Impacto dos reajustes das contas de luz é projetado em 3,5% pela Agência de Energia
Segundo a agência que aprova os aumentos, os índices de reajuste e revisão das tarifas de energia elétrica devem ficar abaixo da inflação em 2025
Os índices de reajuste e revisão das tarifas de energia elétrica devem ficar abaixo da inflação em 2025, com efeito médio de 3,5% no Brasil. A projeção foi divulgada no boletim trimestral InfoTarifa, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A estimativa, por exemplo, é de que o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) fique em torno de 5,1% e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 5,6%.
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Entre os aspectos que explicam o cálculo do órgão estão a previsão de R$ 41 bilhões no orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para 2025 e os impactos dos índices inflacionários nos custos de distribuição (parcela B).
Em abril, a Aneel optou por manter a bandeira verde. Ou seja, o consumidor não paga cobranças extras sobre a conta de luz, que está sem essas taxas desde dezembro.
Segundo a agência, a decisão reflete as condições favoráveis de geração de energia, com os reservatórios das usinas hidrelétricas em níveis satisfatórios.
Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos de R$ 1,885 (bandeira amarela), R$ 4,463 (bandeira vermelha patamar 1) e R$ 7,877 (bandeira vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Estudo
Além de detalhar a evolução histórica e os principais impactos em cada componente das tarifas, a publicação traz um panorama dos processos em andamento e de fatores externos que influenciam nos cálculos da agência reguladora, como os encargos setoriais.
“Nosso objetivo é proporcionar à sociedade previsibilidade e transparência quanto aos impactos no cálculo das tarifas, e a ideia é atualizar esse panorama trimestralmente, à medida que os reajustes das distribuidoras forem deliberados”, explica o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa.
Outro dado de destaque é a evolução de cada componente do cálculo nos últimos 15 anos. O gráfico evidencia que a tarifa aumentou em ritmo inferior ao IGP-M e ao IPCA, ao mesmo tempo em que alerta que os encargos setoriais, criados por meio de Leis, cresceram mais de 250% no período.
Já a componente de distribuição apresenta índice abaixo das demais – resultado, entre outros fatores, de uma série de medidas e regras da Aneel para melhor refletir, na conta de luz dos brasileiros, a eficiência das distribuidoras na prestação dos serviços.