neste ano saímos de casa mais cedo”, disse a radiologista que mora na Messejana. “Desta vez trouxe a Peppa porque tenho pena de deixá-la sozinha em casa por tantas horas”, justificou.
O segundo dia de provas do Enem será no próximo domingo, 12, com 45 questões de matemática e 45 questões de ciências da natureza (química, física e biologia).