3,5 mil casas populares serão construídas em Fortaleza até 2026
Além das entregas no âmbito do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), a Prefeitura mira resolver a questão do déficit de banheiros nas residências
Até 2026, 3,5 mil casas próprias do projeto Minha Casa, Minha Vida (MCMV) estão previstas para serem entregues em Fortaleza. Além disso, na mira da Prefeitura está também resolver a questão do déficit de banheiros nas residências dos fortalezenses.
As informações são de Jonas Dezidoro, titular da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Habitacional (Habitafor), que fez um balanço dos projetos destravados e dos recursos para a Cidade.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Neste cenário de reorganização municipal para a área de moradia nestes primeiros três meses de gestão Evandro Leitão (PT), o secretário cita o conhecimento dos processos existentes para garantir o cumprimento de prazos.
Entra nesta seara resolver deficiências em projetos habitacionais em andamento, como seis residenciais do MCMV na Capital.
Segundo ele, nestes empreendimentos havia “diversas pendências de engenharia e com a Secretaria de Meio Ambiente”, eles estavam incluídos no que se chama de cláusulas suspensivas, o que impedia o início de obras.
Um dos empreendimentos, o Paupina, já teve o início das obras assinado pelo prefeito. A estimativa é que os outros cinco tenham a assinatura no começo de abril deste ano.
Portanto, ele disse que o primeiro objetivo era destravar esses residenciais para que pudessem começar ou continuar a construção.
Aumentar a produção de casas próprias é outra meta. Aqui é que se encaixa a expectativa de 3,5 mil unidades para entregar entre março e junho do próximo ano, abrangendo 14 empreendimentos. O desembolso para as construções foi de R$ 540 milhões.
Outro foco da gestão é a questão do programa de melhorias habitacionais, atacando o déficit de banheiros nas residências de Fortaleza. A Prefeitura pretende atacar esse problema de frente por meio da construção e entrega dos espaços, além de realizar pequenas reformas em casas com dificuldades.
“O Prefeito deve lançar (esse programa), mas ele já está acontecendo”, disse.
Esse programa já está em andamento, inclusive com a entrega de uma casa reformada no Grande Bom Jardim. Para participar, o cidadão precisa se inscrever no cadastro habitacional da Prefeitura, procurando a regional do seu bairro.
Conforme Dezidoro, são realizadas visitas aos bairros para identificar as necessidades de melhoria habitacional nas 12 regionais de Fortaleza.
Um ponto na agenda da Habitafor é restabelecer o processo de cadastro habitacional nessas regionais para que os cidadãos possam se inscrever nos programas de moradia.
Há planos, inclusive, para um novo treinamento dos técnicos para aprimorar esse cadastro virtual.
Também é realizada a atualização dos dados sobre o déficit habitacional, especialmente em relação ao número de casas sem banheiro. Isso porque as informações atuais foram lançadas em 2013, mas com ano base 2012.
O que se tem é o levantamento de 7 mil lares nessa situação de falta de banheiro. A ideia é resolver tudo em três anos ou até o fim da gestão. “É um absurdo, em pleno século XXI, uma casa não ter banheiro.”
Além disso, há estimativas de que existem mais de 100 mil famílias sem casas para morar e que recebem renda média familiar abaixo de três salários mínimos.
Segundo o secretário, o recalibramento dos números já é iniciado neste ano, com conclusão prevista para 2026.
Em relação ao programa de regularização fundiária, a Prefeitura mira entregar 50 mil títulos de propriedades de casas em quatro anos.
Apesar de a sustentabilidade ser reconhecida como algo no horizonte, a “linha prioridade” atual é lidar com o grande déficit habitacional, não havendo previsão imediata para a inclusão de recursos significativos para projetos de energia renovável nos novos conjuntos habitacionais. (Com informações do jornalista Armando de Oliveira Lima)