Fim da escala de trabalho 6×1 no Governo do Ceará é debatido
Projeto da deputada Larissa Gaspar propõe modelo mais humanizado para trabalhadores terceirizados e contratados pelo estado
A escala de trabalho 6×1 – que exige seis dias consecutivos de trabalho para apenas um de descanso – pode estar com os dias contados nos contratos terceirizados e de prestação de serviços do Governo do Ceará.
A deputada estadual Larissa Gaspar (PT-CE) apresentou o Projeto de Lei n.º 126/2025, que propõe a extinção desse modelo para garantir melhores condições de trabalho e mais qualidade de vida aos profissionais do Estado.
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A proposta, em tramitação na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), mira setores como limpeza, segurança e construção civil, onde a escala 6×1 é amplamente adotada. Segundo Larissa Gaspar, esse regime de trabalho compromete o bem-estar físico e mental dos trabalhadores, reduzindo seu tempo de descanso e afetando a convivência familiar.
Redução de jornadas exaustivas
“A gente sabe que essa é uma escala desumana, que retira todo o tempo da vida do trabalhador. Os estudos mostram que ela tem um índice muito maior de acidentes de trabalho e, consequentemente, mais mortes. Quando há uma carga horária menor, como 40 horas semanais em cinco dias, a produtividade aumenta, assim como a criatividade para inovação”, explicou a deputada.
O debate sobre a redução da carga horária não é exclusivo do Ceará. Nacionalmente, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Fim da Escala 6×1 também discute a flexibilização da jornada de trabalho para torná-la mais humanizada.
Para Larissa Gaspar, a tramitação da matéria tem boas chances de avançar na Alece, principalmente por conta do apoio popular.
“A gente está otimista porque esse é um debate que ganha fôlego na sociedade. Sabemos que a pressão popular é muito significativa para a aprovação das matérias. Muitos colegas deputados entendem a importância do projeto, e também queremos abrir diálogo com o judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública para que essas sugestões sejam consideradas no âmbito das suas competências.”
Uma pesquisa citada no programa Giro Sindical aponta que 65% dos trabalhadores defendem o fim da escala 6×1. Agora, o projeto segue para análise nas comissões temáticas da Assembleia Legislativa, podendo representar um avanço significativo nas condições de trabalho dos terceirizados e contratados pelo governo estadual.
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